Gael's P.O.V.
Sexta-feira e a pressa matinal nova-iorquina me envolve pelas ruas do centro. Meu trajeto para a Broadway é um verdadeiro malabarismo. Tento equilibrar o copo quente de café na mão direita e uma pasta enorme e pesada na mão esquerda enquanto a multidão me joga de um lado para o outro.
Ao finalmente chegar no paraíso Broadway, entro em casa estúdio/teatro para falar com os diretores, conhecer direito os projetos, pegar cartões para contato e deixar uma cópia do meu currículo.
Passo tanto tempo em atividade que, quando percebo, já é quase fim de tarde.
Dou uma fugida do centro teatral e ando até o McDonalds mais próximo, onde peço um McLanche Feliz por motivos de miniaturas dos membros da Liga da Justiça.
Quando volto para a Broadway, já está escuro. A maioria dos teatros estão fechados e há poucas pessoas conversando descontraidamente aqui e ali.
Enquanto passo por um dos teatros, ouço um barulho de choro e o cheiro forte de cigarro. Olho em volta e encontro uma mulher de lenço na cabeça, sentada em uma pequena escada.
- Com licença, você está bem? - eu pergunto ao me aproximar.
A mulher levanta a cabeça e me olha com uma expressão amarga.
- Eu pareço estar bem? Meu plano para uma peça acabou de ir por água abaixo...
- Oh, desculpa, lamento por...
- Tanto faz. Não acha que deveria ir para casa? Todas as outras faxineiras já foram - ela me olha por completo e ri ironicamente pelo canto da boca antes de dar outro trago em seu cigarro.
- Eu não trabalho aqui - digo sem paciência ao perceber que ela se referia à cor da minha pele.
- Desculpa. O que faz aqui?
- Procurando um emprego, seguindo meu sonho.
Ela me olha e, dessa vez, seus olhos brilham.
- Verdade? E o que sabe fazer no teatro?
Abro minha pasta, pego uma cópia do meu currículo e entrego a ela.
- Basicamente, isso.
Ela puxa um óculos da gola de sua blusa e lê o papel.
- Isso é brilhante! Você pode me salvar!
- Posso? - pergunto sem entender.
Ela assente e se levanta, pega minha mão e abre uma porta, pela qual sai a escadinha que estava sentada, me puxando para dentro.
Não vejo nada de imediato até ouvir os interruptores sendo ligados e a luz forte de um holofote me cegando por um momento.
Vejo várias cadeiras, camarotes na parte superior e um palco.
Um teatro empoeirado e, aparentemente, em desuso.
- Eu estou tão animada! Vai ser um grande espetáculo, já até consigo ver a manchete principal do The New York Times!
- Espere, eu estou dentro do seu projeto? - pergunto, olhando incredulamente para ela.
- Eu não disse isso em momento algum.
- Mas eu pensei que...
- Que seria fácil assim? Querida, não é porque um currículo é bom que o emprego vem de bandeja.
Arqueio uma sobrancelha.
- Seu currículo é, de fato, excelente. Mas não é suficiente.
- Como assim?
- Você tem que me provar de que é digna de um show da Broadway. Eu quero uma prévia do seu trabalho em duas semanas e, se for bom, será usado na peça.
Engulo em seco ao perceber o tamanho da responsabilidade que estou prestes a aceitar.
- Espero que consiga - ela comenta ao me observar de novo.
- Vou conseguir, não se preocupe.
Ela ergue as sobrancelhas, surpresa pela minha confiança.
- Já que é assim, aceite isso como uma pré boas-vindas, senhorita... - ela olha a folha. - Collins.
- Muito obrigada, senhora...?
- Hale.
Apertamos as mãos e sinto a adrenalina correndo por minhas veias.
- Você pode ir agora, já é tarde - diz Sra. Hale ao olhar para seu relógio de pulso.
- Ah, sim. Certo.
Arrumo minhas coisas e ando até a saída. Antes de ir embora pelo mesmo lugar que havia chegado, paro à porta e olho para trás. Sra. Hale me olha e eu aceno com a mão, dando um sorriso.
- Muito obrigada, Sra. Hale. De verdade, será um prazer trabalhar com a senhora.
《》《》《》《》《》《》《》《》《》
Olá!
Pois é, pessoal, eu ainda estou viva.
Desculpa pelo sumiço. Além da escola, tive uns probleminhas com dor de cabeça que não me deixaram em paz.
Bom, para recompensar, já já terá mais um capítulo!
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Our Story {Kim Namjoon}
Fanfiction[Capa da maravilhosa @chanbreak ♡] Dois jovens desconhecidos. Uma brasileira. Um coreano. A selva de concreto. O amor se desenvolvendo em meio ao dia-a-dia. A história deles.
