Ao longo dos próximos dias eu aprendi mais sobre a família do Adrian do que eu sabia nos últimos sete anos. Os passatempos da sua mãe, o negócio do seu pai, tudo o que ele sabia. Apenas uma coisa Adrian se recusou a me dizer e era sobre o seu irmão, Pierre. Ele disse que quando eu fosse encontrá-lo, entenderia o porquê.
— Jenny! — Adrian exclamou quando entrei em seu apartamento. Ele estava vestindo apenas uma boxer, com roupas espalhadas para todo lugar. Eu levantei uma sobrancelha para ele. Alguém poderia pensar que uma menina vivia neste lugar.
— Uau. — Eu respirei quando ele tirou uma garrafa de vinho de algum lugar debaixo de uma pilha de roupas. — Você está jogando roupas fora ou algo assim?
Ele me deu um olhar escuro. — Claro que não. Estou arrumando.
Eu levantei minhas sobrancelhas. — Arrumando? É assim que se chama agora?
Ele olhou para mim. — Cale a boca. Eu tenho que ir perfeito, não importa o quê. E quando você vir como impecavelmente meu irmão se veste, você vai entender.
Esta foi mais uma coisa que eu não entendo sobre Adrian. Ele era incrível em todos os sentidos. Ele tinha um grande trabalho, ganhava o suficiente para ser independente, tinha um monte de amigos, era a menina dos olhos de sua mãe, mas ainda assim, ele se comparava a seu irmão. De acordo com Adrian, se eu achava que ele era perfeito, eu não saberia como reagir quando encontrasse o seu irmão.
— Seu irmão e você são duas pessoas diferentes. — Eu disse. — Se todos no mundo tentassem ser como outras pessoas, não teríamos originais. Você está indo para a casa de seu pai. Não para um almoço de negócios ou algo assim. Você não tem que vestir a rigor só porque o seu irmão se veste como um homem de negócios ao invés de se vestir como uma pessoa normal.
Adrian olhou para mim com surpresa. Era como se ele não pudesse acreditar que as palavras saíram da minha boca. Eu nunca tinha o repreendido por suas escolhas, pela maneira como ele pensava, – Eu não era sua mãe, pelo amor de Deus! – mas, às vezes, eu tinha que fazer. Eu não seria uma boa amiga, e muito menos a melhor amiga se eu deixasse que ele se comparasse ao seu irmão.
— Você está certa. — Adrian suspirou. — Eu não deveria me comparar ao Pierre. Você sabe o que fazer para que eu processe os fatos! Eu estou indo apenas com calções.
Eu ri. Eu não tinha outra resposta. Ele me entregou a garrafa de vinho e eu bebi na boca, deixando respingar em meu queixo, fazendo-o torcer o nariz em desgosto.
—Você é realmente uma... — Ele fez uma pausa, procurando a palavra certa. — O que há de errado com você?
Eu sorri, sabendo que a próxima coisa que eu ia dizer, provavelmente, iria fazê-lo me matar.
— Como se você nunca tivesse colocado algo largo assim na boca.
Ele me deu um olhar sujo, sem dúvida, percebendo ao quê eu estava me referindo.
— Não é engraçado, Jenny. Lembre-se, sem piadas sexuais na frente dos meus pais.
Eu fiz uma careta.
— Como é que eles vão acreditar que somos realmente um casal?
— Quando dermos pequenos beijos e nos abraçarmos como os casais normais...? — Adrian parou, fazendo meus olhos se arregalarem em surpresa. Eu olhei para ele, tentando processar o que ele disse. Beijos? Afagos?
— Tá brincando, né? — Eu perguntei, cruzando os dedos e mentalmente rezando para que ele estivesse. Beijá-lo seria nada demais se ele não fosse meu melhor amigo! Mas ele era. E a cereja no topo é que ele era gay! Beijar meu melhor amigo gay não era realmente algo na minha lista '100 coisas para fazer antes de morrer'.
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Resistindo a Ele
RomanceLeitura inadequada para menores de 18 anos. Contém conteúdo maduro! Duologia Lawrence - Livro #1 Quando Jennifer Kingsley concorda em ser a namorada de mentira do seu melhor amigo Adrian Lawrence, ela está esperando que duas semanas se passem rápido...