Capítulo 1

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—Jenny, ursinha! — Eu ouvi um grito alto e eu gemi.

Eu me virei e olhei para o meu o melhor amigo, Adrian, que sempre pensou que poderia vir quando bem quisesse ao meu café.

— Sim, Adrian? — Eu perguntei sarcasticamente, sabendo que ele estava ali, provavelmente, por causa de uma pausa no trabalho e só tinha vindo para me irritar. Eu não queria ser rude, ele era meu melhor amigo, mas às vezes ele era um chato de galochas.

— Eu estou fazendo a minha lasanha especial hoje. — Ele sorriu, mas eu vi algo em seus olhos. Eu realmente não poderia dar um nome a isso.

— Qual é a ocasião? — Eu perguntei, guardando alguns arquivos.

Adrian desviou o olhar desconfortavelmente. Ele era, provavelmente, o cara mais fácil de conviver com o qual deparei. Havia alguma coisa sobre o Adrian que atraiu quase que instantaneamente. Era impossível não gostar dele. E ele era lindo, era realmente lindo. Com sua linhagem meio francesa, meio italiana, ele definitivamente tinha todos os olhares.

Seu cabelo era castanho escuro, seu rosto perfeitamente esculpido. Ele era, sem dúvida, bonito, e eu tinha certeza que poderia sentir alguma coisa por ele se ele seguisse essa linha. Mas Adrian era um gay ainda dentro do armário. Não importava quantas vezes eu dissesse a ele que isso não importava, que sua sexualidade não era um grande negócio a discutir, ele se recusava a acreditar em mim.

— Ahm... — A voz de Adrian me tirou dos meus devaneios. Dei-lhe um olhar confuso. — Eu tenho que te perguntar uma coisa.

— E por que você não pode fazer isso agora? — Eu perguntei, franzindo a testa. Ele nunca era estranho, a menos que tivesse algum grande favor a me pedir.

— Porque eu estou esperando que você vá estar feliz e bebido o suficiente para dizer que sim. — disse ele timidamente.

Apertei os olhos para ele. — Adrian Lawrence, o que diabos você está fazendo?

Ele levantou-se.

— Tchau, Jenny! Te vejo no jantar! — Sem esperar por mim para responder, ele já estava fora da porta. Olhei para ela, imaginando o que ele tinha em mente neste momento. A última vez que ele tinha feito algo assim, eu acabei em um clube de stripper. E isso era uma história que eu ficaria feliz em pagar para esquecer.

O telefone tocou e eu atendi, usando o tom mais profissional que eu poderia.

— King's Coffee.

— Jennifer! — Minha mãe me cumprimentou e eu sorri. — Como você está? Eu não te achei no seu celular, então eu tive que ligar para o seu escritório. Você está ocupada?

— Oi mãe. — Eu respondi. — Eu não estava ocupada, apenas conversando com Adrian. O que foi?

— Eu só liguei para informá-la que você deve esperar uma visita em breve. — Ela disse e eu fiz uma careta.

Percebendo que não seria ela a vir me ver, eu perguntei. — Uma visita de quem?

— Do Sr. Harrison. — ela disse e eu senti uma pontada aborrecimento dentro de mim. Eu ouvi alguns baralhos em segundo plano, e depois um maldito som alto. — Oh querida, o seu pai conseguiu pregar o dedo de novo, vou acalmá-lo, então até mais tarde. Tome cuidado querida!

—Tchau mãe. — Eu disse enquanto ela desligou. Eu coloquei o telefone de volta em seu lugar e resistiu ao impulso de bater a cabeça na mesa. Eu tive problemas suficientes na minha vida e o Sr. Harrison passou a ser mais um a somar-se a todos os outros. Ele estava convencido de que poderia resolver todos os meus problemas com o seu mágico, toque de Midas e eu o odiava por isso.

Resistindo a Ele Onde histórias criam vida. Descubra agora