Darkness

Capitulo Nove - Kiss?

A chuva já havia parado a alguns minutos,eu provavelmente acabaria pegando um belo de um resfriado por ter ficado na chuva por um longo tempo em que tive a oportunidade de conversar bastante com o Justin. No início ele me pareceu desconfortável por está falando comigo mas logo foi se soltando aos poucos.

– Então me fala,qual o seu nome?.- Perguntou após alguns minutos de conversa.

– Hm,acho melhor não te falar!.- Fico observando suas expressões.

– Por que? É estranho você saber o meu e eu não fazer a mínima idéia do seu!.- Tirou o capuz me dando uma visão melhor do seu lindo rosto.

– Porque não quero que saiba quem sou...- Me justifico.- Mas olha,você pode continuar me chamando de Dra.Blanche ou só Blanche!.- Dou a idéia que foi acatada por ele.

– Okay,Irei te chamar de Blanche,tudo bem!?.- Tirou a mão que estava sobre sua perna e a virou com a palma para cima.

– Tudo bem Bieber!.- Coloco minha mão sobre a sua e dou um pequeno sorriso. Continuamos a conversar até o momento em que vi o carro do Ryan dobrar a esquina em destino a praça,fiquei branca igual papel,se ele me vê aqui estarei totalmente perdida.

– Blanche!?...- Volto a prestar atenção no que o Justin falava.

– Desculpa! Eu vou ter que ir!.- Levanto apressadamente indo pegar as compras no lugar que havia as deixado.

– Espera!! Por que está indo embora assim de repente?.- Apenas escuto sua voz enquanto começo a correr pela praça na intenção de não ser vista pelo Ryan. Que droga!! Tudo estava indo tão bem até agora e agora eu o deixei lá,sem respostas.

Justin Bieber Point Of View

– Blanche?.- Falo mais uma vez sem obter resposta alguma. Suspiro relaxando os ombros e decido apenas esperar pela chegada do Ryan para me levar de volta para casa,o que no momento não é bem o que eu quero... Mas não tenho escolha.

– Voltei!.- Reconheço sua voz e levanto o rosto.

– Percebi!.- Digo me levantando do banco. Sinto ele pegar no meu braço e entrelaçar no dele igual a maioria dos casais fazem.- Isso é coisa de gay Ryan!

– Para de reclamar!!.- Começamos a andar um pouco devagar.- Se você não fosse teimoso poderia ser mais independente para andar agora,com o axilio da bengala!.- Apenas bufo.

– Não vou usar aquele negócio!.- Falo decidido enquanto ele abria a porta do carro para que eu entrasse.

– Quem sabe é você...- Me ajuda a entrar no carro e eu apenas bufo procurando o cinto de segurança.

– Chega desse assunto okay!? Já falei que não vou usar!.- Finalizo nosso pequeno diálogo. Ele não ousou se pronunciar novamente para descordar da minha decisão,sabe que qualquer coisa que falar não vai mudar minha opinião.

  E em segundos aquela garota conseguiu invadir meus pensamentos como uma explosão,sua voz de alguma maneira desconhecida consegue me acalmar e transmitir sinceridade sem sequer falar muito. Fiquei com um pé atrás quando a mesma se apresentou como Dra.Blanche pois estava mentindo,e poderia está em
relação a ter uma quedinha por mim. Apesar que,80% das garotas do colégio são minhas admiradoras... Ou eram. Isso é complicado agora,não sei se garotas gostam de caras na minha situação,é idiotice minha pensar nisso!? Talvez.

– Sua mãe ficou preocupada!!.- Me avisou Ryan após minutos do silêncio que havia se estabelecido no carro.

– Eu avisei que iria sair com você,ela nunca reclamou!.- Batuco os dedos na minha perna. A Pattie sempre arruma defeito em todos os meus amigos,diz que são falsos e interesseiros.

– Antes você não era...- Pareceu se arrepender do que havia começado a falar.

– Cego!.- Falo amargamente completando sua frase.- Tudo bem Butler,pode falar! Afinal eu tenho que me acostumar com isso,é minha realidade agora!

– Agora! Justin,você vai melhorar e voltar a enxergar,acredite!.- Paro de prestar tanta atenção no que ele falava. A quem quer enganar? Minha vida acabou.

– Só me leva pra casa!.- Peço um pouco baixo. Quando finalmente estou em casa,no meu quarto,consigo relaxar um pouco. A dona Pattie me ajudou novamente a tomar banho e me vestir,confesso que estou odiando isso de não ter independência nem para ir ao banheiro sem esbarrar em nada,não imaginava que era tão difícil assim.

Izzie Chermont Point Of View

Corro com as sacolas em mãos sem olhar para trás nem um momento sequer. Covardia da minha parte,eu sei! Mas já estou me acostumando com a idéia que é isso que eu sou,covarde. Fico feliz de finalmente está começando a conversar com ele,não tenho mais medo como teria se fosse antes,e o motivo disso me dói.

Entro em casa meio atrapalhada com as sacolas,tenho consciência que talvez tenha demorado demais para voltar e tenho consciência também que a vovó deve está preocupada com a minha demora. Como esperado,dona Charlotte sentada na sua poltrona continha uma feição de preocupação.

– Izzy minha querida! Por que demorou tanto?.- Cuidou de levantar-se rapidamente.

– Me perdoe vovó! Começou a chover e achei melhor parar em um local protegido para não me molhar!.- Respondo-a indo para cozinha largando as sacolas na mesa.

– Pelo visto não encontrou,está encharcada!.- Veio logo atrás de mim. Observo meus trajes e percebo que sim,estou molhada mas nem tanto.

– Exagerada!.- Dou um pequeno sorriso tirando as compras para fora da sacola,as guardo e volto a olhar para ela.

– Vai tirar essa roupa antes que pegue uma gripe!.- Pegou no meu braço e saio me puxando até o meu quarto.

– Tudo bem,tudo bem!!.- Digo fazendo sinal de rendição.

(...)

A noite estava linda,fazem cerca de 15 minutos que estou sentada na beira da janela do meu quarto. Pensando e refletindo sobre a minha vida,sobre as minhas escolhas certas e erradas,sobre absolutamente tudo que aconteceu recentemente. E com tudo isso não tive tempo de lamentar como deveria,como devia.

  Digo,não tive tempo para pensar no que estou sentindo,se é realmente o que eu deveria está sentindo em relação ao acidente. As vezes tenho vontade de contar para Sam sobre isso mas não consigo imaginar como ela lidaria,e se parasse de falar comigo? Não sou uma pessoa possessiva mas ela é como uma irmã pra mim,e eu me acostumei a te-lá sempre por perto quando eu mais precisei do seu apoio.

Fecho a janela e a cortina caminhando para cama,puxo o lençol e deito me aconchegando entre os travesseiros. Fecho os olhos e relaxo o meu corpo me livrando de alguns pensamentos sem fundamento algo e espero o sono chegar,aos poucos vou ficando sonolenta até acabar dormindo sem vê a hora.

(...)

   Seu sorriso estava radiante enquanto me olhava com carinho,eu tentei falar algo mas nenhum som foi emitido,tentei então me mover mas também não obtive sucesso. Eu estava sorrindo mesmo sem querer,era inevitável na presença dele.

– Eu te amo tanto sabia!? Você é incrível!.- Trouxe sua mão até meu rosto.- Você é perfeita!

– Eu também te amo!.- Era como se eu não mandasse em mim naquele momento,nas minhas ações. Eu apenas falava.

  Como se ainda fosse possível seu sorriso ficou maior,fez um leve carinho na minha bochecha com seu polegar e juntou nossos lábios iniciando um beijo...