capítulo V

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Se você é mulher ,ou homem sabe que quando nos apaixonamos ,tudo se complica ,a saudade ,a paz,queria vê-lo mais que tudo ,eu não podia .
Depois da aula ,desci a rua ,estáva de frente a biblioteca,entrei e li alguns livros ,passavam todos despercebidos ,eu só ouvia ele surrar
- adoro cheirar teu cabelo e te acho linda com a minha regata-fechei os olhos ,eu sentia saudades ,me perguntou como pode ? Eu tinha raiva mais ela era transformada em amor ,quando mais uma vez o sussurro dele
-essa noite só quero você, ninguém mais - não queria acreditar mais era tentada ,porque será que ele subiu no palco? Eu não quero pensar nele agora,começo a ler novamente , e então ,o destino me desafia
-sofia pare- acompanhada de uma sequência do que parecia choro,ou a risada mais bizarra possível ,eram eles ,riam alto ,eu queria sair dali ,queria parar de ouvi-los mais fui cercada pelos olhos verdes no corredor principal ,ele me agarrou pelo braço ,me encostou sobre a estante ,passou o rosto sobre meus cabelos de disse ,baixo o suficiente
-sentiu saudade ,julinha? -minha cabeça rodopiou ,fiquei tonta,via aqueles olhos verdes se cruzarem aos meus,enquanto tropecei nas palavras
-o o que você quer?-senti minhas pernas fraquejarem ,então cai em seus braços ,desmaiei e quando acordei ,eu estava na cama de um hospital , o médico pronunciava palavras para meu pai e Luka ,mais tenho certeza de Luka não ouviu ,pois brigava com sofia ao telefone
-não.. não, ah pelo amor de Deus sofia ,se acalme só acompanhei a moça,... não eles não iram me encontra aqui -dizia ele mexendo as mãos sem parar . Quando meu pai percebeu que eu assistia a cena ,se aproximou da cama e disse :
-que foi julinha ? Que susto você me deu ! Não faça mais isso.
-desculpe papai -quando Luka entrou desengonçado pela altura tinha , com dificuldade tamanha ,e perguntou após limpar a garganta
-doutor ,o que ela tinha?-o medico apenas olhou pra ele e saiu sorrateiramente.
Meu olhar acompanha meu pai até a porta e depois se volta para o garoto de cabelos negros como petróleo à minha frente.
- E então? - ele pergunta aparentando ansiedade. Até parece que ele se preocupa comigo!
- Nada que seja da sua conta.
Repasso na minha mente os trechos da conversa que escutei. Não tem se alimentado direito...desmaio.
Seria nessas horas em que eu provavelmente descobriria que estou bebendo de mais e não me alimentando de forma alguma mas como eu disse: minha vida não é um livro de contos de fadas daquelas garotas americanas. E para minha grande sorte não é o que aconteceu comigo. Foi apenas emoções fortes demais.
- Não me trate assim. - ele se aproxima ainda mais da minha cama.
Enrolo uma mecha do meu cabelo branco no meu dedo.
Por fim ele suspira e se afasta.
-senhor Miguel, por obséquio, posso conversar com Julia ,a sós?  -meu pai se retira. Mais o que ele está fazendo ?porque meu pai saiu? Não quero ficar ali sozinha com aquele belo para de olhos verdes ,que me introduzem o medo que sinto,não medo dele,mais o medo de perder aquele olhar ,me dispersar daqueles cabelos cor de petróleo ,lisos como o mesmo ,pensei rápido "droga, a sós com o cabelo de petroleiro agora não " . Ele começou
-qual seu problema comigo Julia? -rápido eu rebate
-qual meu problema ? Qual o seu problema, garoto estúpido?. Por que insiste em me procurar ? Eu não quero saber de você, vá embora agora- ele se ajoelhou ao pé da cama e começou a chorar,com a cabeça baixa ,sobre meu pulso . Fui tentada a abraça -lo mais resisti ,e tinha que resistir ,então ele me abraçou, forte ,e eu estava lá, parada ,como uma estátua grega. Senti meus olhos se molharem ,eu estava chorando ,de novo mais olha a grande diferença, era na frente dele e por ele . Eu o abracei e chorei ,chorei compulsivamente como ele ,chorava deita o sobre minha barriga agora .

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