Eu era a destruição e ela era a paz

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Narrado por José

Corri o mais rápido que pude, cheguei em uma clareira que ficava no topo da montanha,  senti algo esbarrando em mim e eu cair no chão tonto.
Esperei minha visão entrar no foco novamente e vi que a Alice, o Marcos e a Bianca que tinham esbarrado em mim.
- O que você vieram fazer aqui - Perguntou a Alice sem fôlego.
- Marina falou que o José estava aqui - Bianca respondeu.
- Droga - Gritei e levantei e soquei uma árvore - foi um truque do Fernando, aquele maldito.
- Você está certo José - A Bianca me encarou - mas acho que não não foi o Fernando.
Nesse momento escutamos uma risada de arrepiar os pelos da espinha, Marina, Rodrigo, Stefano,  Kaio e Cibele estavam ali nos observando.
- Ela está certa - Marina confirmou - não foi o Fernando, foi eu, na AABB fui eu, em Fernando de Noronha fui eu, nós somos os vilões.
- Como assim, você era do bem - Eu disse - você que nos ajudava, e Bianca como você sabia que ela era do mal?
- José você é tão gostoso - Marina sorriu e desapareceu, alguns segundos depois ela apareceu a dois centímetros da minha frente - mas é tão burrinho, e sobre a Bianca saber ela pode responder.
Ela colocou a mão no meu abdômen e sinto atravesa-la por dentro do meu corpo, que novamente tive a sensação que meu corpo estava congelando.
- José - A Bianca me chamou - a Marina foi lá em casa, algumas semanas atrás ela apareceu lá em casa - Ela estava chorando - e ela falou que era do mal, e queria... que eu fizesse algo, que não consigo... fazer.
- O que você pediu? - Marcos perguntou antes que eu.
- Ela quer vocês dois separados - Rodrigo respondeu.
- E porque isso? - Perguntei, coloquei a mão no cabelo nervoso - por que nos separar?
- Por que eu te quero José - Marina respondeu - por que eu quero você junto a mim,  e ela é a sua paz, e eu quero que você seja destruição, eu quero que você seja destruição junto a mim, eu quero você morto.
- Chega desse papo - Kaio gritou tão alto que pensei que meus tímpanos tinha estourado.
Olhei para o lado e vi a a Bianca voando, saindo do meu lado e do chão, a coluna dela bateu em um tronco de árvore e ela caiu no chão.
- Não! - Gritei.
Comecei a correr até ela, mas senti uma força invisível me segurar, não senti mais meus pés tocando o chão, de repente senti minha cabeça e minhas costas batendo em um tronco de árvore, cai de cara no chão.
- Não - Bianca gritou, o que foi um alívio pois ela estava bem.
- Esse é uma pequena parte do meu poder - Disse o Kaio - não queira ver o resto.
Senti mãos me tocarem, uma pegou na minha e meu corpo estremeceu.
- Aqui não foi um corte grande - Disse a Bianca - só arranhou, vamos virar ele com cuidado para ver a frente.
Eles pegaram e me viraram, colocando minha cabeça nas pernas de alguém.
- Se esse idiota vestisse uma camisa não teria cortado o peito - Bianca disse - e tem um corte na testa.
- Acorda José -  Escutei a voz do Marcos.
Tentei abrir meus olhos lentamente, minha cabeça latejava, assim como todo o corpo.
- Quem são vocês? - Perguntei quando conseguir abrir os olhos.
- Não pode ser - Alice começou andar de um lado para o outro.
Senti uma gora que imaginei ser uma lágrima batendo na minha testa.
- Muito cedo para brincar né? - Eu soltei um sorriso torto de desentendido.
Senti algo tocar o corte no meu peito e vi que era a mão da Bianca, meu peito começou a arder e eu gemi de dor.
- Esta vendo esse corte - Ela perguntou - ele não é nada comparado ao que eu farei se você brincar desse tipo de novo.
- Marcos ajuda a levantar o José - Alice pediu.
Ele a Alice me levantaram e eu me apoiei nos dois, minha cabeça girava um pouco, me curvei e vomitei, Alice se afastou e o Marcos me ajudou me segurando.
Toda comida que tinha comido mais cedo saiu, senti outras mãos tocarem minhas costas e vi que era a Bianca.
- Bianca sai - Eu pedir.
- Por mais que você seja um idiota - Ela disse - eu te amo.
Todo resto de comida que tinha no meu corpo eu coloquei para fora, quando sentir que não iria mais vomitar apoiei-me na Bianca e no Marcos.
- Vamos antes que percebam nossa falta - Disse a Bianca - e vamos fazer um curativo no seu peito e na sua testa - Ela olhou para mim.
E vi nos seus olhos o medo dela, e eu queria poder reconforta-la, ela sentiu preocupação por mim, por nós, e isso só faz eu ama-la mais.

Série Cemitério: Eles não foram embora. Volume 2Onde histórias criam vida. Descubra agora