O morro da matança

14 2 2
                                    

Narrado por José

- Bianca me desculpe por ser egoísta - Eu disse - tenho tanto medo de perder vocês que acabo agindo sozinho, eu realmente quero mudar, quero pensar em grupo, fiquei tanto tempo sem amigos que não sei como tratar um.
- José tudo bem, eu te entendo - Ela me olhou nos olhos e sorriu - e eu te amo do jeito que você é, seu metido a super herói.
- Sua bocó.
Eu a beijei e peguei-a no colo e pulei no lago, nós dois afundamos na água, nós subimos de volta e ela começou a fazer guerra de água.
- Eu te amo José - Ela gritou e sorriu.
- Eu te amo mais Bianca - Gritei de volta.
Ela parou de jogar água e me beijou, cada beijo dela era uma mistura de sentimentos, como se ela se entregasse por inteiro a mim, e eu amava isso.
- Como você me jogou aqui dentro - Ela olhou para mim seria - vai lá pegar a toalha - E sorriu.
- Ok, minha rainha - Eu disse saindo da água.
Comecei a correr até a barraca, mas eu bati em alguma coisa e me desequilibrei para trás.
- Aí aí - Disse a Rose - não... oh José eu te perdôo meu amor.
- Deixa eu ir embora - Eu disse saindo, mas ela segurou meu braço e me puxou - o que é?!
- Só para você sentir meu toque - Ela disse - eu sei que a você ainda me ama.
- Eu não sei se você é doente, idiota ou retardada - Eu falei - quando que você vai entender que eu não te amo, e que nunca, nunca te amei.
- Aí essa doeu - Ela disse colocando a mão no coração - eu só quero te dizer que eu sei que esta acontecendo algo com você e seus amigos, e eu vou descobrir o que é.
- Ok, pode perde seu tempo - Eu disse - por que não tem nada acontecendo com a gente.
Eu olho para o chão e vejo uma mensagem de sangue aprender atrás do pé da Rose " Deixou sua amada sozinha... que pena, agora ela está no morro da matança, nome legal né?"
Larguei o braço da Rose do meu e sair correndo, escutei ela gritando, mas não parei para prestar atenção. Só pensava na Bianca, eu não poderia perde-la, de nenhum modo eu posso deixar ela nas mãos dos espíritos, cheguei na cerca e pulei.
Minha mente está a mil por hora, eu só corria, sem pensar para onde ir, sem me importar com pedras e tronco que eu esbarrava e sem me importar com os machucados que estava ganhando, eu só queria chegar até a Bianca.

Narrado por Bianca

José saiu para pegar a toalha e eu sentei de baixo de uma árvore para me secar e espera-lo.
Eu estava tão feliz, hoje estava sendo feliz, José estava tentando mudar, pensar em grupo, e a cada dia eu o amava mais, eu me perdia em seus beijos, na imensidão dos seus olhos azuis.
Começou a ventar ao meu redor, antes de olhar já sabia o que era, Marina, olhei para o lado e ela Estava me encarando com seu vestido branco, seus suditos Rodrigo e Stefany apareceram, os três estavam sorrindo.
- Você não obedeceu a ordem da Marina - Disse o Rodrigo.
- Claro - Eu disse - não gosto de obedecer.
- Pois é melhor você obedecer queridinha - Marina disse - não posso te matar, mas daqui alguns meses eu posso matar algum parente seu se você não me obedecer.
Aquela ameaça realmente me deu medo, mas ela estava certa, a cada dia ela ficava mais forte, e nós cinco só enfraqueciamos, ela tinha poder e sabia muito bem como controla-lo.
- Mas por hora só vim dá um recado - Ela disse sorrindo - o querido José estar lá no morro da matança te procurando.
- O que você fez sua vadia? - Perguntei mais não esperei responder levantei e sair correndo.
Corri até a barraca e ele realmente não estava lá, corri e atravessei a cerca rumo ao morro, eu não ia deixar nada acontecer a ele.

Narrado por Marcos

Eu e a Alice passamos o resto da manhã na nossa barraca, ela estava deitada sobre meu peito e eu fazia cafuné nela.
Por mais que eu sentisse alguma coisa pela a Bianca, eu amava a Alice e acho que sempre amei, ela me fazia bem e eu não quero magoa-la jamais.
- Alice - Eu disse - por mais que não pareça, por mais que as vezes eu pareço um idiota, eu te amo.
- Eu também te amo seu idiota - Ela disse e olhou para mim.
Eu subi em cima dela e me apoiei nos cotovelos ela sorriu e puxou minha cabeça e me beijou.
- Sua idiota - Eu disse e deitei de volta - que não vivo sem.
Eu deitei ao lado dela e no mesmo momento uma mensagem de sangue apareceu na parede da barraca " Seus amiguinhos estão correndo perigo... O bom é que o nome do morro combina direitinho" sem nem pensar levantei e sair correndo com a Alice atrás de mim.
Estamos indo rumo à lendas e mitos, estamos correndo em direção ao desconhecido, estamos correndo rumo ao nosso querido morro da matança.

Série Cemitério: Eles não foram embora. Volume 2Onde histórias criam vida. Descubra agora