Capítulo 3:

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Alexandro Veras:

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Alexandro Veras:

Hoje o dia rendeu bastante. Do trabalho com algumas reis arisca e o cansaço da lida diária foi o resumo do que aconteceu. Minha vida aqui em Montes Claros não poderia ser diferente, uma vez que eu decidi deixar para trás uma vida de planejamento e dedicação. Foram 15 anos fazendo o meu melhor, ajudando a vida a ser mais justa e numa dessa a ingrata tirou de mim tudo que eu mais amava. Há exatos dois anos eu me dedico a este lugar que parece ser o único no mundo onde eu consigo encontrar um pouco de paz; Aonde os meus dias tem um novo objetivo a cada amanhecer mesmo que a noite seja um inferno e obscuro. Meu sonho era terminar meus dias em um lugar sossegado e Montes Claros foi a melhor oportunidade que encontrei. A fazenda Eldorado estava na falência e eu ocupei minha cabeça colocando-a novamente a ativa e em dois anos ela passou a produzir tanto quanto a renomada Recanto d'águia: grande produtora de café e exportadora de carne bovina do estado. Hoje em especial tive um contratempo com um rebanho que arrebentou a cerca que divide as fazendas e como não quero reclamações nem intrigas com meus vizinhos eu resolvi o mais rápido que pude este problema. Dona Margarida é uma senhora muito generosa e eu a tenho em muita estima mais meu problema não foi na fazenda dela que meu rebanho causou problemas e sim na fazenda do antigo capataz de lá. Há rumores de que ele desfalcou nas crias das vacas parideiras da Recanto d'águia durante muito tempo e com isso cresceu consideravelmente, tanto a ponto seguir independente como dono de fazenda.

Encerro meu dia e nada melhor do que percorrer as terras montado no meu Níger negro: Meu cavalo é o meu meio de transporte que uso na maioria do tempo por aqui. Gosto de sentir o vento bater meu rosto e ver o sol se pondo no cair da tarde no alto da serra. A minha fazenda tem algumas dádivas dada pela natureza; o som das água da cachoeira é música para mim e na despedida do dia eu venho as margens do rio que corta as maiorias das fazendas da região. Meus pensamentos me torturam sempre; por mais que queira esquecer e não sentir a incompletude que há dentro de mim, eu acabo me afogando nesse mar de saudade e dor que eu vivo.

"-Não! Não! Não! Não faz isso Alex! Eu não aguento mais cócegas. –minha esposa linda me fala no meio das risadas. Estamos deitados na areia da praia num lugar especialmente reservado; Esses momentos são os que faço questão de gravar na minha memória; A distância que nos separa é o meu maior tormento e o no meio do desespero quando quero jogar tudo para alto e vir para os braços de Gabriela, eu me lembro do suas gargalhadas extravagantes e do brilho de seus olhos quando me olha é que eu me contenho em me manter onde eu estiver para podermos construir tudo que planejamos.    

–Então me dá um beijo para que eu fique calminho!

–Mas é um chantagista! –Ela fala sorridente e me beija delicadamente. Estou me despedindo da minha esposa mais uma vez, o dever me chama e infelizmente eu não posso mantê-la por perto nesses meus dias incertos. A saudade já aperta meu peito.

-Alexandro... –Ela me chama de uma forma especial e seus olhos ficam marejados. O meu nome nos lábios de Gabi sempre me deram a certeza que eu sou dela assim como ela é minha. –Eu estou gravida! Seus olhos derramam dois pares de lágrimas e meu coração desconexa as batidas. Uma alegria me invade de imediato e eu trago seu corpo para junto do meu.

Verdades que Ferem-TRILOGIA VERDADES - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora