Um mundo alternativo onde Louis é estudante de direito que vive procurando por outras realidades e coisas para se apaixonar.
Harry é um jogador de futebol americano sempre pensando do universo, nas estrelas e o quanto sente-se inferior.
E entre muit...
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Eram sete horas da manhã. Harry estava sentado do outro lado da mesa, observando o médico folhear seus exames com uma expressão um tanto preocupante em seu rosto – quase os arrancou de suas mãos para ver o que estava acontecendo – e isso lhe deixava cada vez mais nervoso. O consultório estava cercado de troféus, prêmios e fotos do time da universidade. Era um lugar pequeno, tinha cheiro de borrifador de táxi de beira de estrada, mas as cadeiras eram tão confortáveis como se fossem pequenos divãs.
O jogo seria amanhã, e essa era a última consulta sobre a fatídica bolada que recebera há alguns dias atrás.
Nem se considerava religioso, mas desde quando despertou no meio da madrugada, Edward tem rezado para todos os santos, anjos e deuses existentes no universo.
Ele precisava jogar.
– Edward... – o médico do time arruma os óculos para mais próximos dos olhos, analisando o rosto inchado de sono do homem do outro lado da mesa. – Eu estou ainda vendo alguns sinais de que o coagulo ainda não se desmanchou facilmente, não posso te negar, isso me preocupa um pouco. Seus olhos ainda estão muito sensíveis a luz e isso talvez te impeça de se movimentar rapidamente pelo campo.
Harry engoliu a própria língua.
Tudo havia desabado em questão de segundos. Ele olhava para as próprias mãos, as sentindo tremer e tudo ao seu redor tonar–se cinza.
– Ei... – o médico o chamou, mas o som de sua voz estava cada vez mais distante. – Nós precisamos ter cuidado. Isso é sério. Precisa ficar de repouso. Os garotos vão cuidar disso, vai estar perfeito para o próximo. Prefiro que você esteja vivo a ganhar este jogo.
Como alguém poderia dar uma noticias dessas, às sete da manhã e sem nenhum preparo psicológico? Harry estava devastado. Agora sim, os motivos para ser odiado haviam aumentado de maneira considerável.
Se o time não ganhasse o jogo, ele seria o responsável pela perda por não poder jogar. Por mais idiota que parecesse, estava se culpado repetidas vezes, sem parar, até que tudo transbordou pelos olhos.
Saiu da sala com um enorme buraco no peito.
– E aí? Vai jogar? – Zayn se levantou rapidamente da cadeira da sala de espera quando o viu sair do consultório. – Harry! Diz alguma coisa!
– Zayn...
– Oh. – ele o abraçou, acariciando suas costas e sussurrando. – Tudo bem, vai ficar tudo bem, ok? Você está bem. Vem, vou te levar pra tomar um milk-shake.
...
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