Os Últimos Anjos.

Capítulo IV

 Rephael

- Chamem Karl aqui, agora.

 Ordenou o Rei aos criados.  Não demorou muito para Karl aparecer, ele era alto, na altura de Mark, tinha os cabelo preto e liso,  eles pediam até o meio de suas costas,  seus olhos eram tão mel que chegavam ser transparentes,  ele tinha o abdômen definido e braços musculosos, sua pele era uma cor café com leite.

 - Sim, senhor?

 Ele disse se curvando diante de seu pai.

 - Você sabe que sua mãe morreu quando você tinha 3 anos,  eu estava prestes a te conhecer, só faltavam 2 anos e como diz nossa tradição, o pai só pode ver a criança depois de 5 anos. Bom sua mãe morreu por culpa de um anjinho porém, há mais deles e estão ligados a minha vida. Você garoto, levou sorte, porque só tem um que vai se transformar, o resto prendemos  todos. Eu quero que busque essa garota.

 - Mas, Pai...

 - Eu não sou seu pai, sou seu mestre. Vá logo.

***
KARY & MARK

 Depois de horas procurando Marcos, ela sentou no chão perto da porta do shopping. De longe ela viu seu irmão, com um monte de garotas envolta dele. Ela se levantou e foi até ele.

 - Ei Mark, eu quero ir embora.

 - Desculpa maninha, eu sou irresistível.

 Ela o puxou com raiva.

 - Ciúmes?

 - Não, credo! Você é ridículo.

 Eles entraram no ônibus,  até  certo ponto eles permaneceram em silêncio,  mas Mark  não aguentou o clima e começou a falar.

 - Você Poderia me arrumar um apelido né?

 - Tipo "Babaca"?

 - Não, tipo: Lindo, irresistível, maravilhoso..

 - Cale a boca.

 - Autoestima é tudo querida.

 Ouve um grande estouro e Mark viu logo que eram as crianças da noite, ele pegou Kary, pulou do ônibus em movimento e começou a correr.

 - Mark você bebeu?! O que está acontecendo?!

 - Só corre.

 Correram uns seis quarteirões, chegaram na casa de Mark, e ele, apressado, gritava.

 - PEGUE A ÁGUA BENTA NO ARMÁRIO DE MADEIRA!

 - TEM TRÊS!

 - O MAIS CLARO.

 Ela pegou e ele começou a jogar nas portas e janelas.

 - Kary pegue a garrafa, faça isso em todas as entradas.

 - Aonde vai?

 - Pedir ajuda!

  Mark subiu as escadas e sumiu lá para cima. Algum tempo depois ele voltou.

 - Pronto, já chega disso. - Retirou a garrafa das mãos dela.

 - O que está havendo?

 - Vem, senta aqui, preciso te contar algo.

 Ela o obedeceu e se sentou no sofá.

 - Olha maninha, escuta. Existem crianças da noite, parecidos com vampiros, dos filmes, bom um anjo para se transformar ele precisa morrer, quando ele morre a sua outra metade sobrenatural é ativada, antes disso ela vive em outro lugar, sendo as crianças da noite, elas parecem más e nos querem nos domínios deles, pois se não nos transformar eles não morrem.

 - Espera, você já se transformou, o que querem com você?

 - Eles querem você.

 - Eu?

 - Você é diferente de mim Kary, você é especial e acho que esteja ligada ao rei deles. Quero dizer que não somos ...

 Ele foi interrompido por um grande uivo, ele se levantou e correu até a janela.

 - Santo Deus e agora?!

 - Espera são lobisomens?

 - É e estão mortos.

 Houve um grande estouro.

 - Kary se segura.

 Ele gritou com a dor das asas rasgando sua pele. Ele se atirou contra a janela de vidro e se lançou no céu. Kary o segurava com força, começou a ver os ferimentos dele feitos pelo vidro. Ela olhou para baixo, um par de asas negras quase os alcançavam. E Marcos batia as asas com tanta força, estavam tão distante que não se via o chão, em um piscar de olhos as asas negras sumiram, aliviada olhou para cima e ali estava as asas negras, olhou para o rosto do indivíduo que era horrível.

 - Mark, Mark, MARK!

Ele não à ouvia. Então a criatura com suas unhas pontudas e afiadas cortou um pedaço das asas de Mark, e ele pareceu não sentir, vendo isso a criatura pegou uma faca e contou total a asas.  Não aguentando a dor e o vácuo do ar Mark despencou.