O Que a Máscara Esconde... Raízes De Seus Herdeiros

Seus Lábios Me Chamam

Gisele: Ei, levantem! Está na hora de acordar! -Disse sacudindo Thomas e Emma, na esperança de vê-los levantarem.

Emma: Ah...Só mais cinco minutinhos...-Disse totalmente sonolenta, ainda com os olhos fechados.

Gisele se aproximou lentamente de Emma, se agachando e sentando ao seu lado. Começou a passear com os dedos pelos seus cabelos, suspirando bem fundo.

Gisele: Como eu queria te contar a verdade...-Disse para si mesma.

Thomas: Uaaaah...Já vamos? -Disse se levantando, enquanto se espreguiçava.

Gisele: S-Sim, que bom que acordou. -Levantou rapidamente devido ao susto. -Acorde Emma, sim? Vou...Vou ver se o caminho está vazio. -Disse colocando sua máscara, logo saindo da vista do mesmo.

Thomas: Tá bem...-Estranhou, logo se sentou ao lado de Emma. -Ei boba, acorda, nós já vamos. -Disse a balançando levemente, mas a mesma nem se quer abriu os olhos.

Não tinha jeito, ela não acordaria. A não ser que ele encontrasse um balde com água dando sopa, mas não havia ao menos um mísero lago na região. Thomas ficou a observando dormir, tão calma e serena...Bem diferente de quando está acordada! Emma estava deitada de barriga para cima, e não dava um sinal de que iria despertar.

A pele branca com poucas sarnas debaixo dos olhos...O cabelo espalhado pelo cobertor...A respiração calma e leve...A boca delicada que tanto o atraia...Thomas ficou vidrado naquela beleza, e sem pensar, começou a se aproximar da mesma. Tirou lentamente uma mecha rebelde que repousava em seu rosto, colocando atrás de sua orelha. Já estava perto o suficiente para sentir sua respiração, que estava calma e tranquila. Diferente da de Thomas, que com a aproximação entre eles somente o deixava mais nervoso. Thomas observou sua boca, fina e delicada. Não esperando mais, grudou seus lábios lentamente. Não foi um beijo rápido, e nem calmo. Ele apenas queria sentir seus lábios grudados no dela. Passado alguns segundos, Thomas se separa devagar, sem nenhuma pressa de sair dali. Voltou a sentar ao lado da mesma, com um sorriso enorme nos lábios.

O porque dele ter feito isso? Foi mais forte do que ele, era como se a boca dela o chamasse. Quando se tratava de Emma, tudo perdia a razão e o sentindo para o mesmo. E ele sabia, que se ela acordasse naquele exato momento, ele não estaria vivo agora!

Ficou tão isolado em seus pensamentos, que nem se deu conta quando Emma se sentou um pouco sonolenta. Esfregando os olhos para conseguir abri-los e coçando a nuca, como sempre fazia quando acordava. Ela olhou perdidamente pela caverna, até parar seu olhar em Thomas.

Emma: ...O que foi? -Disse com os olhos entre abertos, percebendo que o mesmo estava a olhando.

Thomas: A-A G-G-Gisele m-me pediu p-para te a-acordar. -Disse totalmente vermelho, se levantando rapidamente.

Emma: Está bem...-Disse nem notando o estranho comportamento do mesmo, se espreguiçando.

Thomas agradeceu mentalmente, pois sabia que a mesma nunca estava totalmente acordada pela manhã, mesmo estando de pé.

Gisele: Acordou? Ótimo. Peguem suas coisas, precisamos sair agora. -Disse os apressando.

Emma: Bom dia para a senhora também...-Disse se levantando.

Gisele: Haha, perdão querida. É que precisamos sair antes que o Sol termine de nascer. -Disse por fim, pegando uma mochila velha, colocando suas coisas dentro, e algumas maçãs.

Emma: Ainda é madrugada? -Disse quase gritando, por fim, despertando por completo.

Gisele: Mas é claro. Por isso que pedi para irem dormir cedo. Agora vamos, talvez encontraremos seus pais! -Dito aquilo, Emma e Thomas logo dobraram seus cobertores, colocando na mochila da mesma, logo arrumaram seus cabelos e ficaram na frente da caverna.