Um mundo alternativo onde Louis é estudante de direito que vive procurando por outras realidades e coisas para se apaixonar.
Harry é um jogador de futebol americano sempre pensando do universo, nas estrelas e o quanto sente-se inferior.
E entre muit...
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Louis contemplava o dia com um pequeno nó no estomago. Na verdade, nem ele mesmo sabe descrever o incomodo que lhe consome naquela manhã, pois era como se algo estivesse muito errado com o mundo. Dane–se suas ações, dane–se o futebol, dane–se os seres humanos, o universo era culpado pelas energias negativas que pairavam por aquele gramado e fim.
Mas ainda assim, encostado em uma arvore qualquer, sentindo a fumaça do cigarro preencher seus pulmões aos poucos, a lembrança de ter acordado no quarto de Harry o atormentava de forma bem lenta, quase dolorosa e um tanto perturbadora.
Havia tantas pessoas no meio daquele jardim entre os prédios, mas ainda assim, podia–se ouvir o som dos pássaros voando em direção ao mar. Algumas estavam sentadas nas colunas conversando, deitadas na grama, lendo livros embaixo das arvores. O sol estava tão forte que pareciam estar no meio da praia, mas era hora do almoço e Louis estava se martirizado com lembranças falhas do dia em que caiu em cima do Quarterback, e ainda tentava resolver esta equação dentro da sua mente.
Parecia o cenário perfeito para se sentir ainda pior do que se sentira antes de bater naquela porta. Mesmo que nem ele mesmo se lembre desta cena, se arrepende de maneira absurda. Embora as razões de ter saído para beber shots de tequila ainda continuassem as mesmas, bem, pelo menos ainda teria os tickets para lavar o carro.
Bem, os tickets.
Os tickets?????
– Você devia parar inspirar essa fumaça.
Uma voz soou atrás da arvore, transformando–se em uma figura bastante famosa entre todos.
– Agora, você me diz o que fazer. Claro, obvio.
– Por que você é tão intenso desse jeito?
– Por que você é tão chato?
– Eu não sou.
Louis revirou os olhos, assoprando a fumaça pelos ares e observando Harry sentar–se do seu lado.
– Você está certo, não é chato, é insuportável.
Harry arruma o boné para se proteger do sol, mas o sorriso ainda está estampado no seu rosto. Louis começou a se perguntar se existia algum dia que não visse aquele garoto sorrindo.
Acho que não hein.
– Sério, porque você tem que ser tão intenso sobre tudo?
– Não sou. Você que só vive fazendo burradas e eu sou muitas coisas nessa vida, mas não sou obrigado a gostar de você do jeito que todo mundo gosta.
