Capítulo 6:

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Micaela Valadares:

Depois do almoço resolvi subir e dormir um pouco

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Depois do almoço resolvi subir e dormir um pouco. O sol de hoje de manhã me deixou cansada e até um pouco queimada. Lembranças me vêm à memória daquele homem cantando tão sofridamente aquela canção. A dor era dilacerante em sua voz, tanto que eu fui capaz de sentir cada sentimento entoado por ele. A voz rouca acompanhada das notas musicais naquele violão me deixou totalmente envolvida, de uma maneira que quase fui descoberta bisbilhotando um momento que eu não cabia nele. A voz do estranho era potente e segura apesar de amargurada. Ao perguntar quem estava ali eu Fuji, mas não deixei de notar o quão grave era o sonar de suas palavras. A tarde fluiu da melhor maneira possível; eu me entreguei ao clima ventilado que Montes Claros têm e ao deixar as portas da varanda do meu quarto aberta, me privilegiei da brisa gostosa e da vista que o lugar tem. Ao despertar decido por fazer um lanche e vejo no relógio pendurado na parede do meu quarto que já se passam das 16h00min.

-Vovó eu sinceramente não consigo entender de onde tira tanto energia. Eu apenas andei de cavalo pela manhã e cai no sono fito uma pedra e a senhora ainda está nesse fogão? –falo assim que chego à cozinha da fazenda vendo dona margarida diante do seu fogão a lenha.

-É Por que o tanto que sua avó tem de idade, pode multiplicar por cem que vai dar o grau de sua teimosia. Eu já falei para sair da frente do meu fogão e essa velha rabugenta não me escuta. –Fala Cacilda enfurecida com a vovó Margarida. Eu apenas acho graça das arengas que as duas criam.

-Mamãe, pare de brigar com a avó Maga. Ela faz umas empadas de frango deliciosas. –Cassandra entra na cozinha já dando bronca na mãe. O que deixa a mesma com mais raiva. Cassandra está mais linda do que eu me lembrava. A menina de cabelos ruivos, pele branca e olhos claros como as águas do rio e curvas perfeitas está mais mulher do que eu me lembrava. –Micaela. –ela me vê em se joga em meus braços como sempre fez quando nos víamos.

-Cassandra, nossa como você mudou. –É a única coisa que consigo concluir, por hora. Eu passo a acreditar que essa mulher linda aminha frente tem condições de conquistar quem ela assim desejar. –Você está linda, menina! Bom, já não tão menina assim. Lembro-me da conversa que tivemos pela manhã, eu e Cacilda. A mãe de Cassandra afirma que a filha está apaixonada pelo tal dono ou sócio da boate em que a menina trabalha e têm receio do tal homem não corresponder os sentimentos da moça.

-Agora só o que me faltava era minha própria filha não me defender e fica do lado dessa velha rabugenta. –Cacilda inda está reclamando, o que faz todas nós cairmos na risada.

-Minha mãe, pare de tanto ciúmes. Não sabes que eu te amo? –Cassandra vai de encontro à mãe ciumenta e a abraça. O carinho é puro e verdadeiro, uma coisa linda de se contemplar.

-Essa menina sabe como me ganhar. Agora se sentem ai as duas que eu vou servir um lanchinho delicioso.

-Se não for incômodo demais, eu gostaria de fazê-lo no alpendre. Não me canso de ficar olhando essa vista maravilhosa e sentindo essa brisa na minha pele.

Verdades que Ferem-TRILOGIA VERDADES - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora