Capítulo III

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 - Mark eu... Eu.. eu estou com medo.

 Ela tremia e ele ria, estavam a uma altura suficiente para uma queda fatal.                                                                                                  
  - É acho que se te soltar, você morre.

 Kary quase tendo um ataque, grudou nele como um carrapato.

 - Se você não tivesse tanta massa muscular, talvez fosse mais fácil de carregar!

 - Me chamou de gorda?

 - Não... Não, era só uma piada. - Zombou ele e riu                                                           

 - Nossa Mark, como você é engraçado!

 - Já vi que você não tem senso de humor.

 Os dois se calaram o restante da viajem.

 - Olha, se prepara que agora você vai sentir uma falta de ar.

 - O que?!

 Eles atravessaram as margens dos dois lados e ela não conseguiu respirar,  ficou totalmente sem cor e acabou desmaiando.

 - Eu avisei.

Disse ele para si mesmo. Kary acordou quando já estava na casa de Mark.

 - Boa tarde Cinderela.

 Brincou ele, enquanto comia uma maçã.

 - O que aconteceu?

 - Nada, você só desmaiou por falta de ar.

 - Por quanto tempo fiquei desacordada?

 - Não muito. Vamos eu preciso comer.

 - Você fez comida?

 - Não, vamos comer no shopping, e aproveitamos para comprar suas roupas.

 - Eu nunca fui nesse negócio.

 - As vezes me esqueço que você é de outro mundo, mas fica calma é totalmente humano.

 Ela se levantou, lavou o rosto no banheiro, que por sinal não era nada agradável.

 - Mark já ouviu a palavra "limpar"?

 - E você já ouviu a palavra "tempo"?

 - O que você faz o dia todo?

 - Você vai ver, agora vem logo que eu estou com fome.

 Ela concordou e assim foram, chegando na esquina, Kerolyne apareceu.

 - Mark, como você descoloriu o cabelo? E de que marcas são suas lentes?

 - Eu peguei o descolorante e passei,  e a marca foi a primeira que vi.

 - Sua namorada?

 Perguntou ela apontando para Kary.

 - Não, minha irmã. Agora tchau.

 Ele pegou Kary pelo braço e saiu.

 - Quem é ela?

Perguntou Kary.

 - Nossa vizinha.

 - Vocês tem algo?

 - Algo?

 - Senti a química no ar.

 - Claro olha o tanto de química que ela usa no cabelo para ele ficar assim.

 - Não tô falando disso! Você é um pé no saco hein?

 - Eu sou demais. Pronto, lá vem o ônibus.

 - Ônibus?

 - Eu sou um anjo muito sexy, mas não ganho muito dinheiro.

 Ele a puxou para dentro e, olha, o calor era grande. Kary pela primeira vez tinha contato com pessoas normais.

 - Chegamos!

Anunciou ele com os dois braços para cima, enquanto pulava do ônibus.

 - Obrigada Mark, por mais de 50 pessoas olharem para mim.

 - Mal agradecida.

 Eles entraram, Kary logo de cara ficou encantada com tamanha variedade de coisas, por outro lado Mark só olhava para a comida.

 - Bora comer um bife a cavalo?

 - Que?

 - Então vamos.

 Ele pediu 3 pratos de comida, meia hora depois a comida foi servida.

 - Pra quem é o terceiro?

 - Pra mim.

 Kary ficou sem resposta.

 - O que você acha desse vestido? - Mark estava com um nas mãos.

 - Não, não gosto de vestidos.

 - Por quê?!

- Não sei.

 - Mulher sem vestido não é mulher.

 - E homem com calça apertada e batom não é homem.

 - Isso mesmo, eu sou um anjo.

 - Eu vou comprar umas calças e umas blusas. Mark, aonde você arruma dinheiro?

 - Vovó! Eu vou tomar um sorvete, nos encontramos depois.

 - Como você faz para não explodir?!

 - Você é muito chata garota!

Os Últimos Anjos.Onde histórias criam vida. Descubra agora