Histórias de terror

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Narrado por Marcos

Hoje, quinta feira estávamos nós cinco se preparando para o acampamento, que por acaso seria na chacara do meu vó, que o pior ainda é que o povo acredita que do lado da chacara é um lugar amaldiçoado, conhecido como "O morro da matança", cercado por espíritos de bruxas, índios.
Peguei minha bolsa e minha barraca e fui andando até a casa do José, bati no portão e ele abriu só de short e a Bianca estava atrás dele - Vestida por completo - sorrindo.
- Cadê a Thais e a Alice? - Perguntei enquanto entrava.
- Já estão vindo - José respondeu e sentou no banco.
Olhei para a janela do quarto do José e vi o vulto da Marina descendo a escada de flores.
- Olhe para a janela - Eu disse.
Quando eles viraram a Marina se jogou e caiu no chão desaparecendo e na parede apareceu uma mensagem de sangue escrito "Cuidado para não acontecer o mesmo com vocês".
- Você não pode nos matar Marina -Disse o José sorrindo sacasticamente - você precisa de nós cinco vivos.
- Eu não teria tanta certeza disso José - Disse a Bianca.
Alguém bateu no portão e o José foi atender, Bianca estava com um short jeans curto, e meu pai, ela estava muito linda, estava lutando com todas minhas forças para não pular em cima dela e beija-la.
Eu não sei de onde vem esse sentimento, faz dois anos que somos amigos e nunca senti atração por ela, mas agora é tudo que eu sinto é vontade de agarra-la.
- Oi amor - A Alice me beijou e eu retribuí.
- A Marina acabou de aparecer - Informou a Bianca para a Alice e a Thais.
- Como assim? - A Thais perguntou.
- Ela saiu do quarto do José - Eu respondi - e por falar em história de terror, o morro na chacara do meu vôo não recebeu o nome de "O morro da matança" a toa não

Centenas de anos antes

Kaio era filho de um casique de uma tribo de índios que praticava feitiçaria, sua tribo era umas das mais fortes da região norte, sua noiva Cibele, uma jovem feiticeira, linda, com pele cor do pecado tinha acabado de chegar em sua tribo, ele se apaixonou por ela a primeira vista, meses se passaram e eles se apaixonaram.
O pai de Kaio faleceu e ele assumiu seu posto de casique.
- Casique - Cibele o chamou - o mal está chegando, eu sinto, nós não ganharemos.
- Então amaldiçoe esse lugar - Ordenou o Casique para sua esposa - nós não perderemos sem lutar.
A mulher saiu de sua casa e foi fazer uma oferenda aos seus deuses.
- Todos os bravos homens venham - Ordenou o Casique saindo da cabana - o mal está chegando, e nós lutaremos.
Todos uivaram e preparou suas armas, o casique ainda jovem, com seus grandes músculos foi até a mulher e a beijou.
- Cibele eu te amo - Ele disse e sorriu.
- Eu também te amo - Ela disse - a maldição está feita, todos que pisarem nessas terras ou morrerá ou viverá uma vida de sofrimento.
- Vamos lutar - O homem disse e foi para a frente do seu exército.
Os homens brancos chegaram  e com suas arma mataram muitos dos índios de Kaio, os homens brancos amarraram Cibele e o Kaio lado a lado.
- Quem morrerá primeiro? - Perguntou o homem alto todo vestido, ele cuspiu na cara do Kaio e sorriu - acho que será sua mulher - O homem sacou a espada e cortou a garganta de Cibele.
Kaio fechou seus olhos e contemplou as vozes que vieram da maldição, a partir de agora todo aquele lugar seria dele, para sempre, ninguém jamais conquistará aquelas terras.

- Até hoje, pessoas relatam escutar vozes ao redores do morro - Eu contei - o caseiro do meu vô, entrou na floresta e nunca mais voltou, aquele lugar realmente dá medo.
- Ajudou muito Marcos - Thais levantou - meu medo por espíritos só diminuiu.
- Eu só acho que o Fernando vai se aproveitar muito desse lugar - Disse o José - se prepara fisicamente e mentalmente, esses três dias será os dias do terror.

Série Cemitério: Eles não foram embora. Volume 2Onde histórias criam vida. Descubra agora