Depois de voltar para casa em Auburn Hills passei o dia com meu pai no hospital, minha mãe tinha sido sedada para não passar por nenhum estresse e só acordou de noite, mas depois de me ver e conversar um pouco comigo ela começou fixar nervosa e tiveram que seda-la de novo. Meu pai estava um caco, tinha olheiras embaixo dos olhos e só estava acordado por conta dos litros de café que ele havia tomado.- Papai, você não acha melhor irmos pra casa descansar um pouco? Os médicos sedar a a mamãe, ela não vai acordar até de manhã e nós podemos voltar amanhã bem cedinho.
- Não quero deixar sua mãe aqui sozinha filha, e se ela acordar e não tiver ninguém com ela?
- Eles tem enfermeiras aqui e todas gostam da mamãe, ela não vai gostar de te ver assim.
- OK, você venceu! Nós vamos e voltamos amanhã bem cedinho.Nós fomos pra casa e eu praticamente obriguei meu pai a ir pro banho e fui fazer nosso jantar, lasanha. Papai não demorou muito no banho e quando ele saiu eu avisei que a lasanha estava no forno e pedi para ele olhar pra mim.
Um banho era tudo o que eu estava precisando e logo que eu acabei já me sentia uma nova pessoa. Eu tinha acabado de me trocar quando eu escutei o telefone tocando dentro da minha bolsa, eu senti um peso nos meus ombros quando eu vi quem era, Joe, eu sabia que devia conversar com ele e dar uma explicação por mais que não tivéssemos nada, ele era meu amigo e o que eu estava fazendo com ele era errado. Resolvi atender a ligação.
* ligação On *
- Alô.
-.....Angel? É você?
- Claro que sim Joe.
- Achei que você iria recusar essa ligação também.
- Eu sinto muito por aquilo.
- Eu não quero que você sinta muito Angel, eu só quero um motivo pra você simplesmente passar a me ignorar, eu não me lembro de ter feito nada de errado pra você.
- Eu sei que não, eu estava com tanto coisa na cabeça e eu queria resolver as dúvidas que eu tinha na cabeça e quando eu consegui eu não tive coragem de atar as pontas soltas.
- Então eu sou uma ponta solta?
- Tecnicamente, não leve isso como uma ofensa mas você é meu amigo e só isso, nós nunca poderíamos ser nada além disso. Me desculpe se alguma vez eu dei a entender que nós poderíamos ser um casal ou algo do tipo.
- Você nunca deu nada a entender Angel, eu só estava tão esperançoso que acabei criando uma ilusão na minha cabeça, você sabe que poderia falar isso comigo pessoalmente.
- Me desculpa Joe, eu só não queria te magoar.
- Não se preocupe com isso, minha prima é especialista em corações quebrados, não vai ser difícil pra ela remendar o meu. Mas eu liguei mesmo pra saber com você tá, fiquei sabendo da sua mãe.
- Ela está no hospital, não podemos fazer nada além de esperar.
- Melhoras pra ela.
- Obrigada.
- Eu tenho que ir, tchau Angel.
- Espera! Ainda podemos ser amigos?
- ...... Claro, vamos continuar amigos* ligação off *
Eu me sentia um pouco melhor por não ter mais que ignorar o Joe, mas só um pouco, não queria machucar ele é por isso eu fugi mas não acho que fazer isso pelo telefone tenha sido mais gentil, eu mal tinha colocado o telefone cama quando ele tocou de novo e dessa vez meu coração acelerou e eu esqueci completamente de me sentir culpada por Joe.
* ligação On *
- Dom?
- Hey Anjo, fiquei sabendo da sua mãe. Queria ter estado em Seattle hoje pra te dar apoio.
- Não se preocupe com isso, Theo me ajudou tanto.
- Eu fiquei sabendo, foi ele que me contou sobre a sua mãe, mas e ai, como ela tá?
- Ela tá bem, o problema é o bebê, qualquer alteração na pressão já pode prejudicar o bebê então ela passou praticamente o dia todo dopada.
- Nossa que barra, eu vou estar orando por você, sua mãe, seu irmão, bem por todo mundo aí.
- Obrigada Dom, só o fato de você ligar me deixa melhor.
- Fico feliz em saber disso Anjo! Eu sei que é um péssimo momento mas você aceitaria sair comigo quando você voltar?
- Depende do que acontecer aqui, se tudo der certo, espero que você tenha um ótimo encontro em mente.
- Você vai se surpreender meu anjo, e o Ozzy como ele tá?
- Ta ótimo, ele ficou com a Izzy mas eu tô um pouco preocupada de deixar o meu bebê com ela, ela mal sabe cuidar dela mesmo quem dirá de um cachorro que precisa dar comida, água, levar pra fazer cocô, você sabe.
- Se você quiser eu posso ficar com ele, tenho certeza que a Vilma iria ficar feliz com um amigo.
- Você faria isso?
- Claro.
- Então eu quero sim, eu não gostaria de voltar e achar meu cachorro morto.
- Ele vai estar em ótimas mãos, você já jantou?
- Ainda não, eu fiz lasanha pra comer com o meu pai.
- Você cozinha?
- Claro, e sou uma cozinheira de mão cheia.
- Você vai precisar cozinhar pra mim, quero ver se você não está só me iludindo.
- Feito, quem sabe em um segundo encontro, agora eu tenho de ir, tchau.* ligação off *
Eu nem esperei por uma resposta de Dom antes de desligar o celular, e fiquei parada com um sorriso bobo no rosto antes de ouvir meu pai me chamando para jantar.
- Sabe filha eu senti falta disso, de chamar você pra jantar, de conversarmos enquanto comemos, tudo isso.
- Eu também senti falta disso pai, por mais que seja difícil ficar sozinha na faculdade, as vezes a gente se sente meio solitário.
- E quanto ao assunto daquela nossa conversa, o que você decidiu?
- Decidi seguir o coração pai, e depois de algumas coisas que fiquei sabendo tenho certeza de que não vou me arrepender.
- Bom saber disso filha, é realmente bom.Nós assistimos um pouco de televisão depois do jantar, mas não demoramos para ir dormir já que tínhamos que acordar cedo para ir para o hospital.
Eu estava sonhado com Dom, uma praia, nós dois juntos até ser acordada por alguém me chamando.
- Angel, filha acorda!
- Pai? O que aconteceu?
- Nós precisamos ir para o hospital, sua mãe passou mal e o médico teve que interna - la.
- O quê? Eu não tô entendendo.
- Sua mãe foi internada Angel, o bebê vai ter que nascer agora!" Oiiii gente, td bem? Capítulo de hoje foi meio tenso hein, alguém aí ficou com pena do Joe? Ou adorou a conversa com o Dom? Me conta nos comentários e não esquece de deixar o seu voto se você tiver gostado do capítulo! Beijinho"
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50 tons de esperança
Fiksi PenggemarEvangeline Finch era uma garota de família simples que sempre lutou pelos seus sonhos, foi achada na rua quando ainda era um bebê e logo acolhida por Rebecca e Brian Finch. Agora com 19 anos vai atrás de seus sonhos em uma cidade diferente, Seattle...