Capítulo 12 (Luan)

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   Entro furioso no prédio da Patrícia e não teria paciência em esperar o elevador chegar então vou pelas escadas desviando das pessoas que estavam e me olhavam incrédulos.

Arthur- Quanto tempo Luan.- vem me comprimentar mas desvio.

Luan- Hoje eu mato sua namorada Arthur!

   Como a porta do escritório dela estava entre aberta escutei ela
conversando com a Violeta.

Patrícia- Tá me ameaçando sua incompetente? Você não sabe do que eu sou capaz menina! Eu acabo com você sua deficiente estranha!

   Quem ela pensa que é para falar com minha Doll assim?

Luan- Solta ela!- tiro Patrícia de perto da Violeta que cai sentada no sofá.- Eu já aturei muitas coisas suas mas essa foi a gota d'água. Em breve você também vai estar nas páginas de um jornal. De preferência criminalista!- esvravejo- Você está bem Doll?-ela assente com a cabeça.

Patrícia- É claro vocês tem um caso, tá explicado.

Violeta- Você é loca?

Luan- Vamos sair daqui Doll você não precisa desse emprego.

Patrícia-Agora vai bancar as despesas da alejada?

Violeta- Saia Luan vou conversar com essa mulher.

Luan- Mas...

Violeta - Espera lá fora agora!

  Saio e vou até a mesa dela e vejo uma foto de uma criança e uma mulher sorrindo.

Tomas- Essa era a mãe dela.

   Olho para trás e vejo Tomas e Arthur me olhando.

Arthur- Ela sabia sorrir mas agora...

Luan- Eu sei o motivo.

Tomas- Nos conte.

Luan- Acho melhor não. Se ela não quis se abrir com vocês dois não vai ser eu que vou expor a vida da minha pequena.

Arthur- Ui minha pequena.- me imita.

Tomas- Estou sentindo cheiro de amor no ar.

Luan- Da minha parte sim mas já a dela... A única  coisa que recebo em troca dela são patadas.

  A porta se abre e Violeta sai.

Tomas- Oi, como foi lá dentro? - pergunta com calma.

Violeta- Fui demitida.- sorri cínica.

Luan- E você ri com isso?

Arthur- Quem saí daqui solta fogos de artifício.

Violeta- Não sei como aguenta uma mulher como essa.- ela vai até a mesa e junta suas coisas colocando em uma caixa mas para e fica olhando o porta retrato. Faço sinal para eles saírem.

Arthur- Bom eu vou lá falar com meu limoeiro.

Tomas- Verdade por que aquela ali é um pomar inteiro de limão do mais azedo.  Eu também vou, ainda trabalho nesse inferno. Te vejo outro dia.- se despede e sai.

Violeta- E você. O que tá fazendo aqui ainda?

Luan- Pensei que iria querer uma carona. - enfio as mãos nos bolsos.

Violeta- Vá embora. - coloca a caixa em cima de suas pernas.

Luan- Eu vou te levar Doll.-pego a caixa e vou em direção ao elevador.

(...)

   Chegamos em frente a casa dela e vejo lágrimas escorrem pelo rosto delicado dela.

Luan- Por que está chorando? - exugo cada uma.

Violeta- Só quero entrar, pega a cadeira.

Luan- Você não sai daqui enquanto  não se abrir comigo.

   Ficamos em um silêncio total por alguns minutos mas ela fala finalmente.

Violeta- Não vou ter coragem de falar para o papai que estou desempregada. Não é fácil arrumar outro com essas condições. Há muito tempo junto todo o dinheiro que recebo e agora não sei quando vou conseguir inteirar.

Luan-Eu posso te ajudar. - afasto as mechas dos cabelos castanhos dela.

Violeta- Nunca vou aceitar dinheiro seu Luan.

Luan- Mas se não fosse eu que pagasse você iria comigo?

Violeta- Aturaria você para poder voltar a andar.-ela sorri de canto, é lindo esse jeito dela.

Luan- Eu vou dar um jeito.

Violeta- Por que inciste tanto?

Luan- Por que eu te amo.- ela me olha e como da última vez não me segurei e lhe dei um beijo, foi casto, apenas um selinho e ela nem me bateu apenas desviou já que eu não queria nunca parar de beija-la.

Violeta- Isso que eu odeio em você. Quando te dou um pouquinho de corda você aproveita e faz burradas.- sorri negando.

Luan- Foi um regresso. Ainda não estou com um tapa na cara. Você quer entrar?

Violeta- Que pergunta mais ridícula. Essa é minha casa então eu tenho que entrar.

  Ajudo ela a se sentar na cadeira novamente e coloco a caixa em seu colo.

Luan- Ainda vou te ver ouviu?  E te ajudar também.

   Ela se vira e vai indo em direção a porta mas volta a me olhar.

Violeta- Acho que meu pai ficaria feliz em te ver.

Luan- Isso foi um convite para entrar?
Violeta- Abre logo essa porta.

Ela nunca soube amar (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora