Capítulo VIII

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~Kary/ Mark

Ela estava sentada à margem do rio, o sereno frio da noite nublada caia sobre seus lindos cabelos loiros os deixando úmidos, olhava por além da escuridão do céu e parecia ver algo, na sua cabeça se passava um só pensamento.

"Eu queria estar em casa "

Um pouco mais distante Mark a olhava, não conseguia parar de admirar, ele queria abraça-la e dizer o quanto a amava.

" Amar, amar por que isso me magoa? "

Pensou, seus pés se moviam sozinhos até ela, parecia que estavam ligados.
Percebendo o movimento ela logo se levanta.

—Quem está ai?

Gritou ela

—O lobo mal.
—Mark! É você?
—Que eu saiba sim, a não ser que eu esteja possuído, ai não garanto nada.
—Da próxima avise.

Ela voltou a se sentar.

—Kary..
—Kary nada, vá lá com sua "Barbie anjinha"
—Está com ciúmes não creio.
—Não é...
—É sim! Vem cá.

Ele a envolveu num abraço.

—Mark, não se iluda.

Disse ela tentando se soltar dele

—Pode admitir.

Disse ele.

—Me deixa sair!
—Não!
—MARK.
—Não!
—Por favor?
—Não!
—Pela comida?
—Isso me abalou um pouco, mas não!

Então ele a abraçou mais forte, e ela o mordeu.

—AHHHH, sua canibal.

Gritou ele a soltando.

—Hahaha, eu disse para me soltar.

Ela saiu correndo, e ele logo atrás.

—Kary agora você me paga.

Disse ele com um tom bravo, mas na realidade estava atuando.

—Não vai...

Ela tropeçou numa pedra e caiu. Ele chegou tão rapidamente que ela nem viu.

—Você está bem? Se machucou?

—Já vi que o Mark sem coração é só encenação.

Ele não a respondeu, de algum modo eles se olhavam fixamente e ambos sabiam o que estavam sentindo.
As pupilas de Mark se dilataram, e o azul acinzentado tomou forma, já os de Kary eram inteiramente vermelhos, como ele jamais tinha visto, suas respirações parecia num mesmo ritmo.

—Vi que vocês não voltaram.

Era a Barbie anjinha.

—Sim, Kary caiu aqui e..

Disse Mark se levantando.

— Ok, só fiquei preocupada.

Marcos levantou Kary e assim voltaram.

~Karl

"Eu não sei o que anda acontecendo, uma anjinha de nada mexendo assim comigo? Deve ser por causa da perda do meu pai. "

Pensava ele observando Kary dormindo ao lado do irmão.

"Ela é, ela é..  A metade de mim!  Isso! É por isso, a ligação faz eu querer estar com ela."

—O príncipe o que pode comer aqui?
—Tudo, menos cobras,  você é pior que loiras!
—Me chamou de que?
—Burra, jumenta, sem inteligência.
—Ahh é, agora você me paga.

Ela começou a lançar sobre ele uma chama branca e ele simplesmente ergueu sua mão e a jogou longe.

—Não lute comigo, eu sou um príncipe e você um simples anjo que sua metade deveria ser um criado.

—Você.. Você me paga.

—Débito ou crédito?

Gritou Mark interrompendo a conversa. Karl se virou e saiu.

—Se eu fosse você não se metia com ele.
—Está protegendo ele Mark?
—Não só estou te alertando.

Ele pegou uma fruta vermelho e foi acordar Kary para eles partirem.

Os Últimos Anjos.Onde histórias criam vida. Descubra agora