Não havia mais nada que ele pudesse fazer. Era sentar– se, esperar e se lamentar. Queria ao menos saber o nome todo de Louis para preencher a ficha. Idade? Qual seria? Ele tinha irmãs. Isso ele sabia.
Quando perguntaram se ele possuía número de alguém mais próximo, não sabia responder a tais questões. Sabia que existia Niall.
"Falem com o Niall. Mesmo dormitório do Louis. Agora."
Mandou ao grupo do time. Alguns responderam que estavam tentando encontrar o contato dele através de outros grupos. As mensagens não paravam chegar.
"Max está louco."
"Ligaram para o Niall, não atende"
"Ele morreu?"
Harry respondeu: "Espero que não."
Ao corredor branco do hospital, algumas luzes piscavam. O cheiro de álcool 70 impregnou– se em cada canto daquela sala de espera. Nas cadeiras a sua frente, pessoas com roupas brancas levemente bêbadas cochichavam sobre alguém ter desmaiado. Uma sussurrou no ouvido da outra "ela não sabe beber" e os outros riram.
As amizades são realmente valiosas.
– Acompanhante do Louis?
Harry levantou– se. Um homem de meia idade estava segurando alguns papeis na mão. Quase morreu de susto, mas logo o homem abriu um sorriso e pôs a caneta atrás da orelha.
– Como ele tá? – Harry perguntou, cruzando os braços tentando fingir calma.
– Alguns hematomas. Os ferimentos não foram tão ruins assim... Parece que seu namorado tem medo de sangue, por isso o desmaio.
O médico riu.
Harry olhou para o chão, escondendo a pequena risadinha que quase escapou.
– Ele só é um amigo... – e sorriu. – Posso entrar lá?
– Opa! Desculpe, é que– Ah, Deixa pra lá jovem. Pode entrar. Ele pode ir pra casa. Só precisa de uma ajudinha. Tudo bem? – disse ele dando duas batidinhas no ombro de Harry, ainda sorrindo como se existisse alguma piada que só ele soubesse.
– Obrigado.
...
Louis se sentou na cama ainda encarando as duas mãos enfaixadas. A dor de cabeça passou de latejante para um leve incomodo que o fazia querer pedir mais um analgésico. O médico explicou que os cortes tinham sido mínimos, mas que pelo visto ele tinha medo de sangue. Aquela explicação era no mínimo plausível quando não conseguia sentir uma dor no pé sem checar no Google. Tudo para ele era sinônimo de uma doença terrível prestes a abalá– lo, o deixando a beira de um abismo e um tratamento somente possível com células tronco.
No final das contas, ele só tinha topado o pé e quebrado o dedinho.
Aquele não seria uma situação diferente. Restavam apenas alguns questionamentos sobre como ele havia chegado até ali, o que de fato ele disse e se o álcool de fato já havia se dissipado.
Quando ouviu a porta ranger, deixou de encarar as mãos pensando que talvez fosse o médico desistindo da alta e lhe dando um diagnostico mortífero e impossível.
– Ei.
Revirou os olhos.
– Eu salvei a sua vida. – Harry sorriu. – Vamos?

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homewrecker || l.s
FanfictionUm mundo alternativo onde Louis é estudante de direito que vive procurando por outras realidades e coisas para se apaixonar. Harry é um jogador de futebol americano sempre pensando do universo, nas estrelas e o quanto sente-se inferior. E entre muit...