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Hoje acordo mais cedo, tenho que preparar um café que preste para mim.

Repito a mesma maratona de ontem, tomo banho, penteio meu cabelo, dessa vez deixando solto, quero meu Black livre.

Pego uma roupa social, uma saia lápis com um pequeno V invertido na frente, ela é preta de cintura alta e para complementar pego minha blusa de manga comprida branca, o que eu gosto nela é o babado da gola, pego meu scarpin bege e me olho no espelho.

É... eu arrasei.

Meu celular toca, e vejo que é o Anthony.

- Oi. - atendo no segundo toque.

- Xavier estará em sua casa em minutos, não se atrase.

- Isso é sério? Achei que você falou isso só por cortesia, ou de brincadeira.

- Julia isso é sério, eu prezo pela sua segurança, não quero que ninguém toque em você... quero dizer, nenhum psicopata toque em você. - ele corrige. - Tenho que ir, Xavier vai te ligar quando chegar.

Ele desliga. Na minha cara. Bem educado.

Fui para cozinha preparar meu café, enquanto as torradas estavam esquentando, fui para a sala e liguei a tv, coloquei no canal de notícias, onde estava passando sobre o clima do dia. Assim que meu café estava pronto, me deliciei com a torrada e geleia de amendoim, e um copo enorme de suco, tinha que ficar satisfeita para compensar o dia de ontem.

Quando começo a lavar os pratos, meu celular toca novamente, e vejo que é de um número desconhecido, possivelmente é o Xavier.

- Alô?

- Srta. Montenegro, já estou a sua espera. - reconheço a voz de Xavier, ele é um cara legal, ou, pelo menos, aparenta ser.

- Certo, já estou descendo.

Desligo e pego minha bolsa.

- Já vai Ju? - Clary aparece na sala, assim que abro a porta para sair.

- Vou sim, o Xavier veio me buscar, deixei torradas prontas. - indico apontando com a cabeça.

- Amei sua roupa, parece mais uma rica empresária, do que assistente. A propósito, pega aquele gostoso de jeito. - ela abre um sorriso sonolento.

- O QUE? - fico espantada com a tal descaramento do pedido - Não mesmo, aquela foi a primeira e última, não vou transar com meu chefe em um ambiente de trabalho... melhor, nunca mais faço isso... é errado. - Fecho a porta e escuto a Clary gargalhando, acho que ela não está levando a sério... nem eu estou.

Fui em direção a escada, já que o elevador está em manutenção, o bom é que Clary mora no 3º andar. Menos escada para descer. O sofrimento maior é o salto.

Na curva de uma escada para a outra, sem querer, me bato de frente com um homem, e acabo derrubando suas coisas no chão.

- Ai meu Deus... moço, me desculpe... - me abaixo e começo a pegar seus pertences, e ele também se abaixa e começa a me ajudar, quando levanto a cabeça para olhá-lo e pedir desculpa novamente, vejo o quanto ele é lindo, fico paralisada com a boca em forma de O, quase não conseguindo respirar.

- Você está bem? Você está pálida. – ele chega mais perto de mim, e toca em meu pescoço, acho que era para medir a minha temperatura. Ah... que perfume maravilhoso.

- É... eu... eu estou bem... estou bem. - entrego suas coisas, um pouco envergonhada. - me desculpa, é porque essa escada é bem fechada então não vi o senhor passar.

Irresistivelmente AtraenteOnde histórias criam vida. Descubra agora