Capítulo VI

58 8 2
                                    

~Karl& Kary

Kary batia na porta com violência gritando.

—Por favor eu só quero ver meu irmão.

Karl não lhe dava resposta.

—Por favor.

E se desabou em choro, o jeito que ela chorava lembrou a ele o dia que seu pai lhe disse que por culpa dele sua mãe faleceu. Essas lembranças o cortará em pedaços.

—Kary?

Ele estava em frente à ela, parado a observando lentamente erguer a cabeça.

—Pare de chorar.

Sussurrou ele secando as lágrimas de Kary.

—O meu irmão é a única pessoa que me resta, eu não posso ficar sem ele.

—Eu lhe entendo, meu pai é a única pessoa que tenho.

Ele se calou, e ficou paralisado.

—Olhe por mais que você pense mil coisas sobre mim, eu não sou assim, eu não nasci para matar, odiar, é como se eu não fizesse parte disso.
As vezes eu queria ter conhecido minha mãe, eu nem ao menos sei a cor de seus olhos, o cheiro de seus cabelos, as vezes eu acho que meu pai tem razão, eu sou um nada.

Então ela viu uma lágrima cair se seus olhos mel.

—Ah bonito né, conversando com uma prisioneira.

—Pai...

—Você é eu um inútil mesmo.

Gritou Rephael diante dos dois

—Olha eu vou matar aquele anjo.

Kary foi dizer algo, mas Karl cobriu sua boca.

—Pai deixe-o comigo.

Rephael simplesmente deu de ombros e desapareceu.

—Você vai mata-lo?

—Não, eu vou mandar embora.

Kary sem resposta o abraçou.

—Obrigada

Sussurrou ela no ouvido dele.
Ambos sabiam que algo os conectavam naquele instante os fazendo não conseguir se afastar.

***
~ Mark&Karl

—Aline?

—Aqui para o que o senhor quiser.

—Solte ele

—Como assim?

—O solte, antes retire a ponta de uma das asas dele.

—Por quê?

—Só faça, depois me entregue.

—Sim senhor.

Karl se virou e saiu.

—Seu dia de sorte gatinho.

—Mas... AHHHHHHHHHH

—Desculpa preciso disso.

—Meu Deus para uma moça você é bruta.

—Eu sei.

—Tenho que pegar Kary.

—Você não tem nada, pelo o que entendi o princípe salvou sua pele.

—Eu vou atrás dela.

***
~Kary

—Fique tranquila, ele já está a solta.

Kary olhava atentamente para fora da minúscula janela.

—Olha meu pai não vai te matar. Ele precisa de você.

—Então essa história é verdade, eu sou ligada à ele.

Disse ela se virando para ele.

—Sim.

***

~ Mark

—Seu miserável, cadê a minha irmã?

Gritou Mark com uma força enorme, ele brilhava como uma estrela, mal dava para ver sua sobra através do brilho branco.

—Mas aquele idiota não dá conta de nada.

—Cadê ela?

Rephael atirou-se contra ele, fazendo-o cair e perder total brilho, logo uma fúria negra tomou conta do lugar, e em poucos minutos Rafael desapareceu, deixando somente Mark inconsciente ao meio da sala.

~Kary

—Você já jogou truco?

Falou Kary.

—Não!

—Sente-se aqui.

—KARL!

Era a voz de Rephael, ele gritava com tanto ódio que só a voz dava medo.

—EU DISSE PARA VOCÊ, MATE-O, SEU FROUXA.

Ele puxou o Karl, e em sua mão carregava uma espada.

—EU NUNCA PRECISEI DE FILHOS.

Então começou a bater, bater ao ponto de sangrar, Kary parecia que sentia a dor, sentia o sangue escorrer de suas costas. Mas aos poucos ela percebeu que realmente estava.

—HOJE É O SEU FIM!

Ao olhar pela primeira vez o rosto de Rephael, percebeu que ele parecia ter uns 50 anos, e tinha os olhos completamente negros.

—Pai por favor, me perdoe!

Rephael simplesmente pegou a espada e a levou ao alto, pronto para golpear as costas do filho, quando a faca começou a roçar sua pele Kary deu um grito, e rolou no chão, Rephael viu que ela estava sangrando.

—O que vocês que estão ligados, eu estou em pune, agora sim vou mata-los.

A figura de um anjo apareceu na janela, ele quebrou-a com força, e então pegou Rephael e o jogou longe.

Os Últimos Anjos.Onde histórias criam vida. Descubra agora