Capítulo 4(Luan)

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   Ela sorria com a paisagem. Deus que sorriso! Concentra...

Luan- Lindo não é?

Violeta- É mesmo.- seus olhos estavam vidrados para o horizonte.

Luan- É a melhor visão de São Paulo.

Violeta- Todas essas luzes são incríveis.

  Acho que fiquei meio abobado com ela e fiquei sorrindo feito um louco. Ela desmancha o sorriso assim que percebe que a encarava.

Luan- Eu... É... vamos comer?- aponto para a pequena mesa.

  Tentei ao máximo puxar assunto mais ela é bem fechada quase não fala.

Violeta- Estava bom mais preciso ir embora.

Luan- Claro eu te levo. Me fale sobre você.- empurro a cadeira dela.

Violeta- Não tem nada de interessante.
Luan- Você mora com quem?

Violeta- Meu pai.

Luan- Namora?

Violeta- Quem vai querer uma cadeirante?

Luan- Não vejo problema nenhum.

   Dessa vez eu não a ajudei para entrar dentro do carro.

Violeta- Para de mentir para si mesmo. No mundo em que vivemos as pessoas são crueis, já passei por várias coisas nessa vida e você mimado como é não vai mudar esse conceito.

Luan- Você mau me conhece e ainda me julga.

Violeta- Todos são assim, não sei por que quer dar uma de bom moço mas isso comigo não rola.

Luan- Larga de ser grossa garota. Você quer que tenham pena de você?

Violeta- Nunca só quero que as pessoas sejam mais realistas e parem de fingir.

Luan- Eu não estou fingindo, tô tentando ser legal com você, tentei ser compreensível mas você não ajuda em nada.

Violeta- Não precisava de nada disso.

Luan-Onde está o amor no coração Doll?

Violeta- Não existe amor e para de me chamar assim.

Luan- Você não acredita em amor?- a olho por um instante surpreso mas volto atenção para a rua.

Violeta- Amor e para os tolos que acreditam.

Luan- Você é fria.

Violeta- Novidade.

Luan- Mas é linda, marrenta.

Violeta- Não pedi para você me qualificar.

Luan- Chegamos Doll.

Violeta- Irritante.

  Tiro a cadeira dela do porta malas e coloco ao lado da porta que ela saíria.

Luan- Bom, até a próxima então.

Violeta- Não vai ter próxima.- ela se vira e vai em direção a porta.

Luan- De nada. - falo alto e aceno que me ignora e entra na casa.- Não acredita no amor.- nego com a cabeça e entro no meu carro.

   Ligo a rádio e toca algumas músicas que vou acompanhando. Destino nos prega pessas, todas as músicas me fez lembrar ela, seu jeitinho, sua delicadeza, a brutalidade, a ignorância. Por que ela é assim?

Bruna- Oi Pi.- Lá estava minha irmã deitada no sofá.

Luan- Posso falar com você?

Bruna- Vem.

  Cruza as pernas coloca uma almofada em cima e me deito em seu colo.

Luan- Conheci uma menina.

Bruna- Jura? Quem?

Luan- Ela se chama Violeta mas coloquei o apelido dela de Doll.

Bruna- Luan e seus apelidos.

Luan- Ela é diferente.

Bruna- Um ET?

Luan- Não. Ela é linda, tem um sorriso mais lindo ainda, trabalha com a Patrícia.

Bruna- A dona daquele site?

Luan- Ela mesma, tem um porém nela.

Bruna- Claro, sempre tem.

Luan- Ela usa cadeiras de rodas.

Bruna- Essa sua paixão você se superou.

Luan- Você acredita em amor?

Bruna- Que pergunta, acredito sim.

Luan- Pois ela não, ela é fria, arrogante, não se abre, fala pouco o que me corroi por que queria conhece-la.

Bruna- Faz quanto tempo que a conhece?

Luan- Conheço des de hoje cedo.

Bruna- E já confia nela assim?

Luan- Seus olhos são puros não há maldade.

Bruna- Você confia nas pessoas muito rápido.

Luan- Quero conhece-la melhor mas é muito durona.

Bruna- Pessoas se tornam fechadas assim por algum acontecimento no passado.

Luan- Tem razão e eu vou descobrir.

Ela nunca soube amar (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora