-Antes de qualquer atitude, Victoria e Gisele, vamos lá dentro. Quero conversar com vocês duas. – Eleonora fala passando por mim e a idiota da Gisele a segue como uma cachorrinha.
Fico sem reação, pensando se entro ou não, enquanto olho para o homem que eu amo, que me encara com seu semblante desesperado. Pois sabe que se eu for embora, não volto mais.
-Por favor! -Alex fala e seu tom de voz me faz sentir o que ele está sentindo. Medo.
Entro na casa, caminhando para o escritório onde Eleonora e a vaca estão e o resto da família fica na sala.
-Sentem-se meninas. – Ela sugere apontando e nós fazemos, porém, uma longe da outra. Claro!
As duas estão sentadas num sofá de dois lugares e eu numa poltrona cor de gema, de frente para elas. Noto que o olho da vaca, o mesmo que foi atingido, está inchando. Bem feito!
-Gisele, você tem sua opinião sobre a Vic, mas não tem que compartilhar sem ninguém pedir. Sabia que ela poderia prestar queixa contra você? O que fez foi muito feio, eu teria vergonha no seu lugar. A partir de hoje, você não é mais bem-vinda nessa casa e se ousar colocar os pés aqui sem minha permissão, irei tomar atitudes que não lhe agradarão.
Eleonora fala firme, não deixando espaço para duvidas sobre qual lado está e confesso que isso me agrada, pois mostra o quão ela é justa. Percebendo que o tom usado e as palavras escolhidas não a favorecem, a vaca começa a chorar de soluçar.
-Mas...- ela ameaça a falar, mas Eleonora a interrompe.
- "Mas" nada! Está proibida de pôr os pés na minha casa. Eu te avisei numa conversa na semana passada que se ofendesse mais uma vez minha nora, isso iria acontecer e você pagou pra ver. Se retire por favor!
Eleonora fala me deixando surpresa, pois mostra que a Gisele já tentou "alerta-la" antes. Se levantando e me olhando com um jeito totalmente furioso, minha rival sai da sala, dando a entender que ainda não aceitou que perdeu.
-Agora é com você, minha menina. – Ela fala de uma forma tão doce e acolhedora que lagrimas saem sem permissão dos meus olhos.
-Eu acredito e confio em você! Nada do que ela disse me fez desconfiar do seu amor pelo meu filho. Eu vejo no seu olhar o quanto o ama, pessoas do nível da Gisele sempre vai ter, mas você não pode jogar tudo pro alto quando estiver de cabeça quente ou esgotada. - Fala manso enquanto me repreende.
Dando tapinhas no lugar onde a vaca estava sentada, para que ali eu me sente, me levanto e sento ao seu lado.
-Pelo que vi, ela já te ofendeu várias vezes e você aguentou calada, mas de hoje em diante, não vou ser somente sua sogra, vou ser também uma amiga. Se quiser... uma mãe pra você. –Fala mostrando seu carinho por mim e o choro que estava preso, chega, vindo do meu útero.
Tinha anos que não me sentia protegida assim, eu tenho amigos, mas esse amor que sinto agora, já faz muitos anos que não sentia. Amor de mãe!
-Obrigada Eleonora, já faz muitos anos que sou sozinha no mundo e sou obrigada a me defender. Essa proteção e amor vindo da sua família mexeram comigo e me desestabilizou. Não estou acostumada! -Agradeço chorando.
-Me filho te ama! Ele é feliz com você! – ela fala com sua voz embargada pelo choro.
-Eu o amo demais — falo e soluço num choro cheio de sentimentos— mas tenho muito medo de perde-lo, sinto que não estou me entregando totalmente a ele, por medo. –Falo chorando, colocando para fora o que venho sentindo e ela me abraça, num acalento que jamais pensei que voltaria a sentir.
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Amando Um Executivo
RomanceVic e Alex são vizinhos e se conhecem através de mais uma desastrosa performance da protagonista, no elevador do prédio onde mora. Desde então, os dois se aproximam e aí o "conto de fadas" do príncipe e da princesa começa. Para muitos o tão famoso c...