N/A: Perdoem-me pelo atraso neste capítulo. Era para ter sido postado "ontem", mas como deixei avisado no meu perfil, eu perdi capítulo antes de postá-lo e tive que reescrever tudo. Me senti muito burra? Sim! Mas são águas passadas e o que importa é que o capítulo está aqui. Obrigada, boa leitura e comentem!
***
Os corredores estavam solitários e silenciosos. Os únicos sons que poderiam ser ouvidos eram os emitidos por meus passos, isso e meus pensamentos.
Desde que abandonara a confortável biblioteca deixando para trás meu irmão e alguns outros membros da guarda que entraram esperando algumas instruções por parte de Aro sobre horários e diversos outras coisas, os meus pensamentos não me deixavam em paz.
O que estaria reservado a mim quando adentrasse a ala real no penúltimo andar do castelo e consequentemente o quarto de mestre Marcus? Ele me diria de boa vontade os laços? Omitiria algo? Não, Marcus nunca omitiria nada desta forma, não para mim pelo menos, mas caso me dissesse aquilo que não queria ouvir, eu aceitaria obedientemente ou continuaria a insistir em algo sem fundamento?
Todos esses pensamentos rondaram minha mente até chegar ao meu destino.
A ala real era silenciosa e emanava uma beleza e calmaria que me faziam querer apenas sentar em uma das cadeiras de veludo daquele local e apreciar. Era uma vasta ala com alguns quadros originais e –Pensava eu– muito caros. Detinham seis portas feitas do que identifiquei como mogno e possuíam detalhes talhados na madeira em ouro, o chão como de todo o castelo era de um mármore creme com alguns detalhes. Era realmente linda.
O quarto de mestre Marcus ficava a direita, o de Caius era de frente ao de Marcus e o de Aro ficava no fim do corredor, todos que subissem aqui e entrassem neste corredor encarariam seu quarto. O cheiro de cada dono dominava meus sentidos, mas apenas me interessava um particularmente mais marcante. Aro.
Parei em frente ao quarto de mestre Marcus e olhei para aquela imponente porta de mogno que me encarava como se zombasse do terror que se instalava em meus olhos com o conhecimento de que em poucos minutos eu teria uma reposta e baseada nela definiria meu futuro.
Tomei outra respiração profunda e desnecessária antes de atrever-me a bater na porta.
"Você pode entrar Jane" – A voz monótona de Marcus veio por detrás da porta e sem hesitação abri entrando em seu quarto e trancando a porta atrás de mim.
"Mestre Marcus, posso falar com o senhor por alguns minutos?" – Perguntei. Ele apenas confirmou com um movimento de sua cabeça e fez um gesto com a mão para uma cadeira de couro a sua frente. Não importa quanto tempo se passasse ou quanto às coisas mudassem ao redor, o fantasma de Dydime sempre estaria lá para assombrar Marcus. Quando a mulher morreu, levou consigo toda felicidade de mestre Marcus deixando para trás a concha de um homem, tão vazio quanto seus olhos sem vida.
"Mestre, eu preciso que o senhor leia meus laços e me diga o que eles dizem" – Fui diretamente ao ponto.
"Tem certeza que é apenas isto que está me pedindo querida?" – Perguntou enquanto me analisava. Tive que suprimir a súbita vontade de trocar de posição na cadeira, totalmente desconfortável por seu olhar.
"Na verdade, eu queria que o senhor olhasse... algo sobre os laços de outra pessoa" – Falei a verdade hesitantemente. É claro que mentir para Marcus iria ser uma ideia genial. Parabéns Jane!
"Os laços de Aro" – Falou ele.
"Sim, senhor" – Admiti.
"Jane, sabe que esta informação eu não possuo o poder de divulgar, certo?" – Falou ele como se eu fosse uma criança que foi pega fazendo algo errado.
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Red Eyes
FanfictionJane alimentou ao longo de vários anos uma paixão persistente por seu mestre, Aro Volturi e agora está cada vez mais difícil esconder esses sentimentos que só tendem a evoluir. Como se não bastasse seu conflito interno e sua constante luta em escond...