Capítulo 4- Outdoor

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-Bom dia, senhora! –falo assim que a vejo na mesa dela, que olha para mim e respira fundo.

-Bom dia, sente-se. – Fala e vejo que se segura pra não soltar os cachorros em cima de mim.

-Meu nome é Angeline Lewis e você vai ser minha estagiaria, quero agilidade e principalmente você aqui no horário. – Fala e se levanta.

-Venha comigo- concordo, sem ter a chance de dizer nada e a sigo.

Ela me apresenta a sala de reuniões, o refeitório e minha sala, que é bem pequena, mas que fico feliz em ter uma sala só pra mim e após o tour, voltamos para sala dela.

-Você irá me auxiliar em tudo o que eu precisar e com as contas da empresa. – Fala se referindo aos clientes.

-Obrigada pela oportunidade! – isso é só o que me atrevo a responder e após me analisar, ela ameaça um sorriso de lado, mas volta a sua postura de durona. Mulher doida!

Angeline me passou a tarefa de elaborar uma propaganda de um outdoor, que estou muito empenhada nesse projeto e já dura algumas horas. Disse que é um projeto fácil e rápido, que tenho até as 16:oo hrs para entrega-lo pronto. Acho que na verdade, ela está me testando pra saber se sou de fato qualificada, mas me garanto e quero surpreende-la. O cliente, que é uma marca de cueca, já tem o modelo e é um jogador famoso, só preciso elaborar para chamar atenção dos homens e não só das mulheres.

Após o almoço no próprio refeitório da empresa, que estava horrível por sinal, voltei ao projeto empenhada em concluir com êxito. A ideia que eu tive, foi deixar o outdoor simples e direto, o jogador fica em pé no quarto, com uma cueca de cor chamativa, e a frase: "você nunca sabe quando vai ser visto de cueca. É melhor não vacilar". Deixando a entender que tem que usar cueca boa e bonita sempre.

Quando acabei, ainda eram 15:00hr e resolvi ir à sala da Angeline, mas confesso que mesmo me garantindo, eu não sei o que a mal-amada pode fazer. Bati na porta e ela autorizou a entrada.

-Eu vim entregar o projeto. – Falo sem titubear, entregando a pasta com o projeto e ela me olha surpresa pela rapidez.

-Sente-se! – fala pegando o projeto, abrindo a pasta e fica um bom tempo avaliando o design criado no computador.

-Você me surpreendeu! –fala gentil, me tirando um peso das costas e sorrio vitoriosa.

Dei esse trabalho achando que iria ter dificuldade, mas me entregou muito bom e antes do prazo. –Fala e estende a mão me parabenizando.

-Muito obrigada! – falo aceitando sua mão, vendo que posso respirar aliviada.

-Desculpe pela forma fria de antes, achei que era só um rostinho bonito. – Fala entregando o porquê foi rude comigo.

-Não se preocupe, Angeline. – Falo me levantando, com meu sorriso de "bom que deu tudo certo" e indo pra minha sala.

-Pode me chamar de Angel. -diz, agora, sendo ultra simpática.

-Só se me chamar de Vic. – respondo sorrindo e ela concorda com a cabeça.

Volto para minha sala e a Angel foi levar o projeto paro o presidente da empresa, já que tudo passa por ele. Se ele e o cliente aprovarem, o projeto irá para as ruas na segunda que vem. Estou nervosa, torcendo que eles aprovem, pois se aprovarem vai ser muito bom para o meu currículo. Angel me chama em sua sala, para ajudar numa conta antiga, até a resposta sair e ficamos até o termino do expediente, mas nada da resposta chegar.

-Pelo jeito só vamos saber a resposta amanhã, Vic. – Fala visivelmente frustrada com a demora.

Também acho, mas vão aceitar, você vai ver. – respondo positiva, levantando e indo pegar minhas coisas para ir embora. Nos despedimos e fomos uma pra cada lado.

Chego em casa depois de passar no mercado, comprando tudo o que era necessário e também para um bom sanduiche, coloco as sacolas no chão e me jogo no sofá. Depois de uns minutinhos descansando os pés, fui guardar a compra e tomar um banho pra relaxar. 

Já debaixo do chuveiro, com a água bem quentinha, passo o shampoo nos cabelos, curtindo a espuma com cheiro de melancia e advinha? Se você falou que a água ficou fria, está certíssima.

-Que merda! Príncipe, você tem que ser muito foda, viu?! Ohh perrengue, da porra!! – falo tentando não me abater, pois acredito piamente, que passo por testes diário para compensar o príncipe gostoso, lindo e amoroso que vou receber de Deus.

Tive que terminar na água fria mesmo e acabei ficando no escuro, nem pra ser romântica hoje estou prestando, já que esqueci de comprar as velas. Fiz um sanduíche e comi perto da janela a luz da lua, só assim mesmo pra eu ver o que estava comendo. Já que não tinha jeito, fui dormir.

Acordo acreditando que seja antes do celular despertar e agradeço a Deus já que o mesmo estava descarregado. Tomo meu banho gelado, dando pulinhos, pra ajudar a esquentar o corpo. Visto calça jeans colada preta, camisa de seda preta e rabo de cavalo. Já na make, escolhi que hoje ia ser olho nada e boca tudo, com um belo batom vermelho. Pego minha bolsa, celular com carregador para carregar na empresa e quando ia abrir a porta, ouço batidinhas vindo dela.

Para minha total surpresa, quando a abro, vejo que é o gato do Alexander e seu delicioso perfume invadindo minhas narinas. Ele está em seu terno azul marinho, ajustado ao seu corpo e de um jeito nada sutil, ele dá uma conferida em meu corpo, acendendo uma chama em meu ventre. Pigarreio para que ele volte a olhar em meu rosto e notei que o peguei no flagra, ele passa a mão nos cabelos.

-Desculpa! Aceita uma carona? – fala vermelho de vergonha enquanto me olha. Que homem delicia, acabei molhando a calcinha, só com esse olhar.

-Bom dia, Alexander! – respondo sorrindo de canto e me viro para fechar a porta do apartamento. -Aceito sim! Não te atraso quando me dá carona? –pergunto já entrando no elevador e ele entra logo atrás.

Como vou para o mesmo lado, não me atrasa. – Fala ao meu lado e seu atraente cheiro me embriaga, inspiro tentando sugar todo o cheiro, procurando ser discreta, mas ele percebe e sorrir. Esse homem ainda me mata!

-Putz! – Reclamo assim que as portas do elevador se abrem e eu vejo que o sindico está na porta. E agora? Seu João me vê e eu peço, ainda que sem som, a sua ajuda.

-TEM UM RATO ALI! Ronaldo, me ajuda a pega-lo. – Seu João Grita e corre para o outro lado e ando o mais rápido que eu posso. Avisto o carro do Alexander e entro correndo, sem esperar pelo dono, que apressadamente entra logo atrás.

- Acho que agora mereço saber o que está acontecendo. – Ele fala sorrindo de lado.

lembro dele andando de pressa, quase correndo com sua malinha de mão, sem saber o que está acontecendo e explodo numa gargalhada. Quando olho para ele, percebo que ele me olha, mas não me acompanha na gostosa risada.

-Desculpa, mas é complicado. – Falo parando de rir. Não queria falar dessas coisas logo de manhã.

-Desculpe se ultrapassei o limite com minha pergunta. – diz meio sem graça, notando a delicadeza do assunto.


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Bjim!

Amando Um ExecutivoOnde histórias criam vida. Descubra agora