Capítulo 13

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Alexandro Veras:

Micaela me atiça de uma forma inquietante para o modo de vida acostumado que eu decidi ter com o sexo oposto

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Micaela me atiça de uma forma inquietante para o modo de vida acostumado que eu decidi ter com o sexo oposto. Eu até tentei negar para ela e para mim mesmo o desejo de tê-la e fugir, mas o atrevimento dela me acende como um líquido inflamável acende a um amontoado de palha seca. Imagino sua pele clara marcada por mim. Eu sei que é monstruoso eu ansiar por isso e que Felícia foi indulgente por permitir aquilo. Sexo forte e rude foi o que eu fiz antes de conhecer Gabriela. A primeira vez que amei uma mulher na cama foi com ela me conduzindo e a partir dali eu não desejei nada mais alem daquilo para minha vida. Era de mim, do meu instinto me relacionar daquela forma com as mulheres, obviamente que tudo de maneira consensual. Estar no comando de um corpo despido e ao meu dispor em busca de prazer foi à maneira de ter satisfação sexual que me apraz. Olhar para aquelas marcas sutil me deixa com o ego inflamado: posse, dominação, demarcação de território. Era assim que eu via as mulheres com quem eu me deitava para umas poucas horas de sexo. Sem compromisso, sem relacionamentos duradouros e o principal, sem cobranças. Algumas me xingavam quando percebia as marcas e nunca mais as encontravam, outras mandavam eu me tratar e fugiam para longe. Uma mania, uma obsessão, um maldade... Não existe definição para esse meu comportamento. Felícia teve de mim os meus esforços e eu até tentei, mas minhas feras vez ou outra surgia dentro de mim e reinava em momentos de conturbação.

Micaela não demonstra ser uma mulher frágil nem tão pouco fazer joguinhos. Uma vez que aceitou vir até aqui, prova que estar ciente do que quer e que as condições sou eu quem faz. Termino meu banho me dando conta que já se passaram mais de 10 minutos que entrei nesse propósito, mas é boa para ela essa demora. Um prenúncio de que as regras são minhas. Eu as faço e as executo. Pego a toalha e envolvo na minha cintura. Os cabelos molhados e bagunçados e nada disso me importa para o que estar por vir. Saio do banheiro e ainda me encontro só, ou era o que eu imaginava. A luz da lua que adentra o meu quarto pela porta de acesso a varanda me faz lembrar que estava fechada antes de eu entrar para me banhar. Caminho até ali e na penumbra do luar, meus olhos captura uma imagem digna de ser pintada por Da Vinci. A pele clara de Micaela reflete sob a luz da lua. Em toda glória de sua nudez, a safada simplesmente usa seus calcados de salto alto e uma gravata minha que estava jogada pelo quarto. Deitada em uma das cadeiras da varanda, ela ainda está servida de uma taça da bebida que pegou da adega como eu havia lhe proposto. Ela sabe que eu e estou aqui ao seu lado, mas em nenhum momento se manifesta enquanto eu estou perdido nesse momento, sentindo o meu precioso controle se esvair de mim.

-Achei que ia ter que esperar a noite toda, Veras. Quanta demora em um simples banho.

Será uma foda, não um preparo para uma lua de mel. –ela me critica pela demora, mas sem me olhar. Seus olhos estão fixos no céu, acredito que na constelação de Órion. Bem, para mim essa é a parte do céu que mais me chama a atenção.

-Impaciente senhorita? Por que a pressa? Pergunto tentando esconder meu baixo controle.

-Não há por que demorarmos, não concorda? O propósito é nos livraremos um do outro. –ela enfim me olha, mas não seria ela se não o fizesse com desdém nas ultimas palavras.

Verdades que Ferem-TRILOGIA VERDADES - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora