Capítulo 8

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Olhei para Pierre, recuando de volta em total surpresa enquanto ele se afastava de mim. Ele estava provocando-me? O que no mundo que ele quis dizer com isso? Eu não tinha tanta certeza do que seu jogo era e isso me fez sentir muito desconfortável.

Adrian se aproximou de mim e franziu a testa quando viu meu rosto. — Tem alguma coisa errada, Jenny?

Eu balancei a cabeça, engolindo o champanhe restante, e tendo outra taça quando o garçom passou por nós. Adrian ergueu as duas sobrancelhas para mim.

— O que? — Eu murmurei, tomando mais um gole.

— Você está tentando ficar bêbada de propósito? Você está agindo muito estanho.

Eu fiz uma careta, sem saber o que dizer. O que eu poderia dizer? Seu irmão ameaçou me provocar? E eu não tenho nenhuma ideia de que forma ele quis dizer isso. Ok, talvez um pouco de uma ideia, mas não muito.

— Jenny? — A voz de Adrian me tirou dos meus pensamentos. Ele estava olhando para mim com preocupação em seus olhos, fazendo-me sentir muito culpada por beijar seu irmão. Eu não era sua namorada, mas eu era a sua melhor amiga e fazer isso não era nada menos do que traí-lo.

Eu tinha que colocar um fim a essa atração irracional que eu tinha com Pierre e concentrar-me em fingir ser a namorada de Adrian. Eu não queria ter nada a ver com Pierre. Qualquer mulher de sangue quente gostaria que ele a pegasse e... eu segurei esse pensamento. Mulheres caíam aos seus pés. E eu não fiz isso. Eu lhe dei um tapa, e rebaixei seu ego ao dizer que estava com o seu irmão e que preferia isso. E era só por isso que ele me queria. Eu era uma perseguição para ele. Nada mais do que isso.

— Nada está errado. — Sorri um pequeno sorriso. — Só estou encantada com tudo isso.

Adrian assentiu com conhecimento de causa. — Eu sei. Mamãe realmente exagera, às vezes. Mas vou ficar ao seu lado.

— Se alguém não arrastá-lo de novo, não é? — Eu brinquei, mas nós dois percebemos a ligeira amargura em minha voz.

— Sinto muito, Jenny. — Adrian pediu desculpas. — Eu não deveria te deixar sozinha aqui.

Eu balancei a cabeça. — Sim, é como se eu fosse o Nemo, esperando para ser comida pelos tubarões.

Adrian riu e eu sorri, satisfeita comigo mesma. Eu senti uma presença atrás de mim e parei. Mesmo que eu o conhecesse apenas por um dia, eu sabia quando era ele, e quando era outra pessoa.

— Compartilhe a piada Srta. Kingsley. — Ele falou com aquela voz sedosa e eu quase derreti. Adrian olhou para seu irmão, mas eu nem sequer olhei para ele.

— O que você quer, Pierre? — Adrian jogou, fazendo-me olhar para ele com surpresa. Senti Pierre se movimentar em torno de mim, até que ele estava de pé ao meu lado.

— Eu queria falar com a garota do meu irmãozinho. — Disse ele com tal encanto que faria uma princesa do gelo derreter aos seus pés. Adrian estreitou os olhos para ele, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, eu falei.

— Seja o que for, é entre nós, Pierre.

Desta vez eu tive coragem de olhar para ele. Ele tinha uma carranca no seu rosto bonito. Adrian me deu um olhar interrogativo, na certa, perguntando-se o motivo das minhas palavras. Eu engoli em seco quando Pierre moveu a mão para a parte inferior exposta das minhas costas. Seu polegar queimou através da minha pele e seus dedos eroticamente dançaram naquela parte.

— Você está bem, Jenny? — Adrian perguntou, provavelmente percebendo minha reação e meus olhos arregalados.

— S-sim. — Eu disse ofegante, enquanto a mão de Pierre segurou minha bunda. — Eu só preciso de um pouco de ar fresco.

Resistindo a Ele Onde histórias criam vida. Descubra agora