Precisei de um tempo, isso não poderia está acontecendo, o meu amigo estava apaixonado por mim. Eu não queria prejudicar a nossa amizade, mas também não queria magoá-lo, então, pedi que ele esperasse, enquanto eu pensaria na resposta, e ele acatou. No ano seguinte, fizemos uma viagem, a minha mãe já sabia do que estava acontecendo, ela super apoiava nossa relação, mas eu não sabia o que sentia por ele. Também viajaram conhecidos nossos, e um deles era o amigo mais chegado da gente. Como sempre fui rancorosa, lembrei que esse nosso amigo uma vez havia me magoado, dizendo para todos que eu seria a única menina que ele nunca ficaria na vida.
Acho que os males que sempre me acompanharam foram o rancor e a vingança, pois mais uma vez eles atrapalhariam a minha vida. Nas férias de carnaval, estávamos numa ilha muito bonita! Nos divertimos bastante e um dia antes de voltarmos pra casa cometi a pior burrada da minha vida. Fiquei com o amigo errado, magoei quem realmente gostava de mim só por vingança e isso não foi o suficiente, fiquei com ele porque sabia que aquela minha colega que a dois anos atrás me fez sofrer roubando o meu "amor" de infância, era loucamente apaixonada por esse cara, que debochou de mim a anos atrás e que agora estava ali beijando a minha boca.
Paguei muito caro por isso, quando me dei conta do que estava fazendo, me afastei. Ele virou as costas e saiu, então danei a chorar, joguei minha felicidade fora por uma mera vingança. Traí a confiança do meu amigo e talvez futuro namorado, ficando com o melhor amigo dele. No outro dia acordei doente, mal, muito mal e arrependida do que fiz. Ele nem conseguia me encarar, fingia que eu não existia e rejeitava falar comigo, mas ao mesmo tempo, eu conseguia encontrar amor em seus olhos, ele ainda me queria, mesmo com o orgulho ferido, ele me queria. Voltamos para casa. Ele passou sete dias sem falar comigo. Antes disso, eu já tinha implorado o seu perdão, mas não conseguia me perdoar.
Um mês depois fui tomada por uma pré-bulimia, início de depressão. Sentia falta dele, porque depositei todas as minhas forças em nossa amizade. Ele me conhecia como ninguém, e naquele momento, eu precisava da calmaria que ele transmitia. Comecei a adoecer, comecei a ficar mal e ninguém aqui em casa notava essa mudança, eles achavam que era uma simples virose ou era pra chamar a atenção, mas Deus sabe que não. Precisei de carinho, implorei por afeto e não encontrei. Então recebi uma ligação, era ele, dizendo que me amava e que queria assumir nosso relacionamento. Fiquei muito feliz com isso, me empolguei e até disse pro meu pai. E foi aí que...
Não, o meu pai não estava de acordo, ele não aceitava essa relação. "Você só tem quatorze anos", era isso que ele dizia. E foi assim que acabei perdendo o meu amigo e "quase" namorado para sempre. Fiquei muito triste, passei três meses na mesma situação, a minha mãe até resolveu comemorar a minha festa de quinze anos. E nessa festa fui uma princesa! Tive príncipe, bailarinos, valsa e até dedicatórias. A partir daquele dia comecei a pensar diferente, passei a entender que não valia a pena ocupar o coração com mágoas nem rancores, porque isso só me levaria a cometer besteiras. Acabaria sofrendo ainda mais.
Entendam uma coisa: seus pais, mesmo distantes, sempre querem o seu bem.
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Como Encontrar a Felicidade?
RandomBom pessoal, meu objetivo com esse livro é ajudar a todos que tem problemas em se relacionar com outras pessoas. Por isso, com todo o amor e cuidado do mundo venho aqui compartilhar com vocês um pouquinho da minha vida. Não sou profissional nem nada...