Free Your Heart

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>>>Chapter 32

      O dia parecia ter amanhecido mais brilhante, mais vivo de algum modo...

    Alonso sorriu enquanto dirigia até a faculdade. Ele não tinha podido falar com sua namorada ainda, mas só saber que ela estava bem já era o suficiente, além disso, ele havia prometido a si mesmo que iria até lá assim que acabasse as aulas do dia.

    Seu celular tremeu no bolso e, como estava parado em um sinal, resolveu olhar. Um grupo de crianças atravessava a rua e ele achou que tinha tempo para ver, responder e guardar antes que o guarda lhe mandasse prosseguir.

     Healey: Que tal Husty's de novo hoje? Quero de novo aquele sunday... 😋

    -Droga... -Praguejou batendo com força a cabeça no banco.

    A verdade era que o Kingsley tinha esquecido totalmente da Portgrass com os acontecimentos recentes.

    Depois do incidente em que Alonso a havia beijado, ficaram três dias sem se falar até que, finalmente, Healey mandou uma mensagem para que se encontrassem. Uma espécie de oferta de paz. Bandeira branca. O Kingsley foi e eles conversaram normalmente. Como se fosse amigos e o último ano nunca tivesse passado. O assunto "beijo" foi deixado para trás e nenhum dos dois voltou a tocar no assunto novamente. Eles só saiam como amigos e se divertiam pela cidade. Depois de uma semana, eles voltaram ao Husty's e, novamente, foram imparciais. Velhos amigos.

      Era fato que, às vezes, Alonso se pegava a olhando enquanto ela se concentrava para disparar na barraca de tiros no festival de Nashville. Ela o olhava e ele fingia que estava vendo outra coisa ou desviava rápido o olhar ficando levemente vermelho. Healey, por sua vez, não conseguia manter uma distância muito grande entre eles. Sempre estava perto e de braços dados com ele, porém conseguiu conter a vontade de pegar na sua mão. Era como se estivessem nos primeiros meses antes do namoro novamente. Os dias dos primeiros flertes. Aqueles dias em que você ri de tudo, para se arrumar troca de roupa cinquenta vezes, sempre está sorrindo e faz de tudo para agradar o outro. Aqueles dias que os dois estão apaixonados, mas ninguém tem coragem de admitir.

     Alonso voltou a realidade quando o carro de trás buzinou impaciente com sua demora. Ele deu a partida e deixou o celular de lado. Ele não sabia o que responderia a ela. Falar por mensagem parecia errado, então decidiu encontrá-la e contar o que havia acontecido, para logo depois ir ao Hospital. Ele não fazia ideia de como a Portgrass iria reagir, mas achou que ela se portaria como uma adulta madura, assim como vem se portando nos últimos dias. Entretanto, ele estava apreensivo para encontrar com a Brontë. Ele tinha plena consciência que o que havia feito era errado e que precisava falar abertamente com a namorada, mas a coragem lhe faltava. Acabou por decidir que não contaria de imediato. Parecia a melhor coisa a se fazer, já que ela havia acabado de, praticamente, voltar a vida e ele não queria que ela tivesse aborrecimentos a princípio. Assim, Alonso decidiu esperar para conversarem quando ela estivesse em casa.

     -É! Vai dar tudo certo! -Ele riu sozinho sem emoção. -Eu espero...

                           -X-

    -Você não acha que o céu está mais azul?

    -Está exatamente do mesmo modo quando você disse isso à exatos 10 segundos atrás. -Disse Alek rindo da namorada que o olhou feio. -Eu sei que está animada, amor, mas não precisa virar a nova garota do tempo!

    -Eu sei! Desculpe... -Ela riu suspirando. -É que não consigo acreditar que isso é mesmo real!

    -Eu te entendo. Eu estou com o mesmo sentimento. -Admitiu.

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