Newton Brodie-Sangster, ou Pudim para os íntimos, visto pela última vez no dia 09/12/2006, durante as férias da família em Londres. Ele tinha apenas 8 anos quando desapareceu.
Sonya McNamara, vista pela última vez dia 17/08/2001 durante um passeio...
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Point of View of Thomas O'Brien
- Já chegamos? – Gally parece uma criança pendurada no meu pescoço, perguntando isso a cada cinco minutos.
- Ainda temos um outro voo até Sitka, já te disse isso. Você não internaliza as coisas que eu te falo? – resmungo pegando minha bagagem na esteira.
- Internalizo só o que me interessa. Escuta... – ele franze a testa, com carinha de nojinho – Isso daqui não era uma escala? Por que raios temos que levar as bagagens para outro lugar?
- Estamos fazendo uma escala, Gally, só que de Anchorage até Sitka vamos no avião particular do meu pai. – digo seguindo até a área para embarque de aeronaves particular.
- Oh, claro, esqueci que você é filho do dono do Alasca!
- Mais ou menos isso... – reviro os olhos e sigo até o jato da família O'Brien.
Phil, o piloto de anos luz, já nos espera do lado de fora, sorrindo como sempre. Quando me vê segura um riso, estreito os olhos para o lado e consigo ver Galileu caindo no chão ao enroscar os pés no próprio cadarço do tênis. Esse é o tipo de advogado que vai querer para defender sua família? – penso.
Sim, esse é o tipo que eu recomendaria para você de olhos fechados. Galileu pode ser um bocó, mas tem o coração mais puro que conheço, por isso se tornou meu amigo desde o primeiro dia de aula após ser amarrado seminu numa árvore na porta do campus dois da universidade. Eu não amarrei ele, muito menos o soltei. Encontrava-me no mesmo estado que o loiro, sendo alvo de piadinhas e risinhos dos veteranos escrotos, enquanto pintavam nossos corpos com batom, tinta neon e ovos podres.
- Menino Thomas, que bom você por aqui! – Phil de me um longo abraço, daqueles com cheirinho de casa.
- Senti sua falta... E muita. – digo nostálgico, entrando na aeronave.
Mais algumas horas nos separam do nosso destino, então aproveito elas para contar um pouco ao Gally coisas sobre a cidade e minha família. Não que ele não saiba de tudo, mas estou apenas preparando o terreno sobre o que pode acontecer durante nossa estadia em casa.
- Sabe, eu acho muito louco tudo isso. – diz com a cabeça grudada na janelinha.
- Ah sim, a paisagem é muito bonita. – completo na certeza de que ele se refere a vista espetacular do Alasca.
- Não é isso, afetado. Falo sobre o motivo de estarmos aqui, quer dizer, isso é louco, não? – olha pra mim com seus olhos azuis.
- Não acho louco, e não diga que acha isso louco na frente da família dele. – peço sério. – Isso é importante para todos nós.
- Prometo ficar de boca fechada! – Poulter me da sua palavra. – Vocês sempre fazem isso?
