Capítulo 21

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Dominic era perfeito. Cheguei a essa conclusão por conta do encontro simplesmente perfeito que ele havia preparado.

Me declarar para ele fez com que um peso saísse dos meus ombros, mas enquanto mexia no colar que havia me dado, eu ainda podia sentir lá no fundo uma coisa me incomodando, e essa coisa tinha nome e sobrenome. Daniel Hanford.

Não contar toda a história que tive com Daniel para Dom fazia com que eu me sentisse uma traidora. E ele com certeza não merecia isso.

O clima entre nós era de muita paz, e eu realmente sentia muito por ter que estragar isso.

- Dom, tem algo que eu... algo que nós precisamos conversar. - Ele distribuía beijos pelo meu pescoço, mas parou assim que disse aquilo e me olhou com um olhar preocupado.

- O que foi anjo? Algo errado?- Hesitei um pouco mas não tinha volta, a hora é agora.

- Eu não quero que nada fique entre nós, e começar o namoro com histórias do passado mal esclarecidas não é bom, então espero que você seja sincero comigo da mesma forma que eu vou ser sincera com você, tudo bem? - A essa altura, Dom já havia me puxado para seu colo e me encarava com um olhar sério.

- Claro que sim anjo.

- Aquele cara da boate, o Daniel, ele é meu ex-namorado...-

- EX? Como assim EX? - Dominic já se mostrava um pouco alterado, e eu torço para que ele não exploda até o final.

- Calma Dom, deixa eu terminar. Eu o conheci no fim do colégio e ele sempre foi um cara legal para mim, eu acabei me apaixonando pelo jeito doce dele e tudo estava perfeito, até que eu tentei terminar o namoro. - Eu sentia as mãos de Dom se fechando na minha cintura, ele com certeza estava com raiva.

- E por que você quis terminar se ele era tão perfeito assim? - E o bichinho dos ciúmes finalmente deu as caras.

- Ele não era perfeito, mas a ilusão de estar apaixonada por ele me impedia de enxergar a verdade, até que eu o encontrei me traindo e terminei o namoro, daí tudo virou um inferno.

- O que você quer dizer com inferno? - Sua expressão de raiva se suavizou para uma preocupada, mesmo com raiva ele ainda se preocupava comigo, por isso eu o amo.

- Ele me perseguia em todos os lugares, quando estava com meus amigos dava um shown de ciúmes, era uma situação insuportável, esse foi um dos motivos pelo qual eu vim estudar aqui, em Seattle.

- Agora eu entendo o seu jeito quando nos conhecemos, você é mais forte do que eu imaginava.

- Não sou forte amor, só consegui fugir com elegância.

- Fala de novo. - Franzi um pouco o rosto em confusão, eu não falei tão baixo assim.

- Não sou... - Ele riu um pouco antes de colocar as mão em meu pescoço e fazer carinho ali.

- Não não, me chama daquilo de novo. - Agora eu entendi, não consegui segurar um sorriso meio envergonhado.

- Amor, você é o meu amor. - Ele sorriu e me puxou para um beijo.

Beijar Dom acabou se tornando uma das minhas coisas favoritas de se fazer. Agora eu sei o que é beijar alguém com pegada, Dominic é milhões de vezes melhor que Daniel em todos os sentidos.

Quando nos separamos, olhei bem no fundo dos olhos que roubaram meu coração e nem mesmo tentei segurar o sorriso bobo quando disse algo que estava preso na minha garganta.

- Obrigada. - Ele sorriu de volta para mim, mas era possível ver a confusão que se instalou em seu rosto.

- Pelo que anjo?

- Por não ter desistido de mim, e pelo principal - Dei um selinho nele nele antes de continuar - por ter me amado.

- Você é incrível.

Não sei qual dos dois se inclinou primeiro, mas não havia passado 5 segundos e já estávamos nos beijando novamente.

O ar, infelizmente, se mostrou necessário e nós tivemos que nos separar.

O sorriso mal cabia em meu rosto e a paz que eu sentia no peito era tanta que poderia acalmar uma guerra, e saber que o motivo é alguém como Dominic só tornava tudo melhor.

-E quando vou poder conhecer os meus sogros anjo? - Eu respirei fundo e me ajeitei melhor contra seu peito antes de responder.

- Quando você quiser, eles vão querer te conhecer obviamente, mas nós podemos adiar até o próximo feriado, ou para o seguinte...

- Você está com medo?

- Mas é claro que não... bem... minha mãe é uma pessoa meio difícil.

- Não se preocupe com isso, eu vou lidar com ela.

- Se você diz, mas é bom avisar o meu pai, assim, ela já vai dando uma preparada no terreno.
- Se você diz. - Ele me deu aquele sorriso que faz as pernas tremerem e se inclinou para me dar outro beijo de tirar o fôlego, mas eu fui mais rápida e levantei antes que ele conseguisse. -Ei! Onde você vai? Volta aqui aqui anjo, eu preciso beijar mais a minha namorada.
- Sua namorada vai avisar o pai dela de que tem um novo namorado. E ela não consegue fazer isso beijando ele. - Consegui soltar a minha mão da dele e comecei a caminhar para dentro da casa. - Eu já volto!

Ele sorriu e gritou em alto e bom som que me amava, alto o suficiente para que todos que estivessem na casa escutassem.

Tentei não entrar em corredores para não acabar me perdendo e fiquei satisfeita ao encontrar um banco em um tipo de jardim de inverno, ou seja lá como se chama.

Liguei para o meu pai e me acomodei melhor no banco enquanto esperava ele me atender.

- Boa tarde princesa.
- Boa tarde?! Mas é noite pai!
- Ah é, esse fuso horário todo me confunde.
- Perai, que fuso horário?
- Eu, sua mãe e o bebê estamos viajando. Nós não te avisamos?
- Não, vocês devem ter esquecido.
- Aconteceu alguma coisa filha?
- Não! Bem... sim, aconteceu. - o silêncio dominou a linha, e eu admito que estava me intimidando um pouco.
- E o que foi?
- Como eu posso dizer isso pra você?! É que... Bom...
- Desembuxa Evangeline !
- O DOM ME PEDIU EM NAMORO ! - Acho que eu me descontrolei um pouco. Calma Angel, respira. - E eu aceitei.
- Que bom filha! Fico feliz que você esteja se dando uma nova chance! Assim que voltarmos vou querer conhecer ele!
- Pode deixar pai. E eu queria pedir mais uma coisinha de nada.
- Dá até medo de saber o que é quando você fala assim. Que 'coisinha' você quer?
- Será que tem como você preparar o terreno com a mamãe? Você sabe com ela é ciumenta.
- Vou ver o que... "

O telefone que eu estava segurando cai com força no chão quando alguém prende meu corpo com os braços e pressiona um pano úmido contra o meu nariz.
Me debato na tentativa de me livrar do aperto da pessoa mas não tenho sucesso, e por mais que eu tente resistir, o cheiro forte do tecido toma conta dos meus sentidos e todo o meu corpo vai amolecendo. Até que tudo escurece.

"OI AMORES, tudo bem? Capítulo novinho pra vocês, que eu particularmente achei arasador, e uma coisa eu garanto, agora a coisa vai pegar fogo. Vocês têm algum palpite?
Beijão e até o próximo.

Acompanhe minha outra história: * E Quanto Às Borboletas .    "

50 tons de esperançaOnde histórias criam vida. Descubra agora