50 tons de esperança

Capítulo 2

  Finalmente o horário do almoço havia chego depois de uma manhã cansativa de aulas.
 
  Passei no dormitório rapidinho para pegar meu violão, e como não estava com muita vontade de comer em meio a bagunça do refeitório, peguei meu almoço e segui para o jardim.

   Lá era realmente lindo e muito tranquilo, exatamente do jeito que eu gostava. Almocei com calma e peguei o violão para começar ensaiar a música da aula, ela era uma das minhas favoritas então tive trabalho nenhum, só precisei lembrar algumas notas.

  Eu estava tranquila enquanto ensaiava, parando algumas vezes só para lembrar alguma nota que eu havia esquecido, quando escutei alguém falando comigo.

  -Olha, não sei porque, mas acho que essa música te descreve!

  Eu olhei pra trás e lá estava o garoto do corredor, ele parecia ainda mais bonito com o sol brilhando no cabelo, eu não sei porque mas tenho a sensação de já ter visto ele em algum lugar.

  - Quem sabe você não esteja apenas equivocado.
 
-Eu acho que não, querida eu não me equivoco, aliás eu posso sentar com você?

  - Claro, senta ai.

  Ele sentou ao meu lado na grama e me olhou com um sorriso radiante.

  - Eu realmente estava esperando que você me reconhecesse,  mas pelo jeito isso não vai acontecer. Eu sou Dominic, Dominic Sherwood, e você é? - Ele arqueou uma sobrancelha e ainda mantinha aquele mesmo sorriso no rosto.

  - Meu nome é Evangeline Marrie Finch, mas o pessoal me chama de Angel.
 
- Me chame de Dom então, é como me chamam, você estava ótima cantando Eva, que música era? Eu não conheço.
 
- É uma música brasileira do Projota chamada "Hoje ela só quer". Mas sério, Eva?!

  - A música é legal , e sim, eu vou te chamar de Eva.
  - Mas todos me chamam de Angel.
  - Como minha mãe sempre dizia, eu não sou como os outros.
  - Por que eu tenho a sensação de  que você é um daqueles badboys de romance que sempre partem o coração da garota em alguma parte da história?
  - Eu não me apaixono querida!  Isso me desclassifica para o posto de badboy da sua história. Sabe, com o tempo você vai acabar aprendendo, eu não sou como os outros. Te vejo depois.

  E com isso ele simplesmente se levantou e foi embora,sem olhar pra trás. Eu não quis ser rude nem intrometida ao falar aquilo, estava só brincando com ele, mas eu realmente achei aquilo, pelo visto ele faz parte do time dos caras sensíveis.

  Não vi mais Dom pelo resto dia, e depois do último período eu vi ele conversando com o cara que é o diretor, ou eu pelo menos acho que é, eu ia falar com ele para pedir desculpas pelo comentário que eu fiz à tarde mas o meu celular tocou bem na hora, quando olhei no visor e vi que eram os meus pais tratei logo de atender, estava morrendo de saudade.

  -Oiii pai.
  - Pai?!? Cono assim pai Evangeline?Esqueceu que tem mãe foi?!?
  - Me desculpa mãe, é que o número que apareceu na tela é do papai.
  -OK, está desculpada, mas da próxima vez vou ligar do meu para ver se você vai fazer isso de novo.
  -Pode ligar mãe, agoro fala pro papai colocar o celular no viva-voz.
  - Brian, amor, a angel pediu pra você colocar o celular no viva-voz! Seja lá o que isso significar.
  - Pronto querida, agoro todos nós conseguimos te ouvir.
  - Todos nós ?!? Todos nós quem pai?
  - Eu, sua mãe e o bebê.
  - Ahh é, esqueci que o Antony escuta as coisa até mesmo de dentro da barriga da mamãe.
  - Angel Amorzinho da mamãe, como estão as coisas aí?
  - Tudo tranquilo mãe, minha colega de quarto é legal, eu já fiz um novo amigo e a comida daqui é gostosa.
  -Hummm amigo é? Que amigo é esse?
  - Rebeca! Para de constranger a menina!
  - Eu só quero saber Brian, me conta filha! E esse garoto?
  - Não se iluda mãe, Percy é gay. E mesmo se não fosse, eu não estou interessada em namorar agora.
  - E quem disse em namorar? Aproveita a juventude Amorzinho, temos que ir agora, a mamãe ta morrendo de saudade!
  - Eu também estou mãe, morrendo de saudade de você, do papai e do Antony.
  - Tchau Cenourinha!

Quando terminei a ligação já havia chegado no quarto, eu não tinha noção do quanto estava cansada até sentar na cama e sentir as minhas pernas doerem.
  Resolvi tomar um banho e depois fazer as milhares de tarefas que os professores tinham passado. E eu que achei que faculdade de música seria fácil.

Depois de tomar meu banho e já ter feito quase metade das tarefas, eu escuto alguém bater na porta e quando abro vejo ninguém mais ninguém menos que..... A Izzy .

  - Perdeu a chave Izzy?
  - Sim, eu não sei onde eu perdi.Me empresta a sua amanhã? Vou ter que tirar uma cópia!
  - Claro.

  Ela entrou e foi direto pro banheiro, mas ainda assim continuou falando de lá.

  - Então, como foi o seu dia?
  -Eu diria que foi bom, apesar de ter me perdido duas vezes, ter chegado atrasada na aula de história da música, foi tudo bem, fiz até um novo amigo, o Perseu, e esbarrei com o cara mais lindo que eu já vi na vida, Dominic.
  - Perseu? Que Perseu?
  - O Percy.
  - Ahh sim! Ele é um gato, aindo pego ele.
  - Acho difícil, já que ele é gay.
  - Que desperdício! Nunca teria imaginado.
  - Se você acha, eu também não identifiquei logo de cara.
  - Quem dera eu ter tido um dia assim amiga. Cheguei atrasada, briguei com um cara no corredor, perdi minhas chaves e o meu suco do almoço estava estragado.
  - Nossa! Que dia do cão!

  Ela saiu do banheiro enrolada numa toalha depois de ter acabado de tomar a ducha e pulou em cima da minha cama.

  -Cuidado com os livros Izzy!
  -Para de se estressar Angel, e aí?  Bora assistir um filme?
  - Que filme?
  - Topa ou não?
  -Pode ser, agora sai de cima dos meus livros e vai logo colocar o filme.

Ela levantou da cama ainda enrolada na toalha e foi colocar o filme pra gente assistir.
  Bom, pelo visto sobrevivi ao primeiro dia.

"Olá amorecos, tudo bem? Capítulo novinho e revisado para vocês!  *-* Comentem o que acharam e vote se gostou! Beijão e até a próxima!

Acompanhe minhas outras histórias: 

*E Quanto às Borboletas?;
*Neverland;
*How To Be A Heartbreaker.  "