Not so cliche

9 - Searching

[N/A] Alô? Vocês ainda estão aqui? Gente, sério, me desculpem por esquecer a att em churrasco, eu nem sei o que aconteceu comigo, mas está aqui. Ah, e eu fiquei com preguiça de corrigir o capítulo, então me desculpem qualquer erro.

As vezes seria tudo mais fácil se fossemos um animal de estimação. Um gato, por exemplo, ele passa o dia dormindo, ganhando carinho e comendo, isso é perfeito. Ser um cachorro deve ser muito bom também, passeia na coleira, brinca de bola, dorme, come, ganha carinho. A verdade era que Harry queria ser um gato, não queria ter preocupações, não queria pensar em nada. Não queria pensar em Louis Tomlinson.

O cacheado estava deitado em sua cama junto de sua gata, ele sentia falta dela, pois Dusty quase nunca ficava com ele, ela gostava mais de ficar dentro da outra casa, com a mãe e o padrasto de Harry. Ele estava ali, olhando para o teto e alisando os pelos brancos e pretos de sua gata enquanto sua mente vagava pelo que aconteceu no dia anterior. Styles podia sentir seus lábios formigarem só de lembrar que os de Louis estiveram sobre os dele, ele queria mais. As vezes o cacheado era clichê demais, ele sempre quis algo que o deixasse amarrado, completamente fixado e apaixonado. Não, ele não estava apaixonado por Louis, isso ainda era uma certeza, mas ele queria conhecer o garoto melhor, queria estar com ele.

Louis era um enigma completo, Harry não conseguia decifra-lo, ele nunca falava sobre sua família, sobre sua vida, ninguém sabia nada muito pessoal de Louis. Styles se pegou lembrando da noite em que ele viu o menor chorando, ele realmente tinha acreditado que era saudade de casa, talvez não fosse, talvez Louis tenha mentido pra ele. Ele também conseguia se lembrar da expressão séria no rosto do garoto quando disse "Venho aqui pra decidir se fujo ou não de Holmes Chapel.", tudo bem que ele riu depois, mas ele parecia sério quando disse. Talvez Louis não gostasse da cidade e só quisesse voltar pra sua casa. Mesmo que eles tenham ficado conversando por um bom tempo naquele dia, Louis não disse nada de diferente, eles basicamente conversaram sobre música e séries.

Harry só queria entender Louis.

— Harry! – A voz de Niall invadiu os pensamentos do cacheado, que virou sua cabeça em direção a voz que escutava.

— Niall? Ainda tá cedo pra ir pra Cheshire, cara, não são nem 15h.

— Você estava pensando em que? Eu te chamei umas quatro vezes. – Disse enquanto caminhava até a cama de seu amigo, onde sentou em uma das extremidades. – Eu sei que tá cedo, só queria saber se você tá bem. Ontem você estava bem estranho o ensaio.

— Eu 'tô bem, mate. – Por mais que eles fossem melhores amigos e contassem tudo um para o outro, Harry não queria falar sobre o que aconteceu no seu carro entre ele e Louis, não queria falar sobre o que estava sentindo, porque nem ele sabia o que estava sentindo. E ele, definitivamente, não iria contar sobre os hematomas que viu nas costas de Louis.

— O Zayn falou de irmos antes pra Cheshire e aproveitarmos o resto do dia lá porque só tocamos bem tarde, o que você acha?

— Não sei... Todo mundo concordou com isso? Onde vamos deixar os instrumentos?

— Ele disse que ia falar com o Louis, mas parece que ele sumiu, ninguém consegue falar com ele. – Harry realmente tentou ignorar a curiosidade pra saber sobre Louis, saber como ele estava e se ele iria para o show. – Ah, os instrumentos vão na van de sempre né, a gente deixa ela estacionada no pub.

— Como assim ninguém sabe onde ele está?

— Ele quem?

— O Louis, ué.

— Ah, o Lou. Eu mandei mensagem pra ele, o Liam, o Zayn, Brett, Perrie e nada dele.

— Por que o Zayn não foi na casa dele?