2. Vai Wreckers!

3.4K 425 587
                                    




       

Harry era fascinado pela ideia de que o mundo seria infinito

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Harry era fascinado pela ideia de que o mundo seria infinito. Ele está sempre pensando nas inúmeras  oportunidades que o universo tem a trazer para a sua vida, e esse é dos muitos motivos – ele insiste em pensar sempre em largas quantidades, acredite – que nunca recusa qualquer chance que aparece em sua frente, até por que, como iria saber o que pode vir dentro da bagagem?

Era também apaixonado pelas estrelas pelo simples fato de não poder conta–las nos dedos das mãos. Gostava também, de pensar que o universo está em constante expansão. O universo está se expandindo, pensa ele. Harry apenas queria que sua alma fosse tão extensa como a galáxia e cheia de beleza como o céu acima de si.

Todos os dias quando acorda, lembra–se da nota mental de todas as manhãs – devem–se fazer apenas coisas que se gosta nas primeiras horas do dia – como tomar uma bela xícara de café, comer pão com pasta de amendoim e sentir a luz do sol ao correr ao redor do Campus. Depois disso tudo, tenta comunicar–se com diferentes tipos de pessoas, vai para as aulas – Harry estuda um pouco de ciências politicas e um pouco de cinema, não consegue decidir ainda – sempre fascinado pelas grandes oportunidades de conhecer coisas, lugares e épocas diferentes.

Harry está sempre pensando grande sobre as coisas. Porém, não consegue ver a si mesmo do mesmo jeito que as enxerga. Não consegue se sentir grande como pensa que tudo ao seu redor é. Sente–se sozinho, como um planeta sem nome, apenas existindo ao longo dos que possuem nome e beleza.

Ele quer se sentir grande.

Então se enche de coisas maiores do que ele, mas sabe que não é suficiente.

Nunca foi.

...

Noite de quartas de finais.

O campo estava iluminado por enormes refletores ao logo do estádio lotado e repleto de pessoas com cartazes, misturando–se com as cores branca e vermelha do uniforme do time da universidade – os WRECKERS –. As líderes de torcida já estavam no meio do gramado fazendo coreografia acrobáticas com seus pompons e mini–saias. Um pop típico americano saia dos enormes alto falantes. Cachorros quentes. Cervejas. Mascotes.

No meio disso, existia Harry, pronto para entrar em campo apenas enxergando as costas do companheiro com o número 11 cravado na camisa e nada mais. O capacete lhe apertava a nuca, conseguia ouvir os próprios batimentos cardíacos por dentro dele e a respiração cada vez mais ofegante. Esse era o dia, sabia, era o dia em que o time poderia fazer história e participar da sua primeira semi–final.

Quando ouviu o treinador gritar, sentiu arrepios transpassarem por todo o seu corpo desde os fios de cabelo até o pé. Era como se estivesse se afogando no próprio nervosismo, pelo amor de Deus, Harry carregava a responsabilidade da perda ou vitória e todo o time debaixo daquele uniforme, como não estaria nervoso? Respirou fundo, bateu no peito e soltou o ar.  Aproveitou–se do momento e gritou junto com o time, rangendo os dentes e repetindo insistentemente o grito de guerra. A fila começou movimentar–se rapidamente, e em segundos, se deparou com a extensão verde do gramado e os gritos de toda a plateia chamando pelo nome do time "WRECKERS! VAI WRECKERS! WRECKERS!", parecia que o mundo estava torcendo por ele, e isso parecia o suficiente para respirar fundo e ir direito ao aquecimento.

homewrecker || l.sOnde histórias criam vida. Descubra agora