Resistindo a Ele

Capítulo 18

— Veneza? — Engoli em seco. Olhei para Pierre como se ele estivesse louco. Veneza?

— O que há de errado com Veneza? — Pierre perguntou, sorrindo. Ele sabia exatamente o que estava errado e tudo que ele queria era jogar. Eu olhei para ele.

— Porque Veneza é bem aqui ao lado e seus pais não vão notar que a namorada do seu filho foi embora e meus pais biológicos não vão pensar que eu fugi. — Eu disse, sarcasmo escorrendo para fora da minha voz.

— Você está pensando muito, Jennifer. — Pierre murmurou.

Eu olhei para ele como qualquer outra coisa, também afundado em. — E o que vai dizer a Andreas? Você ia levá-lo para o seu apartamento amanhã.

Pierre virou-se para mim com um sorriso. — Já falei com a Irmã Berta sobre os arranjos, não preocupe sua mente bonita.

Olhei para o rosto sorridente de Pierre. — E o que eu vou dizer a seus pais? Que eu desapareci no ar por dois dias? — Eu rebati, fazendo-o rir. Eu bati em seu braço. — Isto não é engraçado Pierre Lawrence!

— Vou chamar Adrian e dizer-lhe que eu vou te levar a um lugar onde você pode se acalmar. Você precisa de algum tempo para relaxar.

Eu bufei, cruzando os braços sobre o peito. — Eu não preciso rebobinar e relaxar. Tudo o que eu preciso é voltar para Londres e viver a minha vida tranquilamente.

Pierre não disse nada e por um momento eu me perguntei se eu disse alguma coisa errada. Mas era verdade. Depois de chegar à Itália, de alguma forma, minha vida tinha virado de cabeça para baixo. Adrian. Os pais dele. Os Harrison... Pierre.

Eu tinha que chamar os meus pais e dizer-lhes sobre a minha decisão. Eu percebi que não havia nada que eu pudesse fazer sobre os Harrison. Eu era uma Harrison. E era inútil para mim até mesmo fingir o contrário. No final, tudo sempre se resumia a quem você é.

— Um centavo pelos seus pensamentos? — Pierre tirou-me para fora do meu devaneio.

Olhei para ele, suspirando.

— O que é, Jennifer? — Pierre perguntou, a preocupação em sua voz quase me fazendo chorar. Fazia muitos dias desde que eu ouvi esse tipo de preocupação comigo vinda de qualquer um.

— Eu só... — Eu lutei para encontrar as palavras. A ampla gama de emoções galopava dentro de mim, querendo estourar para fora e fluir. Em apenas cerca de quatro dias, eu já tinha caído e me levantado. Eu não era boa em esconder meus sentimentos, meus pensamentos. Eu sempre disse o que eu queria. Mas não havia ninguém com quem falar... Ninguém para me perguntar como e o que eu estava fazendo.

— Jenny. — Pierre murmurou persuadindo, e minha respiração ficou presa na minha garganta. Esta foi a primeira vez que ele me que chamou assim.

— Eu estou tão sobrecarregada... — Eu consegui dizer. — Essas... emoções. E como as coisas estão indo.

— Como as coisas estão indo, Jennifer?

Eu vagamente notei que Pierre tinha parado de dirigir.

— A maneira como Adrian está agindo. Eu sei que há uma razão, mas eu não gosto. O que mais dói é saber que ele não sabe como tudo está sendo difícil para mim.

— E? — Pierre solicitou, levantando o meu rosto para encontrar seus olhos. Seus olhos escuros me puxaram para eles. Eles me hipnotizaram, me fazendo querer derramar minhas tripas para fora.

— Frederich e Shelly. Eu sabia que tinha que dizer sim. Um dia, talvez, eu acho. Mas eu realmente não sabia quando, eu não percebia como. Agora eles sabem a parte mais pessoal da minha vida e eles vão usar isso contra mim se eu não concordar... — As lágrimas caíram pelo meu rosto, a mágoa, a raiva e a frustração eu estava segurando dentro de mim, finalmente encontraram uma forma de se comunicar. — E você.