CAPÍTULO 21

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Acordei com o despertador tocando no meu ouvido. Minha crise de ansiedade tinha passado, mas eu ainda estava com medo de acontecer de novo.

Levanto da cama e tomo um banho para me acalmar. Deu certo. A água quente fez o meu corpo relaxar. Eu estava muito tensa quando acordei.

Quando terminei o banho, parei de frente para o espelho, ainda encharcada e nua.

Me olhei de baixo para cima. Meus pés e as minhas canelas faziam parecer que dois palitos estavam levantando todo aquele corpo. Subi para as minhas coxas que eram normais (Pelo menos isso). Olhei para a minha barriga que era magra.

Eu não queria olhar para a região do meu peito até os ombros. Nem nos das costas.

Levantei a cabeça e olhei para o meu rosto. No espelho eu parecia calma, mas na realidade, eu estava morrendo de medo.

Comecei a ficar com frio e colocar logo a minha roupa. Vesti uma camisa azul turquesa, com uma bermuda jeans. Amarrei o meu casaco vermelho na cintura, calcei meus tênis preto. Decidi ir de cabelo amarrado para caso faça muito calor. Peguei minha mochila, cheque ela DE NOVO, e sai de quarto.

Enquanto descia a escada, eu mandava uma mensagem para o Thiago.

Estou saindo de casa. Estarei esperando você no ponto do ônibus, digitei.

Quando terminei de fechar a casa toda, recebi uma mensagem no celular.

Era do Thiago.

Para falar a verdade, eu estou aqui desde as 5:50. Estou te esperando aqui.

Depois que eu li essa mensagem, sai correndo de casa para o seu encontro.

*****

Cheguei faltando apenas 15 minutos para o ônibus partir.

Thiago estava sentado no banco do ponto de ônibus. Estavam vestindo uma camisa polo vermelho, bermuda jeans e tênis. O vento bagunçava seu cabelo fazendo cair nos seus olhos o tempo todo, de um jeito que o deixava muito fofo.

Me posicionei atrás dele sem ele me ver.

"Buuuuu", gritei empurrando-o.

Ele se desequilíbrio e caiu no chão por causa do susto.

Comecei a rir da cara dele. Ele se levantou rapidamente.

"Até que fim você chegou", falou se recompondo.

"Foi mal a demora".

"Tudo bem, fiquei escutando música enquanto você não chegava", ele apontou para o mp3 que estava no banco, "É então, estou pronto para ter as minhas respostas", falou ansioso.

"Calma, gafanhoto", falei parecendo uma professora, "Só irei contar quando chegarmos".

Até a hora da saída do ônibus, Thiago ficou me perturbando para contar enquanto eu ria da cara dele. O garoto estava tão curioso é desesperado, que se ajoelhou e implorou para eu contar. Mas fiquei firme.

Entramos no ônibus as 6:00. Sentamos no fim para podermos aproveitar melhor.

"Agora não tem mais como voltar", pensei.




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