SENSUALMENTE PROIBIDO

| 21 | Você foge, mas volta para o que é importante |

— Isso! Não é o que eu estou te falando? Olhe, por exemplo, essa posição sexy dele.

— Concordo! Ele tem um corpo gostoso para caramba. E desde criança ele é assim, Mandy.

— Eu posso imaginar. — Uma pausa. — Caso ele acorde, avise a ele que eu fui trabalhar, tá bom?

— Certo. Bom dia, doutora.

Uma risada surge, e eu abro meus olhos no instante em que Mandy repousa um beijo na minha testa.

— Ah, ele acordou! — exclama ela, o perfume irradiando um cheiro bom. — Eu vou indo, amor. E, a propósito: amei seu novo namorado.

Sorrio mesmo com a visão ofuscada, mas não digo nada — porque eu, o mais sincero que eu poderia admitir para mim mesmo, gostei do que ela disse. Após ouvir a porta se fechando, ergo meu corpo para a cozinha e vejo Jace sem camisa preparando o café da manhã na mesa

Pisco os cílios algumas vezes para ter a certeza de que seu corpo está mesmo à mostra da cintura para cima e acabo percebendo que estou enxergando perfeitamente bem.

Uou! Acordo e já me deparo com essa cena?

— Hey, mocinho! — ele diz bem alegre e vem até mim, repousando um beijo no meu cabelo como sempre fazia quando acordávamos juntos no orfanato. — Sua amiga é uma graça. Dormiu bem?

Faço que sim, passando a mão no rosto ao analisar seu corpo. Não há dúvidas de que ele é mesmo modelo.

— Dormi, obrigado — digo com voz de sono. — E você?

— Com você ao meu lado? Com certeza! — Jace sorri e retorna à cozinha. — Venha, eu preparei café para nós. Sua amiga me ajudou. Ela me disse que você entra às 8:30 h no trabalho, então eu acordei cedo a preparei tudo junto com ela.

Me sinto mimado por isso, porém a sensação de ser bem cuidado por ele me traz lembranças boas dá época em que éramos crianças.

Ainda não me convence completamente a presença de Jace aqui comigo, como se eu estivesse sonhando por um longo tempo. É difícil de acreditar, por mais que eu tente.

— Sei nem o que dizer — sorrio, me levantando. — Hã... Que horas são?

— Umas 7:25 h.

Ah.

— Okay. Vou só lavar meu rosto e já desço, tudo bem?

Ele faz uma expressão sensual.

— Fique à vontade.

Rio e subo a escada. Não demoro mais que cinco minutos no banheiro e a desço depois, suspeitando de que minha velocidade era relativa ao meu desejo de passar mais tempo com Jace. Acho que qualquer um que estivesse na mesma situação que eu faria exatamente a mesma coisa.

Sento-me em uma das cadeiras à sua frente e pergunto, na dúvida:

— Quando você vai viajar novamente?

Ele pensa um minuto enquanto come o bolo de ontem.

— Eu fico uma semana, somente — diz em tristeza. — Depois eu vou para Canadá, como eu falei. Só vou ficar até o desfile na Comic Con acabar, que é no sábado agora.

Assinto, fitando a mesa por longo período.

— Mas vamos nos divertir, não se preocupe — acrescenta Jace rapidamente, o tom animado. — Vou tentar compensar os quinze anos distante de você o máximo possível.

Isso me faz sorrir.

Pego um pedaço de bolo e um copo de suco de uva.

— Ainda vai me ensinar a andar de skate quando eu chegar do trabalho, não vai?