Capítulo 24

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Eu não queria abrir meus olhos, não queria despertar dos sonhos maravilhosos que eu estava tendo, mas o barulho alto da porta se abrindo me acordou.

Continuei com os olhos fechado já esperando Daniel começar um novo discurso sobre como me ama e como nós vamos voltar.

- Faça algo útil Daniel, acorde a garota! - era a voz de uma mulher.

Abri meus olhos e me sentei imediatamente, Daniel parou de caminhar quando percebeu que eu estava acordada e vi atrás dele, uma mulher bem vestida que não aparentava ser tão velha. Talvez tivesse a idade dos meus pais.

Nós ficamos nos encarando, e eu percebi que ela não iria falar nada. Ela parecia estar hipnotizada. Era estranho. Me perguntava quem era ela e qual seria o motivo de ficar me encarando, o nome Maia surgiu na minha mente em um letreiro luminoso. Tinha que matar minha dúvida e ficar ali encarando ela não iria me ajudar.

- Você é Maia? - Ela me deu um sorrisinho antes de começar a andar lentamente pelo quarto, observando o ambiente com uma expressão de desgosto.
- Pelo que vejo, meu nome já chegou ao seu conhecimento. Me pergunto o que mais pode ter chego. - Ela olhou para Daniel, que quase se camuflou com a porta, tentando fugir dali.- É insuportável olhar para você, é como se eu estivesse olhando para ela. Você é a cópia dela.
- Igual a quem? De que você está falando? - Maia falava,falava, mas nada começava a fazer sentido, parecia um quebra- cabeça de 500 peças que não se encaixava.
-Eu tinha minhas dúvidas quando me falaram de você, mas agora, olhando pra esses olhinhos azuis sem graça, todas as minhas dúvidas foram embora Phoebe.

A confusão tomava conta dos meus pensamentos, do que aquela lunática estava falando? Quem era Phoebe? Nada estava tornando a situação melhor, e o fato de Daniel estar parado como uma estátua não ajudava em nada.

- Meu nome é Evangeline, você com certeza deve ter me confundido com essa tal de Phoebe. Eu não conheço nenhuma Phoebe.

- Se você não conhece nenhuma Phoebe, eles ainda não devem ter descoberto. Com certeza facilitará muito mais o meu plano. Olha querida, seu pai já está ligando, foi mais rápido do que eu esperava.- Maia me mostrou o celular tocando, com um contato salvo como "Amor" aparecendo na tela. Deus, essa mulher é louca, como ela pode conhecer meu pai se ele mora no interior, do interior. - Christian, meu querido, como você está %

Christian% Como ela poderia estar falando com o meu pai se ela atendeu um Christian% Ela é lunática. Nesse ponto, lágrimas que eu nem sabia que tinha começaram a escorrer pelo meu rosto. Já era ruim ter sido sequestrada, mas saber que os dois sequestradores eram loucos me deixou desesperada.

- Não se preocupe meu amor, eu vou dar um jeito nela, vou tirar definitivamente ela do nosso caminho e então nós poderemos ficar juntos. Como deveria ter sido desde o começo, sua filha não vai mais nos atrapalhar.

Era possível ouvir os gritos da pessoa que estava do outro lado da linha quando Maia desligou a ligação. Ela ficou olhando pra parede mofada com um ar sonhador, era como se a ligação tivesse acionado um interruptor dentro dela.

- Olha, com certeza teve um engano. Meu nome não é Phoebe, meu pai não se chama Christian e ele com certeza não deve te conhecer. Meu nome é Evangeline Finch, sou filha de Brian e Rebeca Finch e...

- Você fica repetindo isso pra se convencer? - E lá se vai o ar sonhador de Maia. - Deixe eu contar uma história querida. Era uma vez, um homem e uma mulher que se amavam e iam ficar juntos, mas o romance deles foi atrapalhado por uma golpista que engravidou dele, e ele como o cavalheiro que era não abandonou a criança. A mulher esperou ele se divorciar da golpista, mas ela engravidou de novo. E durante nove meses a mulher armou um plano, que se livraria do bebê, e consequentemente da golpista. Ela conseguiu se livrar da criança, mas a golpista ainda estava com o homem. A mulher esperaria o tempo que fosse preciso pra ter seu amor de volta, e ela têm esperado, mas o imbecil que ela contratou pra se livrar do bebê não cumpriu seu trabalho direito. E aqui estamos nós, a mulher e o bebê que atrapalhou minha vida.

- Você sequestrou um bebê? Você é maluca, meu Deus. - Maia me olhou com ódio, era possível ver que ela estava chegando no limite.

- Eu mandei matar o bebê, mas pelo visto não não funcionou, já que você está aqui.

O ar sumiu dos meus pulmões, eu era o bebê da história. Me lembrei de uma conversa que tive com Dom meses atrás e foi impossível impedir que as lágrimas voltassem a escorrer.

"- O Sr. e a Sra. Grey são seus padrinhos?

- Sim, meus pais são amigos de longa data do tio Christian. Eles dizem que eu sou um presente de Deus não só para os meus pais como para eles também, você sabia que eles perderam uma filha?
- Nossa que horror, como foi isso?
- A madrinha estava grávida de uma menina e essa menina foi sequestrada no mesmo dia em que nasceu, até hoje não se sabe se Phoebe sobreviveu já que ela era muito novinha.

- Que triste Dom, deve ser horrível perder um filho assim porque você não sabe se sobreviveu ou não, ou então como viveu. A menininha se chamava Phoebe? - Phoebe é um lindo nome, eu daria esse nome a uma filha, com certeza.

- Sim. Phoebe Rose Grey, a princesinha dos Grey. Na época a prima do Theo, Ava, ainda não tinha nascido então todos babavam na Phoebe, mesmo antes dela nascer. Mas vamos mudar de assunto, que tal assistir um filme? "

Christian. Phoebe. Deus, eu não acredito.

- Você quer dizer que... Que Christian Grey é o meu pai? E Ana, a minha mãe? - Maia me olhou incrédula, e eu senti vontade de socar ela, mas eu me sentia realmente fraca.
- Você é muito lenta garota.

O que ela queria? Eu só tinha acabado de descobrir quem meus pais eram. Não era algo fácil de processar, e descobrir isso sozinha, enquanto eu estava sequestrada, sem nenhum meio de falar com eles, tornava tudo ainda pior.


"Ooi gente, tudo bem? Mais um capítulo pra vocês e eu espero que gostem. Comentem o que acharam e não deixem de votar se vocês gostaram. Beijão *-* "

50 tons de esperançaOnde histórias criam vida. Descubra agora