Our Story {Kim Namjoon}

《 13 》

Gael's P.O.V.

Minha cabeça escorrega e bate com tudo nas duras teclas da máquina de escrever diante de mim. Bocejo, esfrego meu rosto e vejo as horas em meu celular: 3:19 a.m.

Me levanto da cadeira e ando até a cozinha, procurando a máquina de café e a cápsula com o conteúdo em pó.
Enquanto a máquina faz meu café bem amargo, olho pela janela e vejo bolinhas brancas caindo. Provavelmente uma das últimas nevadas desse inverno, que está quase no fim.

Ouço o beep da máquina e pego minha caneca de café quentinho, bebericando o líquido que me faz acordar. Ao me virar, encontro Namjoon lendo as coisas que passei dia e noite datilografando nos papéis espalhados pela bancada.

- O que você está fazendo? Tire a mão disso! - digo deixando a caneca em qualquer lugar.

Ando com pressa até onde ele está e pego os papéis que ele segura, juntando todos os outros e guardando numa pasta.

- É muito feio mexer nas coisas dos outros sem permissão, sabia? - digo.
- Desculpa. Posso mexer nas suas coisas?
- Não! O que você faz aqui? Achei que estava dormindo.
- Eu estava, mas ouvi um barulho e vim ver o que era.
- Fui eu, desculpa. Pode voltar a dormir.

Ele passa por mim e pega minha caneca, bebendo o café.

- Não estou mais com sono - diz sorrindo.

Suspiro e escondo o rosto em minhas mãos.

- O que você tem? - ele pergunta.
- Nada - minto.
- Eu sei que é alguma coisa.
- Só estou irritada.
- TPM?
- Não!
- Broadway?

Levanto a cabeça, olhando para ele.

- É, pela sua expressão, com certeza é a Broadway.
- Talvez.
- Somos amigos, Gael, pode contar para mim o que está acontecendo.

Estendo a mão, pedindo a caneca. Ele me entrega, eu bebo e falo:

- Eu conheci uma velha por lá enquanto distribuía meu currículo. Ela estava desesperada por uma peça e meio que me recrutou para trabalhar com ela. Quer dizer, eu preciso provar a ela de que sou capaz de tudo incluso no currículo. Se eu conseguir, o emprego será meu e meu sonho se tornará realidade.
- Que seria...?
- Ser a roterista de uma peça original da Broadway.

Os olhos puxados de Namjoon se arregalam e logo em seguida viram pequenos riscos, pois ele sorri.

- Isso é maravilhoso, Gael! - ele diz vindo bagunçar meu cabelo.

Ao fazer tal ato, uma dor percorre minha cabeça.

- Ai - reclamo baixinho.

Ele percebe meu desconforto e passa o dedo de leve sobre minha cabeça.

- Tem um galo aqui.
- Eu bati sem querer na máquina de escrever - digo rindo.

Namjoon olha para um ponto atrás de mim e uma lâmpada parece acender em cima de sua cabeça.

- Tive uma ideia, espere aqui.

Ele vai para a cozinha e depois some de minha vista.

Enquanto Namjoon some, eu abro minha pasta e pego os papéis, tentando lembrar onde havia parado. Ponho um novo papel na máquina, posiociono meus dedos sobre as teclas antigas e assim fico.
Nada me vem à mente.

Escondo meu rosto em minhas mãos e estou prestes a soltar um grito de decepção.
Singo algo gelado em minha cabeça e, ao olhar, dou de cara com Namjoon segurando um pano sobe o lugar do galo.

- Já que não temos gelo, tive que improvisar - diz ele apontado para pequenos flocos de neve em seu cabelo e pijama.
- Você saiu para pegar neve e fazer uma bolsinha para aliviar meu galo?

Seu sorriso é minha resposta.

- Muito obrigada!
- Imagina.
- Acho que a pancada me afetou muito, não sei o que escrever.
- Você está trabalhando nisso há quanto tempo?
- Duas semanas.
- Então, você está esgotada. Descanse.
- Não posso, tenho que escrever.
- Já sei sobre o que pode escrever.

Namjoon para atrás de mim, estica os braços e datilografa as seguintes palavras: Nossa História.
Eu olho para ele e o mesmo sorri, me fazendo sorrir.

- Talvez um dia eu escreva. Agora eu preciso terminar esse roteiro.
- Espere, você já tem a peça inteira pronta?
- Quase. Tenho todas as ações, o enredo. Os diálogos farei quando conhecer os atores.
- Hm, e sobre o que trata a peça?
- É uma peça medieval, algo épico.
- Com castelos, dragões, príncipes e princesas, amor, essas coisas?
- Claro que não, odeio essas coisas clichês!
- Então como isso vai ser algo medieval?
- Você vai entender quando assistir à peça. Por enquanto, só posso dizer que é um drama.
- Interessante.
- O único problema é que não sei como terminar, e falta tão pouco...
- Termine do jeito mais dramático possível, de um jeito que toque as pessoas e que faça elas ficarem de boca aberta. Faça o épico ser realmente épico.
- Será que eu consigo?

Namjoon põe as mãos em meus ombros e os acaricia.

- Claro que sim, já que "ninguém pode ser como você".

Sorrio ao perceber que ele fala da frase em inglês tatuada próxima ao meu ombro esquerdo, que se torna visível por causa da regata que uso.

- Quem dizia isso? - ele pergunta.
- Meu pai.
- Sabe, eu não conheço seu pai, mas concordo com ele. Você consegue, Gael.

Sorrio para ele.

- Namjoon, pode fazer mais um pouco de café para mim?

Ele pega minha caneca e anda até a máquina. Em questão de minutos, ele volta com o café quentinho e cheiroso. Depois de beber um gole, digo animada:

- Agora sim eu posso terminar minha peça.

《》《》《》《》《》《》《》《》《》

Olá, pessoal!

Começando com o tradicional pedido de desculpas pelo atraso.
Se eu estivesse seguindo o planejamento, já estaríamos no capítulo 18. Sorry.
Vou tentar compensar em Dezembro.

Acharam que a Gael seria atriz? Sejam sinceras.

Ah, e muito obrigada por deixarem a fanfic em #324, mesmo eu não dando muito as caras por aqui ♡

Bom, não esqueçam o like em forma de estrela marotíssima ☆!

Beijo beijo, uniPOPcorns!
❤🌈❤🌈❤🌈❤🌈❤🌈❤🌈❤🌈❤🌈❤🌈❤🌈❤🌈❤🌈❤🌈❤🌈❤🌈