N/A: Sim!!! Finalmente saiu um capítulo novo. Tenho que confessar que o capítulo não está nem na metade do que pensei para ele e pretendo compensar isso no próximo, mas por conta de um bloqueio criativo eu não pude fazer muita coisa. Sinto muito pelo tamanho do capítulo, ele será bem maior no próximo (que eu não irei demorar a postar, sério). Obrigada a todos, comentem e boa leitura.
***
O dia chegara ao fim, levando consigo a luz ofuscante do sol que se recolhia lentamente por trás das montanhas que cercavam Volterra em uma analogia de muros gigantescos em volta de uma fortaleza impenetrável e estonteante, dando sutilmente lugar a uma lua resplandecente que possuía todas as intenções de invadir o espaço oferecido e tornar-se uma das mais belas luas cheias que os humanos de Volterra já presenciaram. De todos os espetáculos, este era o meu favorito – ou não – pensei enquanto deslocava meus olhos para o rosto de Aro.
Permanecíamos em seu escritório, Aro sentado no sofá de couro e eu ao seu lado com a cabeça levemente encostada em seu ombro enquanto ele lia pela centésima vez a mesma folha de papel.
"Há algo o incomodando?" – Perguntei suavemente enquanto erguia a cabeça de seu ombro com relutância e o olhava nos olhos.
"Acredito que não. Por quê?" – Perguntou franzindo o cenho.
"Bom, acredito que se passar seus olhos novamente por estas palavras a folha se derreterá em suas mãos" – Indaguei sorrindo.
Aro soltou um leve suspiro e colocou a folha de lado levantando-se e andando pela sala.
"Jane, quando veio até aqui você parecia ter ampla noção do que aconteceu com minha irm... Didyme a séculos atrás. A questão é como e quem a contou sobre isso? Como sabia sobre mim?" – Perguntou seriamente enquanto me avaliava com seus olhos.
Eu franzi o cenho em pensamento. O que mestre Marcus me pediria para dizer?
"Antes de vir até aqui eu passei no escritório do mestre Marcus e ele estava... estranho e triste" – Aro levantou uma sobrancelha para isso e eu sorri um pouco – "Bem, mais triste do que antes e em suas mãos estava um livro que não consegui ver o nome. Após perguntar-lhe se ele estava bem, ele me contou uma história sobre duas pessoas com um desfecho trágico e após me dizer o que tinha acontecido com Lady Didyme eu apenas liguei os pontos" – Falei calmamente e Aro parou serrando os olhos para mim, então decidi puxá-lo para outro tópico antes que descobrisse minha mentira.
"Hoje é o dia que marca mais um ano sem ela, não é?" – Eu perguntei e imediatamente o semblante de Aro tornou-se frio e doloroso. – "Por que não estamos em luto?" – Perguntei visivelmente confusa, afinal hoje era um dia que marcava a perda de todos os Volturi. A perda de uma rainha.
"Diga-me Jane, se Alec morresse, como se sentiria?" – Perguntou e eu fiquei aterrorizada apenas com o pensamento do meu irmão morto – "Exatamente. Se você tivesse uma irmã e ela morresse, sobretudo por suas mãos, você continuaria dizendo que tinha uma? Não há motivos para luto, porque para os membros da guarda, nunca houve Didyme. Apenas uma minoria conheceu Didyme e eles sabem melhor do que dizer algo sobre isso" – Ele sorriu sem humor e virou-se encarando a janela.
Por alguns minutos permaneci em silêncio, além do mais, o que poderia dizer sobre isso? A dor é confusa.
"Eu sinto muito" – Suspirei em suas costas enquanto o abraçava e descansava meu rosto em suas costas fortes. A mão de Aro cobriu a minha suavemente e ele soltou um pesado suspiro enquanto dizia:
"Eu também Jane, eu também".
***
"Como assim juntos?" – Perguntou Alec pela quinta vez desde que eu o havia dado a notícia sobre Aro e eu.
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Red Eyes
FanfictionJane alimentou ao longo de vários anos uma paixão persistente por seu mestre, Aro Volturi e agora está cada vez mais difícil esconder esses sentimentos que só tendem a evoluir. Como se não bastasse seu conflito interno e sua constante luta em escond...