Capitulo Um: Der Anfang - "O começo de tudo."

297 15 10
                                    

Era uma manhã qualquer de quarta-feira. Eu estava sentada tranquilamente em minha mesa na fileira da parede, exatamente na última carteira. A professora de história falava sobre a segunda guerra mundial e, por mais ]que fosse um assunto que eu, particularmente, me interessasse demais, o sono tomava conta de meu corpo cada vez mais. Meus olhos ficavam cada vez mais pesados e mantê-los abertos era uma tarefa difícil. De repente, ouço um barulho parecido com o de um canhão e me assusto, pulando na cadeira em que me encontrava.

- Senhorita Gauloski? Algum problema ai atrás? - A professora vira para me encarar, assim como todos que se encontravam ali.

- Ahm... eu... Não, professora - Eu sorrio tentando disfarçar a confusão que estava em minha cabeça e como uma forma de dizer que ela poderia continuar. E é o que ela faz automaticamente.

Novamente, o sono toma meu corpo e me debruço sobre meus braços e caderno. Ao abrir os olhos, eu não me encontrava mais na sala de aula, mas em um lugar sujo e destruído. Me levanto assustada olhando tudo a minha volta: vejo dois homens carregando um outro em uma maca. O homem da maca parecia muito ferido. Ao olhá-los bem, vejo que em seus braços havia braçadeiras com a suástica nazista. Fico extasiada ao ver aquilo e meu corpo trava no mesmo momento.

- Mas eu estava na sala de... - Meus pensamentos são interrompidos quando um dos soldados nazistas surge atrás de mim e agarra meu braço. Ele começa a me entupir de perguntas, porém não consigo entender muito bem, pois ele fala muito rápido.

Δ

~ Agora, para não ficar tão confuso para vocês e para não ficarem me perguntando como eu sei ou entendo alemão, deixo claro que eu sou alemã.. Alguns já podem ter percebido devido ao meu sobrenome estranho, mas prefiro deixar tudo bem claro. Agora voltemos a história ~

Δ

Tento digerir tudo que ouvia e via ao mesmo tempo. Olhava a minha volta e via um lugar totalmente destruído pela guerra, já havia visto imagens e recortes de jornal, livros, falando sobre a destruição que a guerra causou, mas você encarar aquilo frente a frente era muito mais chocante. Enquanto isso o soldado me levava para um lugar que me parecia ser um bunker sob o solo. Depois de entrarmos naquele local, eu comecei a entender algumas frases que ele dizia.

- Você é aliada aos americanos, garota? O que faz no meio do campo de batalha? Mulheres têm que ficar em casa à espera de seus pais e maridos... O general não gostará nada de saber da existência de uma menina aqui... no meio do campo de batalha... - Ele continua a falar e fazer perguntas, e a cada palavra meu corpo se contraia mais, e mais assustada eu ficava. Então, fecho os olhos e a única coisa que desejo é voltar para minha cidade, para minha mesa. Os sons de tiros e bombas vão se afastando enquanto continuo a fazer minhas preces.

Sinto um cutucão em meu ombro, e levanto a cabeça num supetão. Porém, quando olho ao meu redor, vejo a sala de aula vazia e meu amigo Samuel me cutucando.

- Ei, Smurffet, morreu? - Meche meu ombro devagar e olha em meus olhos ao se agachar ao meu lado quando vê que eu estava assustada - Ei... você está bem?

- Hã? A aula já acabou? - Pergunto meio confusa, mas mais calma. Coço os olhos para focar melhor em Samuel.

- Sim, soneca, vamos logo! Já guardei suas coisas na mochila - Ele mostra a mochila em suas mãos e eu me levanto devagar, ele segura minha mão e começamos a sair do prédio. Por algum tempo não dizemos nada, apenas saímos da sala e passamos pelo portão de saída em silêncio.

- Tive um sonho muito louco e, de certa forma, assustador - Digo finalmente, cortando o silêncio comunal que havia entre nós. - Sonhei que estava no meio da 2º Guerra Mundial e um soldado dizia que me levaria para falar com seu general. Não me lembro muito bem, mas tudo parecia muito real, fiquei com medo... -Ele me olha sério por alguns curtos segundos e depois começa a rir do nada - Algo de tão engraçado assim que eu não percebi?

- Não, nada, é que você é muito avoada Morgana... e medrosa - Ele parecia ter ficado um pouco tenso depois que contei sobre o sonho, mas volta a rir um pouco mais - Parecia real nada, você que estava babando na aula da professora Iolanda, como sempre não é mocinha... - Paro de andar e ele para comigo, cruzo meus braços e ficamos nos encarando por alguns segundos até ele se aproximar e me abraçar, me dando um selinho. - Foi só um sonho minha pequena... - ele me acalma e eu volto a sorrir, assim como a conversa se desenrola.

Quando olho para o lado,vejo o ônibus passando e começamos a correr em disparada.

- Ei! Dock! Espera a gente! - gritávamos enquanto corríamos sem parar. Para nossa sorte, o Dock, além de ser o motorista, é nosso amigo e para o ônibus para entrarmos. Paramos um pouco antes de entrar, com as mãos no joelho ofegando devido a nossa corrida. Subimos no ônibus e cumprimentamos ele, fomos nos sentar no fundo com nossos amigos e conversar sobre assuntos aleatórios por todo o trajeto.

E esse foi o começo de tudo... Ou quase tudo.

Δ

~ Agora que terminei uma parte de minha história, posso me apresentar decentemente para vocês, pessoas que estão lendo minha história, que por sinal, está apenas começando.

Bom, meu nome é Morgana Gauloski e tenho, hoje em dia, 23 anos. Porém quando tudo começou, em 2016, eu tinha meus 17 anos. Nasci em Berlim, no ano dia 28 de dezembro de 1998. Hoje em dia moro em Londres, Inglaterra. Faz 5 anos que saí da minha cidade, além das viagens que fiz para outros lugares e épocas. O campo de batalha nazista foi a minha primeira viagem temporal.

Agora, você me pergunta novamente, "mas você não estava sonhando quando foi para lá?", não meu caro leitor. Eu realmente estive naquele lugar e um soldado nazista realmente estava me levando para a sala de seu general. Então, você pensa, mas para você ter ido parar lá, você teria que ser uma viajante do tempo! Elementar, meu caro Watson, eu sou uma viajante do tempo de oitava linhagem.

Nossa existência é muito pouco conhecida, pois preservamos a preservamos muito, devido ao fato de estarmos em constante luta com a Igreja Católica. Devido a este fato que meus pais nunca me contaram sobre eu ter este dom, poder, habilidade, chame como quiser.

Além de ser uma Senhora do Tempo, de todas as geração de dos Gauloski, sou a segunda mulher a ter os "genes mutantes", pois, de alguma forma, eles tendem a só aparece em homens, a primeira foi minha bisavó Rita Gauloski. Mas esse fato muda de família para família.

Deixe-me explicar um pouco melhor. Por exemplo, nos Gauloski, os genes tem a tendência de aparecer em homens e os desenvolvemos a partir dos 14 anos, mais ou menos na época em que entramos na adolescência, porém comigo foi um pouco mais tarde, quando estava com 17 anos.

Outro exemplo dos genes, são os Jovosqui, que no caso deles, seus genes se desenvolvem depois dos 16 anos, e é tanto nos homens, quanto nas mulheres. Toda esta parte sobre a nossa genética é muito difícil de se explicar.

Bom, para dizer a vocês como é o futuro ou pelo menos um pouco dele, ele é como o ano em que você se encontra. Sem carros voadores, ETs, roupas prateadas e teleportes. A terra continua sendo a Terra e não, não descobriram vida em Marte.

Mas também não posso deixar de lado e mentir para vocês que, nós humanos, não evoluímos nem um pouquinho. Estamos trabalhando em muitas curas, a ciência foi o que mais teve avanços nesses cinco anos.

Agora vamos deixar isto de lado e voltemos a história. ~

Três SegundosOnde histórias criam vida. Descubra agora