Not Your Business

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           (Re: 05/02/17-06/02/17)

Dylan

Talvez fosse uma idiotice de minha parte ter levado uma desconhecida em casa, mas eu tinha dito que recomeçaria minha vida aqui, então tenho que aceitar as consequências disso e fazer loucuras é uma delas.

Foi uma tacada de sorte até, estar ali no momento certo e o motivo certo, além de ter o gato da Julie como desculpa, ele nem chegou e já tem tudo.

Minha ficha só caiu mesmo quando aquele garoto disse: “Quem é ele?”

— Sou um príncipe encantado da vida real — Sorri, espero que levem na brincadeira — Brincadeira, eu sou apenas um cara do acaso. Me chamo Dylan.

— Então, quem é esse Dylan, senhorita Archer? — Perguntou uma garota de aparência frágil.  Archer, tá aí um sobrenome tão zoado quanto o meu — Explica agora!

— Um amigo — Usando a mesma desculpa que eu, sério? Isso vai ser divertido. — Ele me ajudou com...

O cachorro pulou do carro, acho que que deixei a porta aberta.

— Isso — Completou — Ele estava quase morrendo, então Dylan foi até lá e me ajudou a salva-lo.

— Lindo, muito lindo mesmo, mas onde você vai colocá-lo? — Perguntou outra garota — Não pode trazer animais para a escola, exceto em casos especiais, eu acho.

— Caramba, esqueci completamente desse detalhe. Minha prioridade era o cachorro — Então, isso se aplica à minha casa — Kimberly, finja que é cega e que ele é seu cão-guia, põe esses óculos ridículos do Luke e...

— Se quiser, eu cuido dele até você chegar — Sugeri — Eu já não ia para escola mesmo, tenho coisas para  fazer

— Eu só estava brincando — Eu sei, Archer — espere um pouco, eu vou ligar pro...

— Não, tudo bem — coloquei minha mão em cima da sua que segurava o telefone, tentando enfatizar minhas palavras — É sério, eu sei onde te encontrar, gosto de animais e não tem problema nenhum em relação a isso, então me deixa cuidar dele.

No fim, depois de insistir, ela concordou.

****
Passei o dia cuidando daquele cachorro e foi um pouco mais trabalhoso do que pensei.

Gosto de animais, mas que nunca tive um para chamar de “meu”, então foi uma boa oportunidade.

Até dei um apelido para ele: “Destiny”.
Por ser como o encontramos, numa tacada de sorte, como se o destino quisesse que eu e aquela menina salvássemos ele da morte.

Talvez o destino tenha algo guardado em mim, não sei como, mas aquela garota era familiar.

Bem, deve ser loucura da minha cabeça.

Meu plano de resolver as coisas foi um fracasso, quem eu queria ver foi para longe, logo eu não tenho nada para fazer e nada me impede de surpreender aquela garota mais uma vez.

****

Então, lá estava ela descendo das escadas acompanhada de seus amigos. Parecia um filme de Bollywood, com a luz do sol batendo na cara das pessoas.

Modéstia à parte, mas foi fácil chegar até aqui, mesmo sendo um novato em Atlanta. Posso ter desviado do caminho umas duas vezes, mas estou aqui, cheguei sozinho, são e salvo.

— Boa tarde, senhorita — cumprimento ela — Está linda nesse cenário fake, quer sair comigo para ver o pôr do sol?

— Ahn? Bebeu? — era de se esperar que ela ficasse confusa. Que idéia, Dylan! — O que você está fazendo aqui?  Como sabe o nosso horário de saída? Veio entregar o cachorro, é isso?

A Culpa é sua, Chloe {The Tournament/ 13 Chaves}Onde histórias criam vida. Descubra agora