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Julia

Já passou um mês depois do atentado. Graças a Deus por Anthony ter se recuperado quase que completamente, por mais que ainda precise ir ao fisioterapeuta toda a semana. A lesão na costela, foi totalmente curada e sem sequelas, porém sua perna, permanece lhe dando dor de cabeça. Ele ainda precisa das muletas, porém já consegue dar pequenos passos sem ela.

Voltei a morar com Anthony. Claro que se dependesse dos meus pais, não aconteceria tão cedo. Eles cuidaram de mim, enquanto ainda estava em choque pelo ocorrido, e Tony no hospital. Clary – como uma grande amiga e aliada - foi me visitar, praticamente morando na casa dos meus pais. Se eu sentisse uma pontadinha de dor se quer, ela já se desesperava achando que estava vendo a luz. Criatura exagerada.

Alex – médico gostosão – também a acompanhou em algumas visitas. Sempre perguntando se estava confortável, sentindo dor, se precisava de alguma coisa, e outras perguntas de médico. Talvez seja um hábito sempre fazer as mesmas perguntas para os pacientes. Ele também me ajudou a trocar os curativos do braço, e rosto. Tive alguns cortes, mas que possivelmente não vai deixar marca alguma. Ainda bem.

Ele e Clary estão se dando muito bem. Já pensam até em morar juntos. Que evolução! Me sinto feliz pelos dois.

Alguns policiais me visitaram enquanto estava na casa dos meus pais, fazendo perguntas relacionados ao acidente. Como se conseguisse lembrar de alguma coisa. Só lembro de estar no hospital e ter a notícia que tinha perdido um filho que nem sabia que tinha. Se eu tivesse observado... Minha menstruação estava atrasada, mas eu nem liguei, achei que era por causa do anticoncepcional. Eu nunca imaginaria que estava grávida, mesmo usando remédio e camisinha. Embora eu transei com Tony sem. Algumas vezes. No início. Que pontaria fodastica que ele tem?

Ok! Confesso que comecei a tomar o anticoncepcional dias depois de viajar com o Anthony, mas, não tinha a esperança de engravidar tão rápido ou continuar transando. Eu nem sabia que continuaria com ele.

Não é baixa autoestima não mas, ele é demais para mim.

Gostoso, bom de cama – bota bom nisso -, rico, inteligente, carismático, um fofo, e romântico. Onde, ou em que galáxia acharia um homem desse jeitinho? NEVER!

Mas por milagre do destino, eu encontrei, e não vou desgrudar nunca, porque eu o amo.

Graças ao bom Deus, Ravenna não apareceu na empresa por esses dias.

Durante o mês inteiro, fui trabalhar sozinha, já que Anthony ainda não estava 100%. Mas lógico que não deixava de trabalhar. Ficava enfiado no escritório em casa, só saía para comer ou ir no banheiro.

Claro que tive o desprazer de encontrar o Josh, – tio do Anthony – mas por está em um novo cargo e ocupada com a demanda de livros a serem publicados, ele não me encheu tanto o saco. Pena que para William foi diferente. Porém nunca deixava de aparecer no andar de arte, e ficar me encarando. Era desconfortável.

Já em casa, recebi a visita dos familiares de Anthony, o lado bom da força. Juntamos todos e assistimos filmes e comemos pipoca, como se nada tivesse acontecido. Mas claro que a parte ruim da família – a mãe dele – iria visitá-lo. Mas para a minha alegria, foi tudo na paz. Sem piadinhas, sem provocações. Possivelmente o coração amoleceu depois de quase perder o filho. Ela estava acompanhada por um senhor. Ele aparentava ser bem perspicaz, observador, e ganancioso. Não posso julgar o livro pela capa, mas não sei não, ele me cheira a trambicagem.

Irresistivelmente AtraenteOnde histórias criam vida. Descubra agora