Pânico

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Thomas ficou com a boca aberta por alguns segundos, ainda tentando ingerir o que tinha ouvido.

Thomas: ...Como? -Disse na tentativa de se convencer.

Emma: Não ouviu? Irei a procura de Hawk Moth! E vim lhe chamar! -Disse em um tom de normalidade inexplicável.

Thomas ainda incrédulo, disse:

Thomas: Você...V-Você ficou maluca? -Disse recuperando o movimento do rosto, que estava paralisado perante o susto. -Caiu em quanto dormia? Como assim irá procurar Hawk Moth?.

Emma: Thomas, este homem é perigoso! Quase nos matou hoje. Já estou decidida! Tenho que descobrir o quanto antes quem ele é! -Disse cochichando, na tentativa de convence-lo.

Thomas: Você não pode fazer isso! Como você mesma disse, este homem é muito perigoso para simplesmente procura-lo sozinha! -Disse um pouco enfurecido, ainda surpreso.

Emma: Olha Thomas, não sou do tipo de pessoa que espera o perigo vir até ela. Eu vou até o perigo. Quero proteger nossos pais, eles protegeram sozinhos o reino inteiro! Possivelmente, o mundo! Agora se não quiser ir, fique! Mas não tente me impedir! -Disse franzindo as sombrancelhas, porém, sua voz era calma.

Emma ainda o fitava, em busca de uma resposta.

Thomas respirou profundamente.

Thomas: Ah...Não acredito que vou fazer isso...-Disse para si mesmo, mas Emma acabou ouvindo, o que fez a mesma abrir um sorriso enorme. -Está bem. -Disse cansadamente.

Emma: Isso! -Comemorou.

Thomas: Aliás, não sou nem doido de lhe deixar ir sozinha. Posso ao menos arrumar algumas coisas?

Emma: Deveria, mas seja  rápido! -Disse enquanto caminhava ate a porta, analisando se estava tudo estava vazio.

Thomas se trocou e arrumou uma pequena mochila com algumas roupas dentro.

Thomas: Pronto! E agora? -Disse com as duas mãos segurando as alças da mochila.

Emma: Vamos descer silenciosamente até a cozinha e pegar bastante suprimentos! Temos que estar atentos com os guardas noturnos! -Disse cochichando para o mesmo, que rapidamente entendeu o recado.

Desceram lentamente as escadas, como moravam no castelo sabiam muitos segredos deles, inclusive, as velhas passagens secretas, que conseguiam desviar dos guardas facilmente.

Chegaram na cozinha contentes, logo pegando todo o tipo de alimento que vinham pela frente.

Emma: Camembert? É serio? -Disse baixinho, mas alto o suficiente para o mesmo ouvir.

Thomas: Nunca se sabe! Vai que morremos de fome por sua causa! Sei que irá acabar com as maçãs em dois dias! -Disse em um tom sarcástico.

Quando Emma iria retrucar, escutaram o barulho de uma porta se abrir, os dois se olharam assustados, mesmo estando escuro, Emma conseguiu localizar o balcão, logo arrastando Thomas atrás dele rapidamente, ali ficaram escondidos.

Subiram um pouco a cabeça, e viram uma silhueta forte e meio quadrada a andar pela cozinha, parecia buscar algum alimento.

Thomas: Um guarda real...-Disse cochichando para a mesma. Claro que ele seria o primeiro a reconhecer que aquela silhueta pertencia á uma armadura, via seu pai usando uma igual desde pequeno.

O mesmo que tinha aparecido de repente na cozinha com uma vela em mãos, observou que havia algumas maçãs verdes no chão. Estranhou, pois toda a noite as empregadas deixavam aquela cozinha um verdadeiro brinco. Se agachou um pouco para ver se tinha algum rastro  que indicava que aquele trabalho foi feito por ratos, mas nem uma mordida ou pegadas indicava aquilo. Logo, se levantou e decidiu olhar a cozinha inteira. Na mesma hora, Emma e Thomas se abaixaram por completo. Emma se xingando mentalmente por ter uma ideia tão estupida, e Thomas a xingando mentalmente, e a ele mesmo por ter topado uma ideia tão estupida.

O Que a Máscara Esconde... Raízes De Seus HerdeirosOnde histórias criam vida. Descubra agora