Capítulo Vinte e Seis - Eternal parte I

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N/A: Um capítulo longo para todos vocês!
Quero agradecer a vocês por todos os comentários, por todas as mensagens enviadas, pelas cobranças e por acompanharem essa fanfic, que devo dizer, escrevo desde 2014! É um prazer imenso escrever para vocês. Espero que estejam bem e se cuidando, eu disse anteriormente que haveria uma surpresa quando eu enfim publicasse esse capítulo, espero que apreciem!
(A música utilizada no início do capitulo se chama "Pourquoi la mort te fait peur - Pomme, sugiro que escutem a versão slowed) boa leitura!

                              ***

A leve brisa que adentrava o escritório através da janela parcialmente aberta por trás da mesa de mogno atualmente coberta por uma pilha organizada de documentos e alguns livros que não olhei por tempo suficiente para identificar tocou o meu rosto pálido como uma carícia suave, como se estivesse dando-me as boas vindas após o pequeno espaço de tempo em que estive ausente de sua – muito provavelmente – gélida presença. Essa brisa trazia consigo um pequeno e distante ruído, um som que apesar de destorcido, parecia quase bonito. Me aproximei mais da janela e permiti que uma das minhas mãos abrisse um pouco mais os vidros grossos automaticamente me inclinando um pouco para tentar identificar o som. A lua já estava alta no céu e brilhava alegremente contra o escuro enquanto poucas nuvens passavam por ela, observei ao redor e notei que não haviam humanos nas proximidades, relaxei um pouco mais e deixei que a brisa gélida continuasse tocando o meu rosto, voltei a me concentrar e agora, ouvindo mais atentamente, notei que o som antes desconhecido, se tratava de uma canção – provavelmente vinda de uma das casas dentro da cidade. A dita canção mesmo sendo composta e provavelmente cantada por uma humana, era um pouco encantadora e por isso me permiti aproveitá-la, me inclinando contra a parede ao lado da janela comecei a escutar mais claramente a letra

"Por que a morte te dá medo?
Eu ouço as batidas do seu coração
Através dos oceanos
Você sabe que você e eu
Ela não vai nos ter
Nós iremos para o oceano"

As palavras cantadas me fizeram ficar mais intensamente focada na canção. O idioma em que eram cantadas me fez pensar se o humano ou humana que estava escutando não seria mais um dos inúmeros turistas que constantemente chegavam à Volterra para uma aventura turística que quase sempre acabava no mesmo lugar onde eu estava atualmente,não pude deixar de me perguntar rapidamente se esse seria o destino desse em particular.
Alheia ao meu entorno, continuei escutando a suave música e sua letra – que um pouco para o meu próprio descontentamento admiti que era aceitável – por isso não notei os passos que se aproximavam cada vez mais da sala onde eu estava. Com os olhos fechados, continuei deixando o momento raro de calmaria me tomar por mais alguns segundos até que senti a sensação familiar de quando há alguém nos observando, rapidamente saí da minha bolha de relaxamento e virei o rosto enquanto abria meus olhos vermelhos, apenas para conecta-los a um par muito semelhante já me encarando, a sensação de calma voltou ao meu corpo quando eu vi o afeto dentro deles.

"Há algo interessante lá fora, minha querida?" – Sua voz leve me fez sorrir.
"Não tanto quanto aqui" – Eu disse divertida, mas sincera. Seu lábios formaram um pequeno sorriso, mas ele parecia se conter.

"O que acha que eu estou olhando?" – Perguntei tentando afastar qualquer tensão que ele poderia estar experimentando enquanto voltava meus olhos para fora.

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