A Culpa é sua, Chloe {The Tournament/ 13 Chaves}

New Year

31\12 _ Dylan_ "ano passado para este"

— Pai, a gente não ia para Las Vegas?Ou até mesmo para Nova York? — Julie andava em círculos pela sala e não parava de gritar por um segundo — eu até prometi foto naquela réplica de Torre Eiffel. Por que essa mudança de uma hora para outra?

Eu continuava no celular,ignorado aquilo. Eu só podia ouvir, caso eu me intrometesse, eu levaria mais que uma simples bronca.

— Negócios mais importantes, além do que Ano novo não é uma data importante — ele terminou de dar o nó na gravata e pôs as mãos nos ombros de Julie,olhando fixamente para ela — É só uma passagem de um ano para o outro. Você ainda pode ver esse "Show da virada" pela TV

— Mas pai....— ela fez a cara do gato de botas, já era pro velho — por favor

Segurei ao impulso de zoar, então apenas tirei uma foto e me endireito no sofá para ouvir atentamente aquilo.

— Não, querida — Nossa! Está mais resistente do que a última vez — Dessa vez eu não posso, princesa. É um assunto prioritário... Não pode adiar, vamos para Atlanta às 5:00

Ela insistiu mais algumas vezes, até que se deu por vencida, bateu os pés e foi fazer as malas

— Vai arrumar suas malas, encosto! — ele tirou meus fones, filho da desgraça! — Infelizmente, eu tenho que levar um ser pútrido como você, mas quem sabe não seja útil dessa vez?

— Pensei que ia ficar com Sean, Taylore e Sebastian Valmont, mas se é algo que o senhor quer... — Fiz uma reverência para irrita-lo — Ok, mestre

Fui para meu quarto, sem lhe dar chance de responder. Rapidamente joguei um monte de roupas no chão e soquei tudo na mala, estava pronto!

5 minutos depois, desci e encontrei meu pai lendo sozinho na cozinha.

— Pronto, mestre! — arrastava a mala de um jeito bruto para causar raiva ao meu pai. Toda a oportunidade de deixa-lo irritado, eu aproveitava, independente das consequências — E a mãe? Foi te por chifres ?

— Vai procurar o que fazer, moleque de araque — ele nem se importou, apenas bebericou seu café e virou a página do jornal

— Tudo bem— Não ia desistir assim, aquele rancoroso vai ficar com raiva, querendo ou não — Poderoso Chefão, vou procurar ela no puteiro. Quem sabe eu não encontro a Julie e sua dignidade lá?

— Ao lado das suas qualidades? Acho difícil achar alguma sua — Hoje ele estava com uma língua afiada, porém eu estava com a maldade em mim —Não é uma má ideia. Quem sabe você não é atropelado? Ou não volte? Já pensou que maravilha seria sem esse traste na minha vida? Bem menos inquéritos... problemas e desonra para minha família.

Olhei com desgosto para ele, que provavelmente deu um sorriso maldoso atrás da xícara porque os pés de galinha foram ressaltados.

— Vai arrumar o que precisa e espere na sala. Faça algo de útil — ele finalizou.

~•~****~•~

Naquele fim de tarde, pegamos um jatinho e fomos para Georgia. Depois de uma hora e meia ou duas, chegamos em Atlanta. Confesso que estava curioso sobre o porquê de tanta agitação em vir para cá.

Não contei para os garotos que viria para cá, espero fazer surpresa caso os encontre — vai que eles me encontram primeiro — E aproveitar a estadia aqui.

— Vamos para a casa de um sócio meu — disse meu pai — Dylan, aonde pensa que vai? — nem tive chance de explicar — Você vem comigo! Esse sócio tem uma filha da sua idade, vai ser a companhia dela.— ele fez uma pausa, tocou no meu ombro e lançou-me um olhar sombrio — Por esta noite, será considerado meu filho e fará algo de útil, aproveite.