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Olho-os aos beijos sobre a cama daquele quarto enquanto as mãos de Zayn retiravam a camisola da loira sentada no seu colo, só de olhar para eles dava-me enjoo. O facto de ter aberto a porta fez-los olhar de imediato para mim, sem saber o que fazer ou dizer acabei por literalmente fugir dali, querer esconder-me num buraco e não olhar mais para a cara do Zayn depois do que vi.

Ainda pude ouvi-lo gritar com ela, dizendo-lhe para ela sair dali, enquanto me afastava daquele quarto. Senti uma mão agarrar o meu braço e nem precisava de me virar para perceber que era Zayn que me puxou, tornando-me incapaz de fugir dali.Esta festa já era horrível então depois do que vi só me deu ainda mais vontade de ir para casa.

-Larga-me estúpido! Não percebes que não quero falar contigo?!- Tento ser mais agressiva e fazê-lo perceber que não queria mais que ele brincasse comigo mas acho que não resultou porque ele, mesmo assim puxou-me para dentro daquele maldito quarto enquanto Ashley saia do mesmo lançando-me um olhar de morte.

Olhava-o fechar a porta e tentar se aproximar de mim novamente o que me fez recuar olhando os seus olhos.

-Não me toques percebes-te? Não quero que brinques comigo sempre que te apetece- Olhava-o e não fui capaz de guardar contacto visual sendo forçada a desviar o olhar daqueles lindos olhos cor caramelo.

-Carol...Confia em mim, eu não estou a brincar contigo, tu podes contar comigo para tudo- Ele tentou novamente aproximar-se e agarrar os meus braços fazendo-me afastar cada vez mais dele.

-Afasta-te! Como queres que confie em ti depois daquelas atitudes de merda que tiveste comigo? Não te posso fazer confiança se tu próprio não aceitas que te vejam comigo! Tens vergonha de mim, é isso Zayn?- Olhava-o e sinto as minhas costas embaterem contra a parede, não podia fugir mais dele. Sentia-me profundamente magoada com as suas atitudes, se ele queria tanto a minha confiança esforçava-se para a ter em vez de me renegar perante os seus amigos.

-Eu não tenho vergonha de ti Carol, não é nada disso, desculpa pelas minhas atitudes nos dias anteriores, não fiz por mal...

-Não fizeste por mal?! Estás a gozar certo? –olho-o e ri-me ironicamente- Tanto estavas bem comigo como no minuto a seguir me tratavas como merda só porque os teus amigos estavam por perto! Como queres que confie em ti e te perdoe depois destas tuas atitudes? Quem me diz que não vais voltar a fazer isto? –Nego olhando-o, desapontada com ele e sento-me na ponta da cama e agarro a sua camisola e mando-lhe para a cara- e veste-te, por favor.

Olho-o agarrar a sua camisola e vejo o tapar o seu peito musculado com a mesma ao vesti-la.

-Eu prometo-te Carol, tens que confiar, confia em mim uma ultima vez...- O seu corpo senta-se ao meu lado e quanto olhava fixamente a parede à minha frente sinto a sua mão pousar sobre a minha o que me fez olhar de imediato para ele sem saber o que dizer, ele deixava-me sempre sem palavras. Afastei as minhas mãos pousando as no meu colo e baixei o olhar.

-Confio em ti, mas é a ultima vez aviso já, não quero estar aqui a passar-me por burra nenhuma, por isso não brinques mais comigo- Digo com um tom sério e os meus olhos encontram finalmente os seus.

-Desculpa, fui um estúpido contigo não mereces nada disto –olho o seu leve sorriso no canto dos seus lábios o que me fez sorrir também, sinto a sua mão agarrar o meu braço, provavelmente num gesto carinhoso, mas que apenas me causou dor. Ele deve ter percebido o meu incomodo porque retirou logo a sua mão enquanto o seu rosto mostrava preocupação. – Carol o que tens? Porque que estás magoada? Mostra-me- Ele tentava ficar calmo e mostrar-me apoio e carinho mas notasse a sua preocupação na sua forma de falar.

-Nada, é porque tenho o braço pisado de quando cai na aula de educação física, só isso –sorri lhe um pouco tentando mostrar-me o mais convincente possível mas como mentir não era o meu forte ele reparou de imediato que algo não estava bem e tento levantar a manga da minha camisola, o meu gesto foi levantar-me e afastar-me o mais que podia dele. Ele continuou a insistir e acabou por conseguir agarrar a minha camisola e ver todas as feridas que se encontravam debaixo das mangas longas e largas da minha camisola de malha.

A sua reacção foi um pouco incompreensível, parecia chocado com o que acabara de ver mas também triste, preocupado e talvez com pena também. Afasto-me rapidamente agarrando a minha camisola, tapando todas as minhas feridas expostas e sinto uma pequena lágrima fria escorrer pelas minhas maças do rosto.

-Carol...eu...desculpa...-Ouço-o sussurrar e depois de uns segundos de silencio, juntou-se mais perto de mim e senti os seus braços se envolverem a volta do meu corpo num abraço carinhoso e bastante agradável. Fecho que imediato os meus olhos encostando o meu rosto molhado contra o peito forte de Zayn e deixo-me ficar, vulnerável, nos braços do moreno a quem estava a dar a minha total confiança para guardar este meu segredo de forma preciosa. Só queria que o tempo congelasse para poder permanecer em redor destes braços tatuados, para que este momento nunca mais terminasse. 

Care || Z.MOnde histórias criam vida. Descubra agora