Recaída

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 Enquanto eu seguia muito bem na igreja, o mal me atentava. Três meses se passaram e o passado retornou pra contrariar o meu futuro, aquele "AMOR PLATÔNICO" de infância apareceu. Numa viagem de férias recebi uma mensagem, quando visualizei, tive a certeza de que era ele. Me enviou um áudio confuso, dizendo que me amava. Como assim me amava? _Pensei. Não é possível que esse garoto tenha aparecido depois de tanto tempo para dizer: "Eu te amo!" se a quatro anos atrás fiz de tudo para chamar sua atenção e ele nem me dava bola, quando isso começou? Como aconteceu? Por que depois de tanto tempo? Que cara de pau a dele em me mandar um áudio ás 00: 00 da madrugada e bêbado.

 Minha cabeça estava confusa, eu estava cheia de interrogações, não sabia como resolver isso. Deixei amanhecer e mandei uma resposta: "Você está bem? Melhorou do porre de ontem?" Ele respondeu que não lembrava de nada, por isso fui obrigada a reenviar seu próprio áudio. Depois que ele se recompôs me explicou tudo e mesmo por mensagem percebi que estava muito envergonhado do que fez. A partir daquele dia não paramos de conversar, ele me ligava as vezes, fazia juras de amor, mas parecia que aquele "amor platônico" estava adormecido. Eu não queria me relacionar com ele e com mais ninguém. Queria esperar o tempo certo para não machucar meu coração mais uma vez.

 Ele levou dois meses e meio para me convencer de que talvez pudesse dar certo, não custava nada tentar, então dei uma chance a esse suposto "amor" e no dia 05 de fevereiro permiti que ele tentasse provar o que sentia por mim. Confesso que não estava certa do que eu queria. O que me fez aceitar aquela loucura, foi a mãe dele. No dia cinco, fomos á casa dele e tive uma conversa com a minha futura sogra. Ela era a melhor pessoa do mundo e me fez um pedido de doer à alma. Precisava de ajuda, me disse que o seu filho tinha comportamentos estranhos e ninguém sabia o real motivo, então pediu a minha ajuda para conversar com ele e convencê-lo a mudar. Por ela, topei iniciar essa relação.

 Não posso mentir, foram os melhores quarenta e cinco dias da minha vida! Voltei a ser criança. Fugia de casa pra encontrar com ele, namorávamos escondido. Fizemos juras de amor, me apaixonei de novo por ele e foi muito legal, foi incrível! Ele vinha aqui na porta de casa e me dava beijinhos escondidos, trazia chocolates, me fez muito feliz! O que trouxe fim a nossa felicidade foi a teimosia dele, não quis esperar o tempo certo e resolveu conversar com o meu pai antes da hora. Atualmente somos amigos. Ele vive muito bem! Está namorando de novo e isso de certa forma me deixa muito feliz! Mas antes de sermos amigos ele me fez muito mal. 

 Como meu pai não aprovou nossa relação, ele começou a me ignorar mesmo depois de me jurar amor eterno. Até tentei continuar, mas ele não fez questão alguma e nem se importou com a minha angústia, simplesmente voltou a fazer o que sempre fez. Desprezar e humilhar! Ele voltou a ser o mesmo de quatro anos atrás. Os amigos dele me censuravam, diziam que eu era a errada da história, quando na verdade não existiam culpados; tentei mais uma vez reatar pelo menos a nossa amizade e de novo fui ignorada, então deixei pra trás todas as lembranças, tudo virou passado outra vez. Sabe? Eu já não tinha mais forças para contrariar as decisões dos meus pais porque no final de tudo eles sempre teriam razão, por isso nunca mais arrisco. 

Como Encontrar a Felicidade?Where stories live. Discover now