Capítulo 26

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A luz branca quase me cegou quando abri os olhos. Foi difícil me acostumar, mas assim que consegui, vi onde estava. Na casa dos Grey.
Eu podia concordar que aquele lugar era um paraíso, mas não achava que eu tinha chegado ao céu, não, eu não era boa o suficiente pra isso.
Me sentei e olhei em volta tentando me situar, estava embaixo da árvore onde Dom me pedira em namoro. O horizonte que antes podia ser visto dali não estava mais à vista, havia uma luz branca em volta, como o flash de uma câmera. Aquilo era muito estranho, assim como o silêncio que reinava ali.
Estava com minha roupa favorita, jeans e camisa, e meus cabelos estavam preso em um rabo. Me levantei com um pouco de medo, afinal, tinha sido baleada, pelo menos era isso de que me lembrava.
Não senti dor nenhuma, então comecei a me aventura naquele lugar. Tentei chamar por Dom, Christian, qualquer ajuda que fosse mas minha voz não saia. Minha garganta estava seca, e eu morria de sede, o que era irônico, afinal eu já devia estar morta.
Caminhei mais pouco pelo jardim, descendo para um lugar que eu não havia visitado com Dom. Bem no fundo, no fundo mesmo, comecei a ouvir uma voz, uma voz de menina que falava alguma coisa. Quanto mais eu descia o terreno, mais clara a voz ficava. A menina não falava qualquer coisa, ela cantava uma canção que minha mãe costumava cantar pra mim sempre que eu sentia medo.
A garota estava na beira de um lago, e brincava com alguma coisa em seu colo. Tentei dizer alguma coisa, mas ainda assim a voz não saiu, mas a garota olhou pra trás como se sentisse a minha presença.

- Já estava cansada de esperar por você, venha aqui comigo e se sirva de alguma coisa.

Mesmo que eu quisesse me mover, não poderia. O choque me paralisou assim que vi o rosto da garota. Era eu, eu estava me vendo ali com uns sete, oito anos.
O mesmo sorriso que eu via nas fotos que ficavam em cima da lareira de casa. Aquilo me apavorou. Como era possível?
Ela fez um gesto com a mão, me chamando de novo e eu fui, movida pelo medo ou pela curiosidade. Quando cheguei perto, ela estendeu um copo, e eu não hesitei em beber, não me importava com o que era, só queria acabar com a maldita sede.
Me sentia melhor depois de beber a água daquele copo, pronto para mais uma vez, tentar falar.

-Quem é você? - Mesmo que um pouco rouca, minha voz saiu e eu finalmente questionei a menina. Ela me olhou com aqueles olhos azuis, que eu costumava olhar no espelho, e sorriu um pouco antes de responder.
- Quem sou eu? Ainda não tenho certeza. Quem é você ?

Como assim ela não tinha certeza de quem era? Isso é tão confuso, tudo isso é confuso. Só queria que minhas perguntas fossem respondidas. Será que eu morri?

- Você não morreu. Pelo menos ainda não. - Ela falava com uma calma, era espantoso.
- Se eu não morri, então o que aconteceu? Ou melhor, o que está acontecendo? Quem é você? - Reforcei minha pergunta mais uma vez. Não aguentava mais me olhar, sem ter certeza de que estava mesmo me olhando.
- Eu costumava ser Phoebe, mas não acho que continuarei a ser Phoebe. Estou mudando. - Deus, ela era enigmática. Parecia o Yoda, do Star Wars.
- Por que você está mudando?
- Não me reconhece? Não percebe quem eu sou? - Já estava perdendo a paciência com ela. Eu não era um Jedi pra aguentar o Yoda de cachinhos.
- Chega de dar voltas. Me diga logo quem você é.
- Eu sou você, ou então, o que poderia ter sido.
- Como isso é possível? - Eu estava chocada, ou eu morri e estou tendo uma alucinação pós-morte,ou... Não tem 'ou', deve ter sido isso mesmo.
- Se você sou eu, então quem... - eu não conseguia formular a pergunta, todas as poucas informações se embaralhavam na minha mente. - Deus, isso é tão confuso.
- Sei como se sente. Eu sou você, sua mente está me projetando enquanto estamos nessa inércia. Você não morreu, ainda não, mas sinceramente, não sei o que está acontecendo.
- Como você não pode saber o que está acontecendo? Você é tipo minha consciência, devia saber de tudo.
- Não sou sua consciência mocinha, sou você. Pense nisso como um espelho, você está conversando consigo mesmo. - Acho que eu bebi antes de morrer.
-E por que eu conversaria com um espelho de sete anos? Se eu não estou morta como você diz, então por que ainda estou aqui?
- Eu tenho oito anos, só para ficar claro. Você não se sente pronta ainda, eu sinto o seu medo. Sabemos que quando acordar, se acordar, nada mais será como antes. Todo o seu mundo vai mudar, e isso é assustador. Não tenha medo do novo.
- Você não me ajuda em nada expondo meus sentimentos assim. Saiba que você é um péssimo espelho.
- Bip,Bip,Bip. - Phoebe mexia a boca mas o único som que saía eram de uma máquina, e daquelas bem irritante.

Franzi a testa tentando entender, mas ela não parava. E a bela construção da casa dos Grey começou a ruir atrás de nós. As pedras rolavam, e quando achei que ia ser acertada por uma que vinha bem em nossa direção, abri os olhos.

" Hello Hello gente! Mais um capítulo pra vocês. É com um aperto e alegria no coração que mais uma vez informo que estamos na reta final. Esse capítulo,no meu ponto de vista, é onde a Angel encontra o verdadeiro medo que estava no fundo, e vai lidar com ele nos próximos capítulos. Espero que estejam gostando.

Como estamos na reta final, era hora de apresentar meu novo projeto, o meu mais novo queridinho. Com vocês...

  How to Be A Heartbreaker

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How to Be A Heartbreaker

Nico O'brien é um garoto que por incrível que pareça já teve seu coração partido muitas vezes e agora quer dar o troco. Sua mais recente desilusão amorosa foi com Savanna Steves, a namorada que partiu seu coração quando foi para a cama com seu melhor amigo, bem, ex- melhor amigo Kol Amell. Determinado a não ter mais o coração partido, decidiu que de agora em diante só partiria corações, e ninguém melhor para ajudá-lo nessa tarefa que a inalcançável Constance Drew. O problema agora é conseguir a ajuda da partidora de corações oficial da escola.

As postagens vão ser iniciadas logo logo, e vocês vão poder sr apaixonar, odiar e acompanhar o crescimento de Nico O'Brien. "

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