capítulo 13

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Papai e eu fomos para o hospital correndo, a pessoa que ligou não quis passar muitas informações pelo telefone, só falou o essencial e pediu para que a a família fosse pra lá. Eu estava muito preocupada, o bebê teria que nascer agora ou então não iria sobreviver mas ele ia completar 8 meses então ainda estava um pouco cedo, eu só pesava em pedir pra Deus não deixar nada de ruim acontecer ao meu irmão ou a minha mãe.

Nós chegamos ao hospital em tempo recorde e o médico logo veio nos encontrar pedindo para meu pai assinar as autorizações necessárias para a realização da cirurgia, ele nos disse que minha mãe já estava pronta para ir pra cirurgia mas somente um pessoa poderia acompanhar, eu não hesitei em dizer para o meu pai já que eu tenho problemas pra lidar com muito sangue, e agora aqui estou, na sala de espera fazendo nada mais do que esperar qualquer notícia sobre a minha mãe e o meu irmão.

Depois de 3 hrs eu já estava ficando impaciente, não pelo fato de esperar mas sim pelo fato de não ter nenhuma notícia, a sala de esperar deve ter sido feita para deixar os acompanhantes confortáveis mas depois que você passa uma hora sentada, sua bunda começa a doer e você começa a ficar irritada. Eu estava me levantando para andar um pouco quando vi meu pai vindo em minha direção. Ele parecia feliz e isso tirou um peso enorme dos meus ombros.

- Ele é lindo filha, completamente perfeito.
- Ele? Então é um menininho?
- Sim, o mais novo membro da família, Sebastian Finch.
- Quando eu vou poder ver ele pai?
- Ele ainda é pequeno então vai ficar na encubadora por uns meses mas eu acho que quando a enfermeira acabar de dar o banho e ajeita-lo você já vai poder ver ele.
- E a mamãe?
- Ela está bem graças à Deus.
- E nós já podemos visita-la?
- Não, só amanhã. Eu vou ficar com ela porque sou o acompanhante mas eu acho que eles liberam a visista a partir das 8 hrs.
- Eu acho que vou pra casa então, amanhã eu venho ver a mamãe e o Bastian.
- Pode ir filha, quer dinheiro pro táxi?
- Sim por favor, esqueci minha bolsa em casa.
- Aqui, até amanhã anjo.
- Até papai.

Eu fui pra casa tentar dormir mais um pouco já que era madrugada, o táxi me deixou na frente de casa e quando eu estava procurando a chave reserva que ficava escondida na varanda escutei uma a voz que eu nunca mais gostaria de ouvir.

- Gatinha quanto tempo, você não me ligou mais, eu estava com saudade.
- Daniel? O que você tá fazendo aqui?
- É assim que você cumprimenta seu namorado? Não vou ganhar nenhum beijinho?
- Você não é meu namorado Daniel e sabe muito bem disso! Nós terminamos há dois anos.
- NÓS NÃO TERMINAMOS ANGEL, SÓ TERMINA QUANDO EU FALAR QUE TERMINA!
- Para de gritar, tá de madrugada! O que você tá fazendo aqui a essa hora?
- Vim te fazer um convite gatinha, o que você acha de ir no cinema comigo hein?
- Com você eu não vou nem na esquina, para com isso Daniel! Nós terminamos, aceita isso.
- Você se ilude pensando assim, e eu acho bom você não ter colocado ninguém no meu lugar!
- Você não tem um lugar Daniel, que isso fique claro! Agora vai embora antes que eu ligue pra polícia.
- Eu vou embora gatinha, mas não fica triste com isso não, eu volto!

Eu não esperei eles ir embora pra entrar na casa e me trancar lá dentro, Daniel foi um dos principais motivos por eu ter aceitado ir para Seattle, quando se tem um ex namorado obsessivo fugir muitas vezes é a única opção, e foi isso que eu fiz.

Daniel era abusivo e e extremamente possessivo, os ciúmes dele passavam do limite, mas pra mim ele ainda era o mesmo garoto doce que eu tinha conhecido e me apaixonado e eu vivi nessa ilusão até o dia em que peguei ele me traindo e quis terminar o namoro, eu lembro como se tivesse acontecido ontem.

*FLASHBACK ON *

" Senhores passageiros, o vôo 549 com destino à foi cancelado, por favor evacuem a sala de embarque"

50 tons de esperançaOnde histórias criam vida. Descubra agora